NEUROPSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
O blog irá mencionar sobre assuntos relacionados com a educação envolvendo os mais diversos áreas de saberes.
sexta-feira, 1 de julho de 2022
segunda-feira, 10 de junho de 2019
HISTÓRIA DO AMAPÁ
(material na revisão)
Costa Sá
AMAPÁ
NO
CONTEXTO
Macapá-Ap
2007
“Dedico a Cristo que faz
o gênero humano a repense no que é de melhor no homem e os meus filhos Ryan e
Sabrina, esses são uma parte importante de mim, sinto que eles são o que tem de
melhor e puro; esses conduziram a superar
as divergência de pensamentos e atitudes; com o repensar da vida redescobrir o
mundo”.
SUMÁRIO
CAPITULO I
As
previas da guerra entre mouros e critãos......................................................7
Os
europeus lançam-se aos mares
continentais................................................8
O
império muçulmano ........................................................................................9
Os
portugueses e o mar....................................................................................11
Os
países ..........................................................................................................12
Feitos,
marítimos portugueses ..........................................................................14
A
viagem de
Colombo........................................................................................15
As
navegações espanholas no
Amapá..............................................................18
Os
portugueses chegam à Índia, pelo
ocidente.................................................19
A
chegada dos representantes portugueses oficialmente nas terras do Brasil.19
Nasce
o
Amapá.................................................................................................21
A
viagem do Almirante
Cabral...........................................................................22
As
expedições exploradoras e
colonizadoras....................................................24
O
sistema de governo Geral, no século
XVI......................................................26
A
França Antártica no Brasil..............................................................................27
O
pacto
colonial.................................................................................................28
A
União Ibérica no
Brasil...................................................................................28
Invasões
estrangeiras, nas terras do atual Estado do Amapá..........................30
A
França no século XVII, no norte do
Brasil.....................................................33
Um
outro nome para
a capitania do Cabo
Norte. E Portugal no Brasil e Amapá..............................................................................................................34
A
construção do Forte em
Macapá...................................................................36
A
influência napoleônica na Terra do(s) Amapá(s) e a volta da França...........38
O
fim do império Napoleônico e os franceses no século XIX No Amapá.........39
A
republica no
Amapá.......................................................................................40
O
município do Amapá o Brasil no século
XX.................................................42
O
Estado do Amapá..........................................................................................43
Os
símbolos do Estado do Amapá....................................................................46
CAPITULO
II
Os
índios e o povo
brasileiro............................................................................41
As
políticas indigenista
....................................................................................41
Na
colônia.........................................................................................................42
No
Império........................................................................................................46
Na
Republica.....................................................................................................47
Os
índios do
Amapá..........................................................................................49
Os
Waiãpi..........................................................................................................54
Os
Aparai e
Wayana.........................................................................................56
Os
Galibi do Oiapoque......................................................................................60
Os
Karipuna
.....................................................................................................61
Os
Palikur.........................................................................................................61
Os
Tiriyó e
Kaxuana.........................................................................................62
Os
Galibi
Maiorno.............................................................................................64
Comentado
sob o modo de vida........................................................................65
Mitos
e
lendas..................................................................................................75
Mapas
.............................................................................................................78
A
influencia lingüística.......................................................................................80
Glossário
..........................................................................................................82
Apresentação
É
difícil conhecer a História do Amapá desconecta de alguns fatos, e neste iremos
perceber que nada ocorre fatidicamente, alguns decisões são pensados e
planejado; esses são coisas inerentes do homem; cuja racionalidade nos é uma vertente.
Os
seres humanos precisam conhecê-la, há medidas tomadas por aquelas que formam
essa ciência; os políticos, o qual nada mais é que um resgate do passado, porém
re-adaptado; atualmente ouvimos falar em neoliberalismo, quão desprezamos o
liberalismo burguês que organizou o capitalismo, este transcrito e um suporte
para o estudante tão qual fui, as teorias e a posição de alguns professores fez
me repensar na aprendizagem.
Quem
observa o passado entenderá melhor o presente, se um teórico disse que tudo
perpassava pelo o interesse, numa amplitude maior modelou a psicologia;
sentimos-nos esse influenciar externo.
Para
também conhecermos a historia precisamos conhecer a geografia, e sem a leitura
e a escrita não decifrariam os códigos, que inviabilizaria o conhecimento; logo
a interdisciplinaridade é matricial; este é intencionalmente aos educandos, que
ficam alheios ao processo das linguagens técnicas.
Todas
as ciências têm sua história, nascem da reflexão e da racionalidade, e esta que
faz mudar nossas ações; a política é uma moeda de duas faces, unidas; mas
distintas, e nas contradições que o homem repensa, se reestrutura e transforma.
A
busca da civilidade é antagônica, quantos jazem em designo particular e, controlador;
e, também mantedor de um poder arbitrário; se observarmos por varias ângulos
veremos o mesmo objeto, porém diferentemente e, com muitos significados.
As prévias da guerra entre mouros e critãos
A história do Amapá esta ligada com a
mundial e principalmente com os europeus que se lançaram as navegações e a
expansão mercantilista se utilizando tecnologias como a bússola, e o astrolábio.
A era da razão fragmentou o pensamento absolutista e dogmatista; mesmo que as
verdades fossem combatidas a ferro e fogo, tornavam os infiéis*, os hereges* e os gentios*, esses ambos foram
vítimas de políticas e dos Estados teocratas; as cruzadas e expansão cristã, que em nome de Cristo o único e
verdadeiro deflagrou chacinas, a inquisição legitimou e deu o poder a pessoas
cuja a mente ainda cauterizada, para a novos conhecimentos vinculados pelo
espírito da verdade, onde os inquisidores causaram homicídios em nome de DEUS
também causaram esterilidade étnica e
genocídios infames com o prelúdio de
combater o paganismo*, e os gentios trouxeram essa forma de ação, porque não
dizermos coerção para o “novo mundo.”
Algumas razões para a expansão Naval
A tecnologia combatida pelo poder
hegemônico do clero tornou possível as navegações, e o expansionismo comercial
burguês que, iriam além das fronteiras
já estabelecidas o mapeamento das estrelas unido a o estudo de astronomia dentre
outros fez a humanidade navegar utilizando notoriamente “o caminho das estrelas”, a instrumentalidade da engenharia náutica, do
astrolábio e da bússola; no qual um alinhava os astros conforme o direcionamento dos pontos cardeais relacionado
as latitudes e longitudes; fez o homem nortear-se na posição global quão marco
se propunha a alcançar, esses recursos geográficos, também se fundiram a outra
ferramenta que direcionava os navegantes nos mares da terra também com auxilio
de mapas .
“Desde
a Antiguidade, os navegadores seguiam pelos astros na orientação de seu percurso.
Já no século XII, há referências ao fato
de que quando a estrela Polar desaparecia no horizonte ou atrás das nuvens,
os marinheiros do Mediterrâneo, principalmente os árabes, usavam uma agulha
magnética para se orientar. No começo, essa agulha era presa a uma planilha ;
depois passou a boiar em óleo e a ser acoplada numa rosa-dos-ventos. Assim
inventaram a bússola.”. (Maranhão& Antunes, p.108)
Os
europeus lançam-se aos mares continentais
Os europeus se lançavam ao mar em
busca de fortalecer seu comércio mercantil; e se objetivaram em encontrarem o
caminho marítimo para as Índias em busca dos produtos lucrativos as especiarias:
os tecidos de ceda, perfumes, marfim, jóias etc. E, deflagrarem seu comércio na
Europa; o mercantilismo burguês abriu-se, com a visão do enriquecimento notório
e também sórdido; naquele momento havia uma cidade onde iam buscar as mais diversos produtos, sendo esta
cidade a praça de onde vinham navegantes de todas as partes do mundo tanto para
vender comprar quão trocar, também para ser consumido pela sociedade feudal.
“A
posição geográfica privilegiada fazia de Constantinopla a praça principal desse
poderoso comércio. A capital Bizantina era ligação natural entre rotas que
uniam o oriente e o ocidente (...) desde o inicio do Império Romano. Da China,
provinha à valiosa seda. De outras regiões do oriente, vinham todos aqueles
produtos que formavam o tão precioso conjunto das especiarias: cravo, e
noz-moscada das Ilhas Molucas; pimenta do reino de Malabar, Sumura e Java;
ervas aromáticas da Índia; e almíscar* e óleo de rícino* do Sindh. Do ocidente
eram transportados para Ásia (...) (Idi, p.50)
“Esses
produtos eram revendidos pelos turcos em Constantinopla, pelos italianos em
Veneza e Gênova e pelos árabes que detinham o monopólio do comércio asiático (...)”
(Passo, p.250)
A situação se dificultou com a
expansão mulçumana e a tomada de Constantinopla (capital bizantina) pelos
turcos em 1453, instaura-se a idade moderna. A cidade antes era um centro
comercial livre, e o canal de acesso que ligava os mares dos dois hemisférios, possibilitando
a navegação de ambos os lados do mundo, a direção do oriente ou oriental também
chamado de leste, e a direção do
ocidente ou ocidental chamado de oeste;
esses detiveram o monopólio total sobre
os produtos agregando-os qualquer valor
imposto, passando a controlar doto o fluxo comercial entre o Oriente e o
Ocidente.
O
império mulçumano
O mundo islâmico conforme Maranhão
& Antunes seu livro sagrado é o Corão, também conhecido como Alcorão;
escrito em árabe no século VII; após a morte de Maomé; sendo que ALÁ é o único
Deus, nele contém os preceitos morais, onde se fixam a conduta, em Meca está o
seu templo; antes os árabes de todas as partes vinham atrás da Pedra Negra Sagrada e adoravam 360 ídolos. Sendo
que o Profeta nasceu em Meca, em 570(D. C.), sua família fazia parte do Clã dos
coraixitas, e com anos tornou-se órfão foi criado por parentes que circulavam
vendendo mercadorias, nas caravanas. Passou por vários lugares como a Síria, e
ficou conhecendo a doutrina cristã, lá conclamada; e a Palestina base do
Judaísmo; também conheceu na Pérsia os fundamentos do mazdeísmo da luta dos deuses
do bem contra o mal; se casou com uma viúva rica, para qual trabalhava, que lhe
alencou prestigio; buscou o encontro com a divindade, fazendo meditações, ao
retirar-se para as montanhas, para meditar; um dia levou apenas azeitonas, lhe
aparecendo o arcanjo Gabriel; que lhe fazia ensinamentos; proferiu os
ensinamentos se intitulando preceptor dos antigos profetas do velho testamento.
Defendeu a existência de um só DEUS, combateu
a idolatria, dos símbolos de seres vivos chamados de arbescos, com isso
aumentava seus adeptos. Ameaçado de morte se refugiou na atual Iatreb; lagar
influenciado pelo judaísmo; esse rompimento com Meca, em 622 chama-se de
Hégira, e assim começa o calendário muçulmano, neste local tornou-se líder
religioso, e chamou-a de Medina. Em 630, constitui um exercito, que veio a
atacar Meca, destruiu símbolos, deixando só a pedra sagrada; e morreu em 632
contando com apóia de todas as tribos; numa parte do corão menciona o paraíso
como lugar onde os homens teriam água em
abundancia, jardins grandiosos,comida farta e mulheres já que são poligâmicos.
Após sua morte escolhem um califa, que vem a promover a Guerra Santa e expandir
o islamismo.
Atualmente; há duas facções islâmica;
os sunitas seguem o corão, e suna (livro com depoimentos de Maomé), tornaram-se
dominantes a parti do século IX; e tendem a escolher os lideres em concordância
aos interesses dos lideres tribais mesmo quando estes passam a ser
hereditários; já os xiitas crêem em um só líder que seja religioso e político,
o imam, que só podem ser escolhidos entre a descendência de Maomé. Diante da “guerra santa” menciona Maranhão&
Antunes:
“As
conquistas continuam a oeste: norte da África e Península Ibérica. Na Europa,
em 732, os árabes chegaram a 160 quilômetros de Paris onde foram vencidos
por Carlos Martel, chefe dos francos*. A leste, os maometanos se dirigiram à
Ásia Central, conquistando territórios que se estendiam até a fronteira da
China, incluindo o vale do Indo”. (Idi, p. 36)
“A
presença árabe na Península Ibérica – do século VIII ao XV – deixou fortes
marcas na cultura portuguesa e espanhola. Os muçulmanos que ocuparam essa
região ficaram conhecidos como mouros originalmente
o termo se referia aos maometanos berberes
do norte da África, que tiveram grande presença na invasão da Península
Ibérica pelo Islão”. (Idi, p. 47)
Mouro invadindo a Sicília. Fonte www.Klepsidra.net
Na
interface do tema comenta Pinto: ” No pano político era caracterizado por uma
monarquia débil e uma nobreza
independente. Este regime fixou as primeiras raízes no final do Império Romano,
chegou a sua culminância entre século IX e XII e declinou a Baixa Idade Media.
O que minou a estrutura feudal foi o choque entre a cultura mulçumana e a
européia ao longo de sete séculos. Os turcos, os árabes e os judeus invadiram o
“Maré Nostrum”, criaram fábricas e venderam suas mercadorias nos feudos. A
classe média cresceu. Uma nova classe social, a burguesia comercial surgiu nos
arredores dos castelos servos começaram a transferir-se do campo para cidade.
Os banqueiros venezianos e bálticos foram modificando paulatinamente a vida
econômica e social da Idade Media. Uma economia monetária”. (Idi, p.10)
Os
portugueses e o mar
Esses, com a expulsão dos mouros em
1147 de Lisboa, pelo franco D. Afonso Henrique de borgonha com ajuda de 12 mil
cruzados; e tornou o povo português
pioneiro a se lançar ma expansão ultramarina do século XV, impulsionada pela
revolução burguesa detiveram e acumularam o capital, tinham como diretriz o
fortalecimento da sua aristocracia, uniram-se ao Estado para dominar novos
mercados, e poder, por meio enriquecendo e a reserva de recursos financeiros, e
fortalecerem a sua nação.
”Inicialmente,
as principais atividades econômicas portuguesas foram a pesca e a produção de
vinho, que o país explorava em troca de alimentos e produtos manufaturados. Mas
a pobreza do solo, as habilidades aprendidas com os muçulmanos e a posição
estratégica junto ao mar indicaram naturalmente o caminho do comércio marítimo
e das grandes viagens”(Valadares, Ribeiro & Martins , Ibidi, p.104)
D. João IV e a independência de
Portugal (1640) fonte www. Klepsidea. net
Os
Países
Com os Estados Nacionais o poder
central, a moeda única; com o
liberalismo burguês, a livre iniciativa
o capitalismo comercial; o qual
concentrou se um grande recurso de dinheiro, também conduziu ao acumulo de
capital e a escassez do ouro e prata usados na cunha de moeda, impulsionando
ainda mais o mercantilismo.
” O
reino de Portugal se forma durante a guerra da reconquista com ele seu cunho
religioso, mas todas as heranças deixadas pelos muçulmanos não são abandonados,
principalmente ao avanços técnicos marítimos são difundidos na escola de
sagres”.(Pinto , p. 12)
“
Fernando I, ao falecer (1065), repartiu os seus domínios pelos filhos: Sancho
ficou com Castela, Afonso com Leão e Astúrias, e Garcia com a Galiza (e
portanto o condado de Portugale), transformado em reino independente. Depois de
várias lutas entre os irmãos, morto Sancho e destronado Garcia, Afonso IV de
Castela reúne novamente todos os estados do pai, tornado-se assim rei de Leão,
de Castela e de Galiza. Acudindo aos apelos de Afonso VI, entre os cavaleiros
de além-Pireneus, vem Raimundo, filho do conde de Borgonha, que se casaria com
D. Urraca, filha do rei de Leão e recebe desde (1093) o governo de toda Galiza
até o Tejo. No ano seguinte chega à Península D. Henrique, irmão do Duque de
Borgonha e primo de Raimundo, que recebe a mão de Teresa, filha legítima de
Afonso VI e recebe, depois o governo da província de portucalense que fazia
parte do reino da Galiza – terra que seu filho Afonso Henriques (revoltando-se
contra ela e seu padrasto Fernão Pares de Trava) alargou e tornou reino
independente ”. (Wikipéia, p.5-6)
No século XIV, na era dos Avis; o
reinado naval mercantil português foi estimulada pelas revoltas populares
gerado quão pela peste negra (peste
bubônica) os quais queimavam campos favorecendo a fome; e que dificultavam o
transito entre os feudos, também palas histórias narradas por Marco Pólo como a
do rei católico Preste João na qual seu reinado ia além das fronteiras
muçulmanas, nas suas festas comiam mais de
30 arcebispo num lado da mesa noutro mais de 30 bispos feita de esmeraldas; e
outras sobre ouro, marfim faziam os marujos nutrirem fantasias e viajarem em
sonhos, com a meta primordial de chegar
as Índias expandir o mercado foi criado o projeto do périplo* africano proposto pelos cartógrafos
luso: que estabeleceram um plano de chegar a oriente costeando o sul da África. Nenhum europeu antes tentara ir além
do Cabo do Bojador de ondas violentas, e correntes marítimas, com nevoeiro intenso;
chamado por alguns geógrafos árabes de Mar das Brumas.
D. João I, da Dinastia Avis (1357-1433),
deixou seu filho o infante D. Henrique, torna-se patrono dum centro de pesquisas náuticas (a
escola de Sagres), com estudiosos famosos alguns com técnicas modernas de posicionamento
do globo, e outros como aperfeiçoamento e construção de novos navios; convidou
marinheiros experientes de todos os paises, desprendeu viagens exigindo que nas
tais tudo fosse registradas.
“
Portugal em 1381, presenciou a primeiro revolução burguesa, quatro século antes
da França. A burguesia comercial de Lisboa, vinculada ao comercio com Flandres,
eliminou os senhores feudais do poder. O fracasso final da revolução demonstrou
que as condições não estavam maduras para o triunfo da burguesia mas a ascensão
desta refletiu-se no comercio com o Atlântico Norte, nos planos de D. Henrique,
o navegador e sobre tudo nos descobrimentos do século XV”. (Pinto, p.10)
”Somente
um rei com D. João I tinha força política e prestigio para conseguir recursos e
pessoas, (...) A expansão atendia duas classes em que se apoiava o Estado
português. De um lado, a nobreza militar, à procura de terras e da realização da
missão cruzadista e evangelizadora. De outro, a burguesia mercantil, (...)” (Idi,
, p.106)
“O
intercâmbio entre os marinheiros nórdicos*, portugueses e mediterrâneos possibilitou gradativamente ,
as mudanças na concepção nas construção dos barcos,(...), a partir de
1420(...)permitir aos lusos a navegação até as Canárias(...) mar aberto ao
Estreito de Gibeltar.”(Idi, p.109)
“ O
domínio mulçumano começa em 711 e só termina em 1492 com a guerra da
reconquista dos Hispanos-godos. Tarik é responsável pela conquista muçulmana na
Espanha, sob o comando do califado de Damasco. O estreito de Gibraltar possui
este nome devido Tarik (Ged al Tarik Montanha de Tarik). Em 912 é criado o
califado de Córdoba (Espanha) (...)” (Idi, p. 9)
Feitos
marítimos portugueses
Em 1434, Gil Eanes consegue
ultrapassar o Cabo do Bojador, o temido “mar tenebroso” adentrado no Atlântico,
era vencido mitos, que foram deposto da mentalidade popular; ”como dos irmãos
Vivaldi, genoveses que em 1291 transpuseram Gibraltar, adretaram o atlântico e
se perderam para sempre”. (Idi. , )
D. João II, que governou de 1481 a 1495 deu continuidade
ao périplo* africano, e em 1487 envia Bartolomeu Dias, além
do “mar tenebroso” no ano seguinte contorna o Cabo dos Tormentas; e chamando-o de Cabo da
Boa Esperança; isso atiça ainda mais os desejos portugueses. Um feito acorreu
por volta de 1455-1456 alguns navegantes portugueses encontram o tão famoso “ouro
transaariano”, chegando abarrotados e o desejo de tê-lo aumenta a corrida
mercantil para fortalecer o poder Estatal Real.
“(...),
em 1488, o navegante Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas (depois
chamado de “Cabo da Boa Esperança”) e encontrou a passagem do Atlântico para o Índico”.
(Idi., p.105)
”Desde
tempos imemoriais, os nortes – africanos muçulmanos comerciavam ouro em pó
vindo das regiões mais ao sul da África negra. As caravanas* muçulmanas que
atravessavam o Saara (daí o nome de ouro transaariono) faziam-no chagar as
regiões mediterrâneas. ”(Idi, p.112)
A
viagem de Colombo
Houve um famoso navegante, cujo o nome
era Cristóvão Colombo com suas idéias apresentou um projeto para D. João
II, com objetivos de ser patrocinado e
chegar às Índias, logo sua proposta foi recusada.
“Essa
idéia de que o mar entre as Índias e a
Europa não era muito extenso se reforçava também na Bíblia. Ali está escrito
que o planeta seria formado por seis partes de terras e uma de águas. Colombo usava essas
afirmações para justificar a viabilidade do projeto”.(Idi, p.120)
“Desgostoso
com a recusa do rei português. Colombo recorre aos reis da Espanha, Isabel de
Castela e Fernando Aragão. O plano de Colombo foi examinado por uma comissão de
estudiosos da Universidade de Salamanca. (...), avaliou que o navegador estava
errado, que ele nunca chegaria às Índias
navegando pelo oeste.”(Idi., p. 121)
Foram sete anos tentativa, afirma
Maranhão & Antunes até conseguir apoio, em 3 de agosto de 1492 o navegador
parte do porto de Palos(Espanha), ao coando das embarcações: Santa Maria, Pinta e Nina. Abordo, estavam os irmãos: Martin Afonso
Pinzón e Vicente Yañez Pinzõn, Diego de
Lepe e Juan de La Costa , tendo que
transpor o “mar tenebroso” rumo às Índias. No dia 12 de outubro de 1492;
a tripulação desembarca numa pequena ilha das Bahamas, Guanani, à qual deram o
nome de San Salvador (outro nome é Watling).”Colombo chamou os nativos - os
taianos* de índios ,(...) pensava ter chagado a alguma das muitas ilhas da que imaginava existirem na Índia.” Foi
explorar novas ilhas numa fincou um povoado a Hispanhola (Haiti e República
Dominicana)”.
“Antes
de partir, Colombo fez um contrato com os reis da Espanha que lhe garantiam
títulos como o de vice-rei e governador das índias, e 10% de todos os produtos
extraídos da nova terra(...)” (Idi, 121)
“No dia
14 de fevereiro o mar e o vento ficavam mais fortes.
Vendo o perigo, comecei a
navegar para onde o vento me levasse.
Não havia alternativa. A
caravela Pinta desapareceu. Passei a noite inteira acendendo lampiões, sem que Martim Afonso respondesse.
“Determinei que fizéssemos
promessas gerais e comuns”. (...) (Cristóvão
Colombo. Diário de Bordo; p. 50. 97).
A
viagem de Cristóvão Colombo e pacto com a Coroa Espanhola
Colombo verdadeiramente pos a bandeira
espanhola nas terras, encontrou a América, e trouxe os pensamentos positivistas
dos europeus, com seus preceitos épicos vontade de enriquecer, conhecer o mundo
embalados pela corrida burguesa mercantil e pelas historias exposta pelo veneziano Marco Pólo, como, a que servira um imperador riquíssimo
com o nome de Kublai Kan em Catai (China). Diante dos fatos a coroa espanhola dirigiu-se ao Papa
Alexandre VI e solicitou uma bula; a coroa portuguesa solicitou o direito de
também tê-los. As alegações seriam que a segunda Coroa citada já tinha passagem
por um trecho das terras, e logo após a
partida de Colombo o rei português D.João II mandou sua expedição como afirma
Maranhão;
”Há
informações de que o rei português tinha recebido notícias de terras no
Atlântico Ocidental, desde que o navegante luso Pero Vaz da Cunha ( o “Bisagudo”),
voltando de Senegal se afastou para e
avistou terras, provavelmente a costa do Brasil.Se suas informações estivessem
corretas o “Bisagudo” teria encontrado o Brasil em 1488. Existem também estudos
mostrando que, logo depois da primeira viagem de Colombo, o rei D. João II teria tomado providências: enviara uma
expedição secreta comandada por Francisco de Almeida, que teria pisado em terras brasileiras no outono de
1493.(...) Outra que teria estado na costa brasileira seria o experiente navegador
Duarte Pacheco Pereira, autor de um notável relato de viagens denominado Esmeraldo de situ Orbis.(...)mas não há provas
definitivas(...)”. (Idi, 128)
“No dia
seguinte, o cacique veio a caravela
Niña, onde encontrava. Guacanaguari me mostrou pedaços de ouro dizendo:
“chuque, chuque”. Imitava os guizos, que era o que mais cobiçava. Ele me trouxe
uma grande máscara com bons pedaços de ouro nas orelhas , nos olhos e noutras
partes. Colocou outras jóias de ouro na minha cabeça e pescoço. Encontrei muito
prazer e consolo na coisas que estava vendo. Senti diminuírem as angústias e a tristeza que tinha com a perda na nau. Percebi que
Nosso Senhor a havia feito encalhar na Ilha Hispanhola a fim de que podesse
conhecer este lugar”(Trecho do diário de bordo de Colombo, p. 44)
Os
acordos binacionais
Após tudo essas viagens resultaram em disputas
palas terras descobertas, e o produto
foi, de acordo com Morais & Rosário;
“Assim, em 4 de maio de 1493 foi assinado a Bula Inter Coetera, que garantia a Portugal as terras que ficassem
100 léguas a oeste de Açores e Cabo
Verde e as que ficassem além pertencia a Espanha”.(Idem, p.12)
Santos também relata;
“Entretanto Portugal protestou e, em 7 de junho de 1494, a questão foi
definitivamente resolvida entre as duas nações ibéricas com a assinatura do
Tratado de Tordesilhas, estabelecendo que as terras a 370 léguas a oeste de
Cabo Verde seriam da Espanha e a leste de Portugal,(...) (Idem, p.8)
As
navegações Espanholas, no Amapá
“Américo
Vespúcio, junto da expedição de Alonso Hojeda, em 1499, a mando da dos reis
Fernando e Isabel.”(...) o litoral amapaense conforme carta documento por ele
escrita, a qual narra sua passagem por aquela área, atravessando a linha do
Equador, passando pelas Ilhas Cavianas de
Dentro, dos Porcos e do Pára, esta fazendo frente aos municípios de
Macapá, Santana e Mazagão.”(Morais & Rosário, p.12)
Vicente “Pinzon, em março de 1500,
navegou pelo litoral brasileiro”.
Conforme Santos;
“(...)
navegou pelo rio Oiapoque e litoral amapaense, quando aportou para abastecer-se
de água potável e acabou aprisionando 30 índios para vendê-los como escravos.
Assistiu o fenômeno da pororoca que
causou pânico à tripulação, (...) (Idem, p.8)
E, como
também afirma Maranhão” Em fins de 1499, uma expedição comandada por Vicente Yañez Pinzón, deixou a europa
rumo à América do Sul.Passando pelas ilhas de Cabo Verde, tomou rumo sudoeste e
atravessou a linha do equador em 26 de fevereiro de 1500, aportando num cabo
que recebeu o nome de Santa Maria de la Consolácion. Tratava-se
provavelmente, do Cabo de Santo Agostinho, no atual Estado de Pernambuco, ou da
Ponta de Mucuripe no Ceará, próximo a cidade de Icapuí”. (Idi, 129)
Os
Portugueses chegam à Índia pelo ocidente
Vasco da Gama chega das Índias, D. Manuel
prepara-se para o regresso já não bastava apenas o comércio de especiarias a Nação
luso queria expandir seus domínios territoriais
com poderia militar .
Neste víeis reluta Maranhão,
“Agora
que Vasco da Gama tinha feito a proeza de descobrir os caminhos das riquezas, o
sentido empresa lusitana se consolidava:
não se tratava mais de simples comércio
e exportação, mas a conquista política-militar da Índia.”(Idi.,p.,130)
A
chegada dos representes portugueses oficialmente nas terras do Brasil
E, os fatos, e os registrados dos
navegadores fizeram as navegações portuguesas falsearam suas verdadeiras
intenções, ao chegarem no Brasil demarcaram seus territórios, e buscaram meio
achar novas fontes, no ímpeto de fortalecer seu Estado. Ao preparar sua esquadra
com marujos experientes; D. Manuel, o venturo; como era conhecido; escolheu um
Almirante.
“D.
Manuel, decidiu enviar às Índias uma esquadra de 13 navios com tripulação de
cerca de 1500 pessoas [alguns estudiosos mencionam 1200], com gente experiente
como Bartolomeu Dias e Gaspar de Lemos, além de padres, soldados, interpretes
e comerciantes. Todos ao comando de
Pedro Álvares Cabral.(...) saiu de Lisboa em 9 de março de 1500 com destino à
Calicute, nas Índias. Porém(...) afastou-se do litoral africano em direção ao
oeste, as especificamente às terras brasileiras. Em 22 de abril,(...)
avistaram(...) um monte(...) uma grande faixa de terra(...) era a semana de
Páscoa,(...) deram o nome de Monte Pascoal,(...) à faixa de terra (...), de
Vera Cruz . Mias tarde, constatando que a nova terra era(...) um monte, muito
menos uma Ilha, e sim uma terra
continental , deram-lhe o nome de Terra de Santa Cruz. Alguns anos depois, a
terra passou a se chamar Brasil,(...) Vale lembra que o primeiro documento, escrito, e,
portanto histórico do Brasil, é a carta do escrivão da esquadra de
Cabral, Pero Vaz de Caminha,(...)”(Passo, p. 178)
“Senhor”,
Posto
que o capitão-mor desta vossa frota,
e assim os outros capitães escrevam(...)
A partida
de Belém foi como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do
dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos as Canárias, mais perto
da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas,
(...), 22 do dito mês, às dês horas mais ou menos, houvemos vistas das ilhas de Cabo Verde, asaber da
ilha de São Nicolau segundo o dito Pero Escolar, piloto.
E assim
seguimos nosso caminho, (...) terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21
dias abril, topamos alguns sinais de terra estando da ilha segundo os pilotos,
obra de 660 ou 670 léguas (...) (Trecho da carta de Caminha)
Nasce
o Amapá
As terras do Amapá percentualmente pertenceram a Coroa espanhola segundo fatos e
partes de documentos que levaram ao Tratado de Tordesilhas; mas desmotivada a
fazer feitorias.
Um navegador, cujo nome seria Diogo de
Lepe esteve na costa amapaense; afirma Santos; ” Ainda durante a primeira década
do século XVI, navegou o litoral amapaense. Os tripulantes, que desembarcaram,
entraram em combate com os índios e muitos espanhóis foram mortos”.
No sécula XVI, quando os portugueses
iniciaram o processo de colonização a Espanha procurou se mobilizar,
possivelmente para querer impor seu espaço territorial nas Américas, conforme estudos, esse nome foi
dado em homenagem a Américo Vespúcio navegador que inicialmente mapeou grande
parte do Continente Americano.
Logo, comenta Santos;
“Quando o monarca português, D. João III que
implementou; em 1534, a
colonização do Brasil, dividindo as capitanias hereditárias, os espanhóis
buscavam explorar seus domínios territoriais situados abaixo da linha do
Equador, compreendida o vale amazônico, que denominavam de Nueva Andaluzia.”(Idem,
p. 9)
Houve um espanhol que tentou vir se
instalar nas costas amapaenses, porém as expedições requeriam um custo muito
alto. E a Espanha recusava se a investir como Portugal, exaurindo os recursos
do navegador ficou quase que, no esquecimento.
Observemos;
“Foram
feitas às primeiras concessões de terras em 1544, Carlos V, da Espanha, entrega
as terras amapaenses ao explorador e navegador Francisco Orellana, as quais
receberam o nome de Adelantado de Nuevo
de Andaluzia - primeiro nome oficial que recebeu o Amapá, sendo que a
região do Cabo Norte (Pára, Maranhão e as Guianas) era conhecida como Província
dos Tucujus. Havia três grupos indígenas: os Aruaquea, os Caraíbas e
Tupi-guaranis.”(Morais&Rosário, p.16)
“O
navegador Francisco Orellana, em 1545, partido do Peru navegou pelo rio
Amazonas e litoral amapaense. Estava investido da condição de adenlantado, que lhe dava o direito de
conquistar territórios e as populações que os habitavam , custeando a própria
expedição e obrigando-se ainda, a pagar elevados impostos sobre as riquezas
conseguidas. Retornou ao Brasil em 1549, aportando no litoral do Maranhão.
Inutilmente tentou encontrar os locais por onde passou antes. Frustrado, voltou
para ilha Margaridas, nas Antilhas Espanholas, aonde veio a falecer anos depois”.(Santos,
p.9)
A
viagem do Almirante Cabral
Segundo os fatos acidentalmente as
emborcações se desviaram da rota; mas se com almirante Cabral vieram os marujos
experientes que aqui já haviam estado. E que após fincar a bandeira no Monte
Pascoal, aportando no Porto Seguro como descreve Caminha; dentre outros relatos
vieram as Expedições Exploradoras no sentido, literal.
Figura contida no site O Descobrimento
Brasil, Almanaque Terra.
Vejamos;
Frei Henrique, franciscano inquisidor
e a 1º missa Almanaque Terra
“O
Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma
alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao
pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires
Corrêa, e nos outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa
alcatifa. Acenderam-se as tochas. E eles entraram, Mas nem sinal de cortesia
fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar
do Capitão , e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois
para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também
olhou para um castiçal, como se la também houvesse prata.” (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, p.3)
As
expedições exploradoras, e colonizadoras no Brasil
Essas expedições são conhecidas como a
fase pré-colonial (1500 a
1530), que iremos expô-las; nesse período Portugal, primordialmente estava
preocupado com o comercio oriental Ásico e africano. A primeiro mapeou,
reconheceu os acidentes geográficos, já a outra, patrulhava, e lutava para
manter outras estrangeiros fora do Brasil. E, o primeiro produto um dos ciclos
explorador seria o pau-brasil.
”(...)
o fato de o comércio português com a Ásia e a África ser ótima fonte de lucros,
a constatação de que na nova terra não havia metais preciosos que justificassem
iniciar sua exploração imediata e o modo de vida dos índios, que tinha como
base material a auto-suficiência”.(Passo, p.,179)
Reiterando, menciona Schneeberger
& Farago:
“Evidencia-se,
assim, a influência do quadro natural, que permitiu a estruturação de uma de
exploração de gêneros alimentícios e matérias primas tropicais. Assim, nossa
evolução econômica, até recentemente, foi fruto da relação “meio
natural-processo histórico.”(Idem; p.69)
A colonização brasileira teve seu marco
com a expedição de Martin Afonso de Souza, em 1531, conforme estudos, esta era constituída
por 400 pessoas; esses que no país estiveram com objetivo de reparar; este
fundou a vila de São Vicente, em 1532, no litoral paulista. Também formou
povoados como Santo André e Santo Amaro. Em S. Vicente se iniciou o
plantiu de cana-de-açúcar, legado árabe; construiu-se o Engenho de S. Jorge,
esse desenvolveu-se e fez gerar um
ciclo, também de crescimento social e econômico da colônia.
Diante disso, o rei português, se organiza,
e cria o sistema de Capitanias Hereditárias, no qual, se dividiu os lotes
transferindo, os gastos com a colônia a terceiros, os supostos governantes.
Neste sistema se transferia, segundo a ordem
genética familiar, de descendência, e se legitimou em dois documentos: a carta
de Doação e a carta Floral. E a primeira dava o direito hereditário ao
donatário, mas, sem, dar-lhe o direito de dono, porém, este tinha uma parte
verdadeiramente sua; a outra determinava os direitos e deveres dos donatários;
assim, com os do rei de Portugal; como as regras, para a distribuição do
cultivo, e a percentagem dos lucros, proporcionada pela mão de abra indígenas
como a das sesmarias*.
As capitanias fracassaram, conforme razões; os
gastos eram mantidos pelos donatários, como da manutenção dos impostos; a resistência
dos índios; a essa estrutura subimissiva; além da distância que dificultava a comunicação com as
autoridades de Portugal. ”Foi com a cana-de-açúcar, cultivado mais intensamente
na Zona da Mata nordestina, principalmente em Pernambuco e no Recôncavo Baiano,
que ocorreu transformações mais efetiva do espaço, bem como um povoamento
colonial acentuado”. (Schneeberger & Farago, p. 73)
Quanto, a escravidão indígena;
“(...)
que as nações bárbaras venham ao conhecimento
de Deus não por meio de editos a admonições como também pela força de
armas, se for necessário, para que suas almas possam participar do reino do céu”.(
Trecho da carta do jesuíta Luiz Grã contido em Gomes, p.66)
Engenho de cana-de-açurcar nordestino www.Klespsidra.net (legado agrícola
árabe)
O Sistema de Governo Geral, no século XVI
Esse, foi um regime criado, que se
objetivava em diminuir o poder das capitanias; a quem o rei de Portugal,
nomeava um representante, para governa doto o território; o Governador-Geral, a
sede foi a Capitania da Bahia, ponto estratégicos, viabilizando a articulação com
as demais colônias. E, essa estrutura de governo, se continha o ouvidor-mor,
zelava pelas leis e justiça; o capitão-mor, responsável por patrulhar,
defender, e prender; e o provedor-mor, incubido pelo orçamento. Todos
representavam os interesses da Coroa.
a)
Tomé
de Souza 1549-1553, primeiro governo-geral, suas ações, a cidade de Salvador,
tornou-se sede do governo colonial; organizaram-se entradas, na busca de
minerais; criou-se o bispado do Brasil; estimulou-se à pecuária; e ampliou-se a
agricultura, se abriu espaço para a companhia de Jesus.
b)
Em
seguida, o Duarte da Costa 1553-1558, com respectivos atos; elevou-se o povoado
de São Paulo a categoria de vila, cujo os fundadores foram os padres José de
Anchieta, e Manuel da Nóbrega, que, a principio criaram o Colégio de São Paulo.
Na sua estada no governo os franceses invadiram o Rio de Janeiro, iniciaram
a França antártica, tentou expulsá-los, faltou-se contingente militar,e
recurso bélicos.
c) Logo, Mem de Sá 1558-1572; seu governo foi
duradouro, ações expulsaram-se os franceses do Rio de Janeiro, fez-se desse um
povoado militar para combater os franceses, onde se nasceu a cidade do Rio de
Janeiro, guerriaram-se com os índios, importaram-se afro-descendente com o fim
de resolver o problema da mão de obra.
A
França Antártica no Brasil
Esta não aceitará o
reinado mercantil português, nem dos espanhóis começaram e querer adentrar nos
mercados, sendo que houve guerras no Brasil entre Portugal e França, vejamos
quando chegaram no Rio de Janeiro.
“Os
franceses aportaram na Baía de Guanabara em 1555, comandados por Nicolau Durand
de Vileigaignon e se fixaram na Ilha de Sergipe, na Baía de Guanabara. Por dez
anos resistiram aos portugueses, organizaram um Arraial e construíram um forte,
chamado Coligny. Pretendiam garantir a exploração do pau no litoral sul e
conseguir um espaço onde os protestantes
franceses pudessem exercer livremente sua religião. Fizeram amizade com os
índios Tupinambás que, junto com outras nações indígenas, guerreavam com os
portugueses contra sua escravidão. A união ficou conhecida como a Confederação
dos Tamoios”.(contido no site França Antártica)
O
pacto colonial
O Pacto Colonial, a Coroa
portuguesa, o monopólio baseava-se; a) na monocultura; b) no latifúndio; e c)
na escravidão; se destinava a extrair o máximo, do que se tinha, sem que esta
planejasse com a reposição dos bens renováveis e, nem com os bens não
recaváveis; nem com perdas e danos cometida à população. E, se preocupava com
seu império nacional e tudo que podessem carregar, para comercializar não só
com a metrópole, ao povo da colônia restaria a servidão vil, e a sumula do
árduo trabalho, que ora na época se instituiu.
Como afirma Valadares,
Ribeiro & Martins;
”Toda a
riqueza produzida pela colônia ia para metrópole, através de impostos e,
pericialmente, dos monopólios (pacto colonial), que permitiam a Portugal comprar
produtos a preços baixos e vendê-los com lucro no mercado europeu”.(Idem.; 71)
”Mas
apesar de explorar intensamente os recursos brasileiros, Portugal não era o grande beneficiada, transferindo
primeiramente para a Holanda, posteriormente para a Inglaterra, os grandes
lucros obtidos nas relações com sua colônia. Eram os burgueses holandeses e
ingleses que comercializavam as mercadorias colônias portuguesas no continente
europeu, numa época onde o grande lucro se localizava no setor de circulação de mercadorias(mercantilismo comercial) e não
na produção”.(Schneeberger& Farago.; p.75-76)
A
união ibérica no Brasil e Amapá
Com, a morte de D. Sebastião em 1578;
rei de Portugal, e logo seu sucessor o tio-avô o cardeal D. Henrique (cardeal-regente)
em 1580; que, sem, deixar herdeiros, todas
as terras da colônia portuguesa, assim como, as de Portugal, ambas passaram para
administração da Espanha; antecedendo as suas mortes; e após a da Guerra da
Reconquista se casara, em 1469 Fernando de Aragão (rei da Espanha) e Isabel de
Castela (rainha de Portugal, viúva de D. Afonso V); essa junção territorial
ficou conhecida como União Ibérica. E, o Tratado de Tordesilhas se anulou, as
nações, unificadas, abriram-se os caminhos das fronteiras; logo, os portugueses
iniciaram a conquista da Amazônia. Em 1616, com um posto militar, o Forte
Presépio de Santa Maria de Belém; cujo se objetivou, para defender as costas
amazônicas. Iremos evidenciar mais a frente as invasões espanholas no Amapá.
“O
povoamento, do Pará começou com a entrada de holandeses e ingleses, mais
consolidada com os portugueses. O inicio da formação do Estado se dá em 1616,
com a fundação do Forte Presépio,
primeiro marco de construção da cidade de Belém, na época San Maria de Belém do
Grão-Pará”.
“O
responsável pela fundação foi Caldera Castelo Branco, antigo capitão-mor do Rio
Grande do Norte. Para chegar à Belém, ele saiu do Maranhão, chefiando uma
expedição de 200 homens, em caravelas - Santa Maria da Candelar, Santa Maria da
Graça e Assunção”. (Historia do Pará)
Isabel
I de Castela recebendo a chave de Granada (1492), pelo rei Boadil. Fonte/Wikipéia
Fonte/Wikipéia
Invasões
estrangeiras nas terras do atual Estado do Amapá
As invasões estrangeiras como as
inglesas, holandesas, e francesas, foram
movidas por cobiça chegaram nas terras
do Norte da Amazônia, e todas sem
aceitar o domínio ibérico; também nas
terras do atual Estado do Amapá. E à capitania do Cabo Norte; fatos que
conduziram os portugueses a se mobilizarem e se contraporem. Sendo que, em 1627,
o governador do Estado do Maranhão, Bento Maciel Parente, foi à Espanha
articular, quanto as invasões; e solicitar ajuda, na ocupação do delta do rio
Amazonas, e em 1637, a
14 se julho; o rei Felipe IV, criou a Capitania
do Cabo Norte, as atuais terras amapaenses, se adentrando até o rio Nhamundá
(atual Peru), segundo fatos por falta de recursos financeiros se deixou a
colonização proposta de lado. E, em 4 de setembro de 1641, restaura-se a Coroa
Portuguesa.
A
esse respeito, afirma Santos:
”Os
ingleses, comprovadamente, começaram a incursionar pelas terras que hoje são
amapaenses, a partir de 1610. Na década seguinte, em 1623, estavam estabelecidos em duas
fortificações denominadas de Tilletite e Uarimuacá, no vale do rio Cajari,(...)
Como aliados, ingleses e holandeses, em 1629, sob o comanda de James Pourcel
construíam Forte do Torrego , no rio
Manacapuru que, (...) Ainda em 1630, foram iniciados combates contra outros
ingleses, liderados por Roger North que, expulso da região de Gurupá,
estabeleceu-se entre os rios Matasse e Manacapuru (hoje Vila Nova), construindo
o Forte Felipe (Forth North) , (...) guarnição de 200 soldados e vários
índios.(...) capitão-mor Jácome Raimundo Noronha e sargento-mor, Manoel Pires
Preire, em janeiro de 1631, as tropas portuguesas reiniciaram o ataque ao Forte
Felipe.(...) sendo perseguidos pelo capitão Aires de Chichorro, que ainda
conseguiu aprisionar outros invasores ingleses.(...) a pretensão britânica de
se estabelecer-se na Amazônia. Em 1632, uma companhia da Inglaterra, presidida
pelo duque de Buckingham, enviou à região uma explorarão comandada por Roger
Fray, que construiu um reduto fortificado, denominando-o de Forte Camaú, com
ajuda de índios nheengaybos, aruans e tucujus. A reação luso-brasileira foi
avassaladora. Sob o comando do capitão-mor Feliciano Coelho de Carvalho,
primeiramente atacaram os índios nheengaybos, cujos os sobreviventes
refugiaram-se no fortificação. No dia 9 junho, o capitão Pedro Baião de Abreu,
com 10 soldados e 250 índios tucujus,mas(...) escapado do cerco, numa nau, para
ir ao encontro de reforço de 500 homens
que viriam da Inglaterra, o qual jamais chegaram. No local do forte Camaú,(...)
em 1688 foi construída a Fortaleza de Santo Antonio. Governava o Estado do
Maranhão e Grão Pará, Artur Sá de Menezes, no cargo desde 26 de março de 1667,
restabelecendo por determinação real, e a sede em São Luís , a qual desde
1636, vinha funcionando em Belém”. (Idem.,
p. 13-15)
Reiterando, Morais & Rosário:
”Em
abril de 1628, com 112 colonos da Companhia das Guianas com sede em Londres, o
navegador Jemes Purcall, profundo conhecedor da Amazônia, lançava as bases de
um forte, o qual denominou de Torrego, dando início a uma plantação de tabaco
na Amazônia. No ano seguinte fundaram outro forte no litoral de Macapá, o qual
os ingleses “batizaram” de North”. (Idem, p.20)
Nesta égide comenta Lins;
”Partindo
de Belém no ano de 1623, Parente iniciou a construção de uma casa forte na feitoria
do cajari, cuja terras hoje pertencem à Jarí, sendo que a casa forte foi depois
destruída pelos holandeses que já ocupavam a região. Ainda na área do rio
Cajari (atuais terras do Jarí), no ano de 1625 Pedro Teixera e outros
companheiros apoderaram-se de um fortim que os ingleses mantinham entre os
índios Tucujus. Nas proximidades da Jarí, no rio Xingu, que esta situado ao sul
de Monte Dourado (hoje município de Vitória do Jarí), no ano de 1623 Luiz
Aranha de Vasconcelos atacou fortes de Orange de Nassau, que pertenciam aos
holandeses. A dificuldade dos portugueses em expulsar holandeses e ingleses só
foi superada quando Bento Maciel Parente conseguiu fundar o forte Santo Antônio
de Gurupá, que era na realidade o ponto mais avançado da Coroa Portuguesa na
Amazônia, a sudeste de Monte Dourado. Em 1627 Parente enviou um detalhado
memorial à Coroa Portuguesa, demonstrando a grande dificuldade de manter a
imensa área como a da Amazônia, sugerindo que o mesmo fosse dividida em capitanias. A
sugestão foi benéfica para parente; o mesmo foi agraciado por cartas régias de
13/03/1634; 13/08/1636 e de 9/07/1645; com a Capitania do Cabo Norte, que se
estendia do rio Surubi(no município de Alenquer) até o Oiapoque, na divisão do
Amapá com a Guiana Francesa, e era limitado a oeste pelo rio Parú, tendo como
sede a vila de Iauacuara, que é hoje cidade de Almeirim. A Capitania do Cabo
Norte foi fundada no dia 14/07/1639(...) Porém, em 1638 Parente havia fundado o
forte do Desterro(...)” (Ibidi.14-15)
A
França no século XVII no norte do Brasil
O rei da França, Henrique IV, em 1605;
se mostrou interessado pela região amazônica, querendo se fincar; nas terras da
colônia, com olhos no Maranhão, a segundo pelo
Amapá. Posteriormente, na América do Sul se denominou de França Equinocial ; do latim equinoctial significa “com noites
iguais”. Os religiosos franceses que se aproximaram dos indígenas, logo com
suas habilidades se tornaram amigos, bem como os militares patriotas; por isso
foram perseguidos.
“A
França Equinocial começou em 1612, quedo a expedição francesa partiu de Cancele
( Bretanha,França) sob o comando de Daniel de la Touche , Seigneur de la Ravardière.
Transportando 500 colonos, a expedição chegou a costa norte
do que é hoje em dia o estado do Maranhão. De la Raverdière descobrira a
região em 1604, mas a morte do rei adiou seu plana de colonização. Os colonos
fundaram um vilarejo, que eles denominaram “Saint Louis”, em honra ao rei
francês, Louis IX. O nome transformou-se em “São Luís em português, é a única capital
de estado brasileira fundada por
estrangeiros .”São Luís” é a tradução do nome original(...) Em 8 de setembro
monges capuchinhos rezam a primeira
missa, e os soldados começam a construir um forte.(...) a nova colônia não foi
originada devido à fuga de perseguições religiosas aos protestantes”. (contido no site França Equinocial)
Em, 1691; o governador de Caiena, marques de
Ferrolles, Pierre E´Leonor de La
Vile ; mandara uma carta ao governo português do Estado do
Maranhão, cuja mencionava o rio Amazonas como limite, entre a Guiana e o Brasil,
o desejo, de se possuir a terra foi concretizada; logo houve reações, após os
fatos o diplomacia.
“Em
1697, em uma ação audaciosa, os franceses penetraram nas terras do Cabo Norte (especialmente
nas terras do Amapá) intimidando os portugueses a abandonarem as fortificações
construídas acima da margem esquerda do
Amazonas(uma em Macapá e outra no Peru). Segundo o governador de Caiena
a terra pertencia à França”.(Morais & Rosário, p.22)
“Ainda
em 1697, organizou-se uma expedição para expulsar os invasores franceses.
Comandado por Francisco de Souza Fundão, uma tropa de 160 soldados e 150 índios
que se posicionou na ilha de Santana e iniciou os ataques. A essa tropa
juntou-se outra, comandada por João Muniz de Mendonça. Os franceses sitiados
somavam 43 soldados e após a morte de 11 deles, rederam-se. Os sobreviventes
levados para Belém e expulsos para Caiena”. (Santos, p.15)
Um
outro nome para a Capitania do cabo Norte. E Portugal no Brasil e Amapá
Portugal desvinculou-se da Espanha (
se desfaz a união ibérica); e os portugueses , que aqui estiveram, reiniciam a colonização,
no Cabo Norte passaram a povoá-la por Macapá; mesmo que lentamente, e com
moldes militares; como aqui havera, uma grande nação de índios Tucujus, logo, denominaram de Terra dos Tucujus ou
Tucujulândia e, oficialmente como
Província dos Tucujus.
A questão entre França e Portugal; foram a
vínculos de tratados, apos lutas. O governador do Maranhão e Grão Pará, João de
Abreu Castelo Branco, pediu brevidade na construção dum forte no povoamento, na foz do Amazonas; baseava-se
que local seria ponto marítimo estratégico,e combater os franceses; reivindicação
reiterada pele seu sucessor Francisco Pedro de Mendonça Gurjão ao rei Dom João
V. Porém, foi concretizado no bojo do governo de Francisco Xavier de Mendonça
Furtado(também governador do Maranhão e Grão Pará) , responsabilizou-se pela
colonização, e elevar o povoado, em 4/02/1758, a categoria de Vila de São José
de Macapá. E, logo compôs a Câmera Municipal; empossando os vereadores Domingos
Pereira Cardoso, Feliciano de Sousa Bentacort, Francisco Espíndola; Antônio
Cunha Davel, Thomé Francisco de Bentecort e Simão Caetano Leivo.
Fonte: SANTOS – Geografia
do Amapá - Capitania do Cabo Norte (p.
12)
1 - Tratado provincional, em 4/03/1700; de um lado
o representante de Luiz XIV, da França; Pierre Rouillé; e de outro, os de
Portugal, Dom Nuevo Álvares Pereira, duque de cadaval, general Gomes Freire de
Andrade e Mendo de Foyo; a área do Cabo Norte ficou como contestado, e
determinava-se a neutralidade; com a
assinatura, o forte de Santo Antonio, que deste 1688, ali estava tinha que ser
abandonado, sem nada, neste ser edificada, mas ambas podiam transitar
livremente.
2
-
Tratado de Utrecht, em 11/04/1713; que manteve o Rio Oiapoque (Vicente Pinzon) proibira
qualquer transito comercial dos franceses em lados legalmente de Portugal.
3
-
Tratado de Madri; assinado em 1750; ponha fim a união ibérica, se legitimava a posse de terras, que novamente seriam da
Coroa Lusa
“Asseguro
aos portugueses os domínios (...) voltaram a se estabelecer na região, em 1738,
posicionando em Macapá um destacamento militar. Governava o Estado do Maranhão
e Grão Pará, João de Abreu Castelo Branco, (...)” (Santos, p. 17)
A
construção do forte em Macapá
“Ouvindo
o conselho ultramarino, baseado nos
relatos do governador capitão-general do Pará, João de Abreu de Castelo Branco,
D. João V emitiu uma carta régia para que fosse instalado um forte à margem
esquerda do rio Amazonas, para vigiar o movimentos dos franceses e garantir a
posse da terra”.( Morais & Rosário, p.26)
A construção, do forte, foi iniciada,
em 26/06/1764; pelo governador do Maranhão e Grã Pará; capitão-general Fernando
Costa Ataíde Teive, com a planta do engenheiro Henrique Antônio Galúcio,
construíram-no morosamente, e com
trabalhos escravos de negros e indígenas; os aborígines usavam canoas para
transpor as pedras advindas do Rio Pedreira; com a morte do engenheiro em 27/10/1769
de malaria assim coma muitos, que conseguira instalar 64 dos 101 canhões; e
também de D. José, sua herdeira empossada suspende as verbas; quem assumira os
trabalhos, e continuaram foi o capitão Henrique João Wilckens, até a chegada do
engenheiro sargento-mor João Geraldo Gronfelts que terminou a obra; sua
inauguração foi em 19/03/1882 na administração da Província estava José Napolles Tello, atualmente é
conhecida como Fortaleza de São José de Macapá; os seus bastiães foram chamados
Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus, sendo que eles
protegem os quatros pontos da fortaleza; ainda apontam, os pontos cardeais
terrestres .
Fonte: SANTOS – Geografia do Amapá
(p.10 as fortificações)
1. Forte de Orange e Nassau
2. Forte de Marioca
3. Fortins de Cumá e Caeté
4. Forte Presépio ou Castela (Belém)
5. Forte de Santo Antonia de Gurupá
(Gurupá)
6. Fortes de Murutu, Nandiutuba,
Torrego e Felipe
7. Fortes de Cumaú
8. Fortes de Desterro e do Toere
9. Forte do Araguari
10. Forte de São Pedro Nolasco (Belém)
11. Fortaleza desão José da Barra de
Rio Negro (Manaus)
12. Fortaleza da Barra (Belém)
13. Forte Sato Antônio de Macapá
14. Forte de Rio Bataboute
15. Fortaleza de Santarém ou Tapajós
16. Forte de Óbitos ou de Pauxis
17. Forte de Parú (Almerim)
18. Fortim e Bateria de Ilha de
Periquitos (Belém)
19. Casa Forte do Guamá (Ourém)
20. Vigia do Curiau
21. Forte São Gabriel (Guapés)
22. Forte São Joaquim (Rio Negro)
23. Forte Forte de Cucuí (Marabitanas)
24. Fortaleza de Macapá
25. Forte de Tabatinga
26. Forte de Nossa Senhora da
Conceição
27. Reduto de São José (Belém)
28. Bateria de Val-de- Cans (Belém)
29. Forte do Príncipe da Beira
30. Forte do Cabo Norte
31. Forte São Joaquim
32. Forte de Nossa Senhora de Nazaré
(Tucuruí)
33. Fortes do Cabo Norte
34. Bateria de Santo Antônia (Belém)
35. Forte da Ilha dos Periquitos
(Belém)
36. Forte de Cachoeira de Itaboca
37. Vigia de Ilha de Bragança
A
influencia, napoleônica na Terra do(s)
Amapá(s) e a volta da França
O governador do Maranhão e Grão Pará,
Alexandre de Souza Freire, resolveu mandar uma tropa de guarda-costas ao Oiapoque. Alguns se agitaram, e
construíram fortins na parte francesa, que se acalmaram evitando o conforto
direto e as possíveis baixas para ambas as partes. E, em 1797; o imperador
Napoleão Bonaparte (sua volta política, durou até 1815, com a Batalha de Waterloo; quando os ingleses o
depuseram; em 1821, faleceu no exílio na Ilha de Santa Helena; num ponto do
Atlântico) e determina que o limite
entre o Brasil e a França, seja feito pelo rio Calçoene; em sua ânsia de
domínios, pretenso em conquistar-se a Europa, e uma grande potencia imperial da
sua época a Inglaterra com sua incrível
armada; sem render-se ao Imperador franco, o qual decreta o bloqueio
continental; e força a Coroa lusa vir ao Brasil.
a) O Tratado de Badajoz, assinado em 6/06/1801;
determinava que a fronteira entre franco-luso, seria pelo rio Araguari; ainda
pagou-se a Napoleão 15 milhões de francos-ouros.
“Só a
Inglaterra, com sua poderosa marinha e a proteção natural pelo fato de ser uma
ilha, não se rendia aos franceses. Por isso, em 1806, Napoleão decretou o
“Bloqueio Continental”, fechado todo o continente europeu para os produtos
ingleses”.( Valadares e et. oll, p.32)
“Em
1808, Napoleão invade Portugal e Espanha, depõe o rei Carlos V e coloca no
trono espanhol seu irmão, José Bonaparte”.(Idem, p.33)
“A
dependência econômica-financeira de Portugal determinou sua opção. Em outubro
de 1807, o representante inglês Lord Stragford e o representante português, D. João VI, assinar um tratado
secreto que previa ajuda britânica para que a família real portuguesa e a corte
abandonassem o país fugindo das tropas napoleônicas”.(Idem, p.81)
b) Ainda na era napoleônica, em
28/08/1811, em Paris se assinou a convenção para devolver a Guiana até o
Oiapoque, entre 4º e 5º graus de latitude norte; devendo cada um remarcar seus
limites.
O
fim Império Napoleônico e os
franceses no século XIX no Amapá
A França com fim da era napoleônica,
tendo um pensamento reorganizar–se, assim como a monarquia, reiniciaram as invasões na capitania do Cabo
Norte (Província dos Tucujus) entre o período de 1835 a 1840; com a intenção
reconhecer os recursos geo-físicos-políticos
e demográfico, além de nortear pontos que viabilizasse a articulação com Caiena.
Diante, das ações, em 1853; o senador Candido Mendes de Almeida, pede na
Assembléia Nacional, a criação da Província do Oiapoque ou Pinsônia; no governo
do Brasil de D. Pedro, seu pedido foi recusado.
Ainda, em 1885; no governo de D. Pedro
II; uniram-se franceses, brasileiros e crioulos da Guiana Francesa que instituem
a República do Cunany na área em contesto e hasteavam as bandeiras francesa e
brasileira; esses, segundo; movidos pelo interesse da França (Guiana Francesa).
A
república no Amapá
Na época do presidente Prudente de Morais, em
1894, Germano Ribeiro e Firmino descobrem ouro em Calçoene; fato quão moveu a
ambição francesa fundamental os de Caiena, dominaram; e escravizavam mulheres, perseguiam índios, a
baixa densidade demografia brasileira, a dependência de Belém, e
o entreposto comercial da Franca tornaram a área uma confusão, esta
também atraía pessoas inescrupulosas, das outras regiões. Continuando, os
rebelados de Cunany empoçam Trajano como governador, brasileiro já fora escravo.
E, perante os acontecimentos, em
contra partida, no lado de Portugal no povoado de Amapá (Município de Amapá) se
forma uma junta governativa, o Triunvirato, eleitos pela representatividade do
povo que; compôs-se por Francisco Xavier da Veiga Cabral (1º secretario, e o líder
), Cônego Domingo Maltez (presidente) e Desidério Antônio Coelho (2º
secretario) suas diretrizes eram centralizar nas terras do Amapá uma política
auto-suficiente militar, tributário, e
civil-social. Entretanto, fez o delegado de Caiena, e governo de Cunany; este
deixou de hastear a bandeira do Brasil na área do contesto; quando este
adentrou no povoado de Amapá foi preso por autoridades que se constituíram.
Fonte:
SANTOS - área do litígio (p. 14 )
“Trajano,
como governador, passa a desrespeitar a autoridade do Triunvirato, desenvolvendo
perseguições aos mineiros nacionais (...) Neste momento Francisco X. da Veiga
Cabral passa a ser autoridade máxima do triunvirato, manda prender Trajano (...)
Na verdade, o pretexto (...) antes hasteara as duas bandeiras (francesa e
brasileira) cessara de hastear a ultima (...) ”(Morais & Rosário, p.32)
Tentou-se, resgatar Trajano, no data
de15/05/1895, rapidamente M. Charevim, o governador de Caiena; mandou a fragata
Bengali; ao comando capitão Lunier;
sobre seus comandados o oficial Aldibert e 130 soldados, com a função de
capturar Francisco X. da Veiga Cabral, mas esse foi avisado pelos compatriotas;
que logo reuniu uns 13; segundo relatos, o comandante francês ia ao seu
encontro, ao encontrá-lo discutiram, e quis agredi-lo; mas Cabralzinho, segundo
E. Vidal Picanço; tinha este apelido,
por que sua estatura seria de 1.5m, além de ter
um temperamento explosivo, era capoeirista hábil; com avidez conseguiu
desarmá-lo e matá-lo; subjaz muitos mortos, no lado brasileiro, vitimas da
reação dos outros comandados. Restando refletimos a respeito do ato, que
culminou na reação. Afirmando Raiol: ”O ouro sintetiza o jogo de interesses
político-econômico, aparece, dessa maneira, como o grande propulsor do conflito de 1895 que
culminou no ataque francês, deixando um rastro de saques, incêndios e mortes de
mulheres, velhos e crianças”( contido no livro de Morais & Rosário, p.34)
Diante dos fatos, e estudos descreve Edgar
Rodrigues. ”Era uma quarta-feira, 15 de maio de 1895. A população adulta se
encontrava nos seus afazeres diários , seja no campo, tomando conta de gado ou
das “tarefas da roça”. Cabralzinho encontrava-se em sua casa descansando,
próximo à igreja,(...) Os franceses
desde de cedo vinham subindo o rio Amapá Pequeno, a bordo da canhoneiro
Bengali, que era pilotada por um brasileiro de nome Evaristo Raimundo. O
comandante era o capitão-tenente Lunier e a missão tinha a finalidade de
prender cabralzinho caso resistisse à
ordem de soltar Trajano. Os invasores desembarcaram às 9 horas e foram em sua
direção(...) a casa foi cercada por uma patrulha enquanto outra vinha de outro
lado(...) As declarações de Lunier foram ouvidas(...) formou-se um combate. Com
poucos minutos os amigos ouvindo de Cabral começaram a vir, e oitenta homens ,
comandados do capitão Lunier, começaram a brigar desordenadamente, talvez pela
morte de seu comandante, e preocupados também com a baixa maré que provocaria o
encalhe(...) Se cabralzinho matou ou não Lunier com sua própria pistola já não
interessava . A reação dos brasileiros e o massacre de amapaenses(...) O jornal
paraense “Diário de Noticias”, em 12 de junho de de 1895, quase um mês depois
do ocorrido publica a relação das vitimas do massacre, (...), O governador
francês reconheceu a responsabilidade de
Mr. Charvin (...) em 15 de maio de 1895. O afastamento (...) De 1896 à 1897,
Cabralzinho percorre o sul do país como
herói nacional e defensor da pátria. O fato só foi resolvido com o Laudo Suíço
expedido pelo presidente Walter Hauser, em 1º de dezembro de 1900” .(contido no site ap.
gov )
A
França no século XX no norte do Brasil
A questão do massacre gerou
discussões, na capital brasileira (na época Rio. de Janeiro) cuja o presidente
do país era Campos Sales, primeiramente irritação na francesa (Paris),
conduzindo o acontecimento ao conhecimento internacional; proporcionando a
relação diplomática do direito; e em 01/12/1900 assinaram o Laudo suíço ou
Laudo de Berna, corrigindo o contestado e adicionou-se nas terras do Brasil 225.000 km², limitando-se
o Rio Oiapoque como a fronteira entre as nações. E, no dia 25/02/1991 a área fundiu-se
as terras brasileiras, e legitimando-se como Município de Amapá em 22/10/1901 incluíndo-lhe ao Pará. O litígio também foi um
marco para que o Brasil ter definitivamente seu limite territorial, que aos
poucos ia se consolidando como pais independente democrático e juridicamente em
toda sua amplitude.
O
Estado do Amapá
Passado o regime militar, assim como a
era da ditadura; mas gradativamente os direitos civis estavam mesmo que morosamente
tomando seu lugar, as cobranças da Unesco, ONO dentre outro vinham pondo a
baila e, suscitou o repensarmos nas ações Estatais, quão nas arbitrariedade do
regime militar; a sua lei de suberversividade
suprimiu os pensamentos e manifesto oposto a esse, porém a constituição
de 1988 rompeu velhos antagonista, e expunha os direitos civis e a formação dos
Estados e Municípios.”Em 1990, no inicio do Governo Collor, teve inicio a discussão
internacional sobre um plano decenal para os paises mais populosos do primeiro
mundo. Proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação , E a
Ciências e a Cultura (UNESCO), pelo fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo
Banco Mundial (BM), O Plano Decenal de Educação de Educação para Todos foi
editado em 1993 e não saiu do papel”. (Libâneo, p. 156)
Diante do exposto, se observa que
priorizava a criação dos municípios para que fosse possível o repasse de verbas
para as esferas Estadual e municipal; porém a
aplicabilidade foi lentamente.
A Constituição de 5 de outubro de 1988, direcionou
a formação dos Estados e municípios com todas as suas autonomias, que, também
teve alguns de seus artigos com as emendas de 92 retificados; as emendas
justifica-se em dá maior clareza de entendimento para que se possa destinar as
políticas. Com o fim dos governos militares instaurou-se as diretas já, com
foco educacional de, Ulices Guimarães e Tancredo Neves.”(...) o ‘governo
Tancredo’ pretendia para educação nacional, privilegiou-se uma estratégia de
repasses aos Estados e Municípios, com objetivos de clientelas(...) (Kuenzer, p.56)
Assim,
para que o Territórios do Amapá podesse fazer parte dos Estados da República
Federativa do Brasil; precisaria ter o
seu limite territorial reconhecida; bem como sua Constituição Estadual em
consonância com a Constituição Federal, as gerencias políticas , orçamentária, fiscais,
atribuições, competências, dentre outras, e direitos a cidadania; e para, se
receber os repasses de verbas; e primordialmente precisaria de um governo democrático: e leito pelo voto democrático.
Diante disso segundo Morais&Morais; “ Após a posse de José Ribamar Sarney assumi e governo
no Amapá, Jorge Nova da Costa, no
período de 04/04/1986 à 18/13/1988, é exonerado do cargo . Porém(...) recorre à
justiça para permanecer; ficando até abril de 1990 (...) Enquanto o em passe
persistia, assumiu o Governo do Estado Tenete-coronel Doly Mendes Boucinha.
(...) Jorge N. Costa não consegue retornar ao governo.(...)Boucinha, permaneceu
no cargo de abril a maio de 1990.(...) O
advogado Gilton Garcia em 1990, antes de assumir o governo do Amapá, era chefe
da Assembléia Legislativa da Presidência da República.(...), nomeado pelo
presidente Fernando Collor de Melo , governou o Amapá de 25 de maio de 1990 a dezembro de 1990.” (Idem, p.29-32)
Porém o Estado do Amapá teve um
Governo eleito pelo povo em 5 de outubro de 1990; o Aníbal Barcellos, o qual
tomou posse em 1 de janeiro de 1991. Observemos uma Lei Federal para
refletirmos.
”§1º -
A instalação do Estado dar-se-á com a posse do Governador eleito em 1990.
“2§ - O
presidente da Republica ate quarenta e
cinco dias após a Promulgação da Constituição, encaminhará à apreciação do Senado Federal, o nome do
Governador do Estado do Amapá, que exercerá o Poder Executivo até a instalação
do Estado, com a posse do governador eleito”.(contido em Morais & Morais,
p. 31)
Vimos, que a criação de municípios
dava a possibilidade de empréstimos Internacionais, para investimentos
educacionais; educação lapidada pelo regime autoritário militar, assim no Estado do Amapá e,em 1992
criou-se Amapari, Cutias do Araguari, Itaubal, Porto Grande, Pracuúba, Serra do
Navio.
Os municípios do Estado do Amapá são:
Amapá (1943) Amapari (1992) Calçoene (1956)
Cutias do Araguari (1992) Ferreira Gomes (1987) Itaubal do Piriri (1992)
Laranjal do Jarí (1987) Macapá (1943) Mazagão (1943)
Oiapoque (1945) Porto Grande (1992) Pracuúba (1992)
Santana (1987) Serra do Navio (1992) Tartarugalzinho (1987)
Vitória Jarí (1994)
O mapa político do Estado do Amapá.
Os símbolos do Estado
As
Armas
I – No ápice a estrela branca e as e
as quinas amarelas simboliza o surgimento de as um Estado da Nação. A cor
branca simboliza a pureza, a serenidade a paz. O amarelo as nossas
riquezas.
II
– Abaixo, a faixa com o lema “ Aqui começa o Brasil”.
III
– Na parte superior do Brasão, nos flancos direito e esquerdo, são apresentados
o formato da fortaleza de São José de Macapá.
IV
– Contido dentro do Brasão formatado aos dos nobres, no lado direito do
semi-circulo se encontram raios que norteiam
à capital do Estado do Amapá.
V – O raio que se centra no Brasão,
representa a linha do Equador a, quão separa os dos hemisférios norte e sul, e
o único Estado por ela cortado com latitude a longitude 0 grau da mesma.
VI
– No interior encontra-se o mapa geográfico do Estado do Amapá, indicando a
riqueza do e no solo e subsolo, o amarelo representa as riquezas minerais;
ainda a junção da crença nas ações.
VII
- Também no centro a árvore que deu o
nome ao Estado, o amapazeiro; o qual se extrai o leite tal com a madeira nobre.
VIII
– O verde ao pé do amapazeiro, representa, os férteis campos.
IX
– Os 25 raios abaixo da linha do equador representa a honestidade, a obediência
à lei e à autoridade, a desilusão, a tristeza, a aflição e a morte.
X
– As ramas amapazeiro com dos flancos, unido a uma fita branca; a qual
representem o padroeiro Divino Espírito Santo ambos com a função de proteger o
Estado.
A Bandeira.
O símbolo se
objetiva em mostra as aspirações do povo, traduz a sua historicidade e tudo que na pátria há.
O seu formato é retangular.
I – O azul
representa o céu amapaense e a justiça.
II
– O verde representa a floresta nativa e seu ótimo estado de preservação,
aproximadamente 90%, assim como a esperança, o amor, a liberdade e o futuro em abundancia.
III
– O amarelo a união e a riqueza do solo.
IV
– O branco a paz e harmonia, onde todos possam se unir e moldar o Estado e
lapidar as diferenças; de maneira que todos possam participar da construção da cidadania.
V
– O negro indica o luto por aqueles que se foram, mas deixaram sua contribuição
para uma sociedade mais justa.
O
Hino
Traduz
a história de um povo de uma forma sucinta, os feitos heróicos ; assim como descreve e
exalta nossa Terra. E, denomina-se “Canção do Amapá”; cujo o autor é Joaquim
Gomes Diniz, sobre o arranjo do Maestro Oscar Santos.
Eia
povo destemido
Deste
rincão* brasileiro.
Seja
sempre teu grito partido
De
leal coração altaneiro*
Salve
o lindo torrão do Amapá
Solo
fértil de imensos tesouros
Os
teus filhos, alegres, confiam
Num
futuro repleto de louros*
Refrão
Se
o momento chegar algum dia
De
morrer pelo nosso Brasil
Hão
de ver deste povo a porfia*,
Pelejar*
neste céu cor de anil*
(bis)
Heia
povo herói, varonil*
Descendente
da raça guerreira
Ergue
forte , leal, sobranceira*,
A
grandeza do nosso Brasil
Salve
o rico torrão* do Amapá
Solo
fértil de imensos tesouros
Os
teus filhos, alegres, confiam
Num
futuro repleto de louros
Os índios e o povo brasileiro
Os nativos brasileiros tinham o seu
modo de viver e sua cultura distinta, denominados de povos primitivos, têm sua
educação; os seus conhecimentos advindos dos elementos da natureza; ainda lutam
pela demarcação das suas terras; apesar de muitas já serem o reconhecimento
legal, sua problemática teve inicio a
mais de quinhentos e tantos anos; essa
distorção se fomentou nos bancos escolares; desprezamos o aprendizado na
medicina, língua, culinária, e respeito ambiental; ainda fizeram destes grupos
étnicos prepassaram como vilões na
historio do Brasil.
O imperialismo absolutista teocrático
que ora se instaurou no Brasil deixou marcos profundas, sendo iniciada as conquistas, visão do índio como
símbolo da pureza e do paraíso, conduzida pelos religiosos; indubitavelmente
esses também deixaram sua contribuição, mas suas virtudes catequéticas
cristã compactuou para tolheram
pensamentos e vidas. Porém acredita-se que por causa dos jesuítas que ainda há
alguns grupos indigenas. Segundo Décio Freitas, os jesuítas fizeram com que os
indigenas descobrissem novas tecnologias e não morressem de fome. Diz que, no
fundo, os padres criaram colônias socialistas, onde todo mundo trabalhava, nem
mesmo os próprios jesuítas, tinha mais dinheiro e poder que os outros. No ano
de 1641, prevendo um novo massacre de
índios por bandeirantes; nas margens do rio Mbororé, afluente do rio Uruguai, fronteira entre Brasil e
Argentina, um grupo de caçadores de índios, liderados por um bandeirante
chamado de Jerônimo Pedroso de Barros; apareceram na aldeia guarani em 130
canoas, os padres jesuítas que ali viviam , que já sabia pegar em armas para
resistir; pelos religiosos orientados; e carregando a bandeira de São Francisco
de Xavier, os nativos usaram até canhões feitos de taquara botaram os paulistas
para correr. ( revista da editora Abril, p.12, 2007)
Na fase escravocrata, a força das armas se
proclamou, a violência foi uma vertente, se justificaram em ser donos de tudo
que no Brasil estava e cometeram genocídios; conclamaram o nativo como cruel e
antropófago; porém este apenas lutava pela sua liberdade e pela sua vida;
acabaram por ser inimigos da Coroa, por serem gentios foram caçados,
torturados; precisamos quebrar as ações
malévola que ainda tendem a viver na sociedade. Diante das interface comenta
Augusto: “ Filhos de portugueses com mulheres da terra, os bandeirantes eram
parecidos com os índios. Os bandeirantes aumentaram o tamanho do nosso país,
mas também provocaram um rombo de população. Eles mataram e prenderam tantos
índios que nosso interior focou bem vazio. Com isso,(...) ficou sem escravos
fáceis de caçar. Foi então que começaram a fugir, para valer, os grupos de bandeirantes, que procuravam
índios onde quer que eles estivessem.Sempre descalços, os bandeirantes usavam
arco e flecha, espadas e arma de fogo. Tinham armaduras de couro de anta e
camisas de algodão cru. Eles começaram pelo Sul do Brasil. Em 1628, Antonio
Raposo Tavares liderou uma expedição contra os índios guaranis viviam pacificamente
com os padres jesuítas - as chamadas
missões. Quem resistia aos ataques morria na hora, e os reféns muitos idosos
eram largados no meio do caminho de volta. (...) foram para o Planalto Central.
Mas os índios estavam pronto para a luta. Até o grupo de Raposo Tavares chegou
à Belém do Pará ”. (Idem, p. 10-13)
A esses que se foram e deixaram o seu
legado cultural, vamos repensar na sociedade onde todos aprendam a viver
igualmente, e com as diferenças etno-cultural, a quem esses também nos ascendem,
precisamos vê-los como parte de um todo e constituirmos, verdadeiramente como
povo brasileiro, mas também como parte integral de nosso tronco humanístico da
sociedade global.
As
políticas indígenas
Tomaremos como ponto de partida dois
acordos escritos, entre Portugal e Espanha; a Bula Inter Coetera e o Tratado de
Tordesilhas, fixou-se uma linha fictícia, e esta repartiu o mundo em ocidente e
oriente, dividindo a conquista do mundo,
e garantira a posse do Brasil; e tudo que nele estivesse, nas caravelas
alguns índios foram levados à Europa os capitães após a relação amigável
deixava alguns entrar no transporte e o levava embora, deram-lhe de “apreensão
voluntária”, outorgando esse tipo de ação militar.
Na colônia se utilizou de mão de obra indígenas, os
missionárias abriram as portas a sua catequese moldou o pensamento a forma de se
compor; a sua cultura xamânica foi combatida, como se a Cristã fosse a única e
absolutamente verdadeira; esse fé também desprezou sua forma entenderem DEUS, eles
tirarem suas indagações sobre o mundo e a existência da vida, porém seus deuses estavam presente em todas as partes da
natureza ainda existente até hoje, os missionários estrangeiros uns continuam
com a prática desprezam o pensamento de cada civilização; entretanto há outros
que expõe a virtude cristã com serenidade e calmamente respeitando a relação
que cada povo estabeleceu com seu deus (deuses), assim como muitos
jesuítas da época colonial; logo o
conhecimento nos transforma; não somente
o de base cientifica; o de cristo contudo quando acomodamos tal saber
nossas atitudes direcionam se a novos contextos .
O primeiro passo se tornara a
conquista ideológica, com aproximação gradual conhecendo a cultura e o
intercambio de conhecimentos; o qual se consolidou num trabalho agrícola e
amigável nas missões, algumas dessas organizavam os tipos de produtos e
quantidade a serem plantados. Mas, haja vista a imposição na forma como se
conduziam os trabalhos culminou nas Guerras Justas instituída. Logo, menciona
Gomes;” guerras justas – declaração de a
parti da decisão feita que determinava pela justeza da guerra que se pretendesse efetuar contra
determinado povo indígena. Os principais critérios para isso era : 1 que os
índios punham empecilho à propagação da fé católica; 2 que atacassem povoados ou fazendas
portuguesas; 3 que eram antropófagos; 4 que eram aliados de inimigos
portugueses;” .(Idi. p.,60)
Para tanto se criou um conselho intitula do a
junta das missões, composta por bispos e capitães –mor oficiais do rei , a qual
decidiam as questões indígenas.
Observaremos alguns transcritos de
leis coloniais do Império e da Republica para reflexão, no rol dos índios
contidos Políticas Indigenista; (Idi. p.69-86)
Regimento de Tome de Souza, de
15/12/1448.
- Recomenda a paz com os índios para
que os critãos possam povoar o território. Guerra aos inimigos. Ajuntamentos de
aldeias próximas aos povoados critãos para melhor doutrinarem.
Lei de 20/03/1570, sobre a liberdade
do índio.
- Reagindo às práticas de escravidão
indiscriminada, proíbe o cativeiro dos índios, salvo os tomados nas guerras
justas feitas só com a licença do rei ou governador. Afirma os critérios de
guerra justa menciona os Aimorés, em particular, como alvo das guerras
planejadas.
Lei de 24/03/1587, declara quais podem ser
cativos.
- Baseia-se na lei de 1570, proíbe excursões
ao sertão sem a autorização do governador e de padres jesuítas. Regulamenta a
repartição de índios “persuadidos” a virem a costa para trabalhar nos engenhos
e fazendas.
Lei de 11/11/1595, “sobre não se podem
cativeiros gentios das partes do Brasil, e viverem em sua liberdade, salvo no
caso declarada na dita lei”.
-
Revoga a lei 1570 e proíbe guerra e cativeiro, salvo por expressa licença do
rei. ”(...) Quero que aqueles que contra quem eu não mandar fazer guerra vivam
em qualquer das ditas partes em que tiveram na sua liberdade natural, como
homens livres que são (...)“.
Alvará e Regimento de 26/07/1596
- Regulamenta o papel dos jesuítas nos
descimentos dos índios e na do seu
trabalho nas fazendas, pelo período máximo de dois meses, seguidos de igual
período de folga. Cria cargos de procurador e juiz ordinário dos índios.
Determina que coube ao governador alocar áreas dos índios, que são aqueles
aproveitados pelos capitães.
Lei de 30/07/1609, sobre a liberdade dos
gentios da terra.
- Confirma a Provisão de 5/06/1605, e
os termos do Alvará de 26/07/1596. Proíbe os capitães-gerais de exercerem
qualquer poder a mais sobre o índio do que já exercem sobre outros homens livres.
Reitera a libertação dos índios cativos.
Lei de 10/09/1611 declara a liberdade
dos gentios do Brasil, excluindo os tomados nas guerras justas, renova as leis
anteriores.
- Renova as guerras justas pelo
governador em junta com o bispo, desembargadores e chanceler, e os prelados das
ordens religiosas, sob a aprovação do rei (...)
Cria o oficio de capitão, substitui o
juiz ordinário, para administra as aldeias, as quais devem esta um padre
residente.
Estabelece o número de 300 casais por aldeia de índios descidos do
sertão.
Lei de 1/04/1680.
- Declara a liberdade dos índios,
conforme a lei 1609.Continua as guerras justas e o aprisionamento de índios,
porém...”como as pessoas que tomam na guerra de Europa” Dá pleno poderes aos
jesuítas (...)onde haja índios que não queiram “descer”.(...) os índios
deveriam ser governadas por seus chefes e o pároco local. A reparação dos
índios
Carta regia de 21/12/1686 ou Regimento
das Missões.
- Dá poder espiritual e real a
jesuítas e franciscanos pelas aldeias e missões criadas nos rios e sertões da
Amazônia. (...) proíbe a presença de não índias. Ordena que as aldeias tenham
150 casais e, no caso de povos indígenas de diferentes culturas(nações)
descidos para um mesmo local que sejam alocados separadamente. Regulamenta a
repartição de índios entre moradores das missões.
Provisão de 12/10/1727
- Proíbe o uso da língua geral, manda
ensinar a língua portuguesa nas povoações.
Alvará de 13/05/1757 ou Diretório de
Pombal.
- Reitera a retirada dos poderes
temporal e espiritual dos jesuítas. Concede liberdade para todos os índios.
Favorece a entrada de não índios nas
aldeias, incentiva o casamento misto, cria vilas e lugares (povoados) de índios
e não índios. Nomeia diretórios leigos. Promove a produção agrícola e cria impostos,
Manda demarcar áreas indígenas. Proíbe o ensino das línguas indígenas e torna
obrigatório o português.
Conforme Gomes, das leis portuguesas; “O numero de alvarás e cartas régias dirigidas aos
governadores e capitães-gerais é bastante maior e diversificado. Muitos diziam
respeito as questões locais especificas de certos grupos indígenas, sem maiores
conseqüências sobre as demais”.
Podemos pensar nas leis, e nas coisas opostas a qual culmina em lutas; basta
criarmos nossas hipóteses e tentá-las redescobri-las, no momento em que a lei
foi criada havia algo como empecilho, que iria de encontro com o querer de
alguém. O qual se utilizava de estratégias, para galgar o seu querer, se situarmos no momento histórico da
lei observaremos os índios como o impulsionador dos jogos de interesses entre o
poder temporal, e secular; onde a sociedade épica, moveu-se com, sua força de
trabalho fortalecendo o poder clerical, e que se destituiu pela reforma
Pombalina.
No capitulo anterior evidenciamos
algumas nações indígenas fugindo; que se
compactuaram com franceses para lutarem contra a opressão portuguesa na
França Antártica, esses também tinham um pano de fundo para camuflarem a sua
outra intenção; mas como no dito popularizado “o inimigo do meu inimigo é meu
amigo”. Ainda pela lei descobrimos aproximadamente quando os jesuítas e os
franciscanos começaram a adentrar na Amazônia, e novamente reiniciarem a
reconquista dos nativos, certos que fugidos das guerras justas se adentravam na
mata, o mais longe possível de seus perseguidores, no qual os primeiros também
usados pela política imperialista, foram até estes, e quando se fixaram o
povoamento advinha uma nova lei para atender somente o poder Estatal português, o qual foi repetindo-se
nas viradas de poderes que se oficializou, mas pode ter tido algum
representante da Coroa que tenha se importado com o sofrimento do índio.
Sabe-se que guerras só trazem dor, e
sofrimento principalmente dos prisioneiros, cujos esses foram tratados como
animais, os consideraram gentios, pagãos onde a mentalidade da época não os via
como criaturas também criadas por Deus, e formatou a agressão e a opressão como
nos tempos bárbaros aos quais os portugueses descendem, estes também lutaram
contra a tirania romana, e também fizeram tudo igual, mas lutavam com igualdade
bélica e os índios só lanças arcos e flechas,
a selva como refugio, e o seu conhecimento dos uso dos recursos da
floresta. Esse modo de vida auto-suficiente, o conhecimento dos recursos naturais o fizeram adaptar rapidamente em
qualquer pólo da floresta; sua educação é prática, retiraram de tudo que o bioma* lhe apresentava para
sobrevivência. Mas, atualmente já se tem
outra visão a respeito do indígena, as leis ora apresentada e para fazermos um
paralelo, relacionando aos índios contidos no Amapá, conforme professores nada
é imposto, e ambos gerem conhecimento mutuamente; os educadores na sua
totalidade são índios para se leva em conta língua matriz e também o português língua mãe dos brasileiros.
No
império
Lei de 27/10/1831.
- Revoga as cartas régias de 1808.
Reinstituiu o estatuto de órfãos para os índios e os juízes de paz ficam sendo seus tutores. Todos os índios até em
tão em servidão são desonerados.
Lei de 12/08/1834 (Ato Adicional).
- Determina que as Assembléias
Legislativas provinciais, que seus governos cuidarão de civilização e catequese
dos índios.
Decreto nº 426 de 24/07/1845.
- Cria as Diretorias gerais dos Índios
em cada província, que por sua vez ficam encarregadas de criar as diretorias
parciais para cada ou conjunto de aldeias. A nomeação
Lei de Terras de 1850.
- Oficializou o latifúndio, não permitindo o
direito de posse. Para tê-las era necessária a apresentação do registro das
cartas de doação das sesmarias ou tê-las compradas da província.
Na
república
- A Constituição de 1891 no Artigo 64,
transfere para os Estados as terras devolutas.
- A Constituição de 1934, promulgou os
artigos 5 e129, sobre a influencia do
Sistema de Proteção ao Índio, haja vista contratos de assassinos de índios; os
bugreiros para limpar as terras para os imigrantes, em Santa Catarina e
Paraná que culminou com mortes e
manchetes jornalísticas internacionais como o tema Brasil e o extermino de índios. E também as
guerras entre trabalhados e índios na construção da Estrada de Ferro Nordeste
Brasil.
Artigo 5, item XIX, torna exclusivo da
União a política indigenista.
Artigo 129 ; “Será respeitada a posse
de terras silvícolas que nelas se achem permanentemente localizados,
sendo-lhes, no entanto vetado aliená-las”. ( grifos originais )
Vale ressaltar, que em 1860 delegou-se
poderás para o Ministério da Agricultura criou-se o Serviço de Proteção
Indígena (SPI), porém com a revolução de 30, transformou-la em Sessão de
Fronteiras do Ministério da guerra; o SPI que se compunha por antropólogos,
médicos, engenheiros dentre outros se desfez, e suas administração quão as
políticas indigenista se voltaram à extinção
formal de dezenas de aldeias.
Com tudo isso devemos nos
instigar quanto por esses não desaparecera
completamente foram tempo que esses ficaram ermo, com a habilidade de extrair
da selva tudo que necessitam para viver buscaram refugio na natureza e sempre
fulgindo da tal civilidade dos homens brancos, que a tempos remontam levou
alguns a atacarem os trabalhadores da Estrada de Ferro Nordeste Brasil como também na
transamazônica, essa hipótese se fundamentaria na história contada pelos seus
ancestrais como o homem civilizada das cidades, assassino e mutilador daqueles
do seu gênero, iremos transcrever um fato.
“Após terem metralhado um grupo de índios acampados junto
a um rio, os homens da expedição ouviram o choro de uma criança, abafado pela
mão da mãe. Para os que deviam regressar na manhã seguinte com a missão cumprida,
aquele pequeno ruído mostrava que o serviço não fora perfeito.. Rapidamente
eles acenderam as lanternas e saem vasculhando o mato. Sobre os corpos crivados
de balas estavam escondidas a mãe e a filha. Os homens que a encontraram
fizeram uma festa. Dois tentavam violentar
a mulher quanto um beliscava a
garotinha que chorava, vendo a aflição da mãe. Em volta fechando o círculo, o
grupo se divertia. Nas mãos de dois nordestinos fortes a mulher índia se
debatia. Nesse momento, aproveitando um descuido, a criança libertou-se, e
correu ao em socorro da mãe e, com raiva
mordeu a perna de um dos homens. A mulher em pânico tentava cuidar da menina e,
ao mesmo tempo, livra-se dos homens que a violentavam. O homem com a perna
mordida foi substituído por outro , afastou-se da índia e com ódio começou a
estrangular a criança. Alguém, querendo terminar com o espetáculo paralelo que
atrapalhava o primeiro, tomou a menina nas mãos do seu estrangulador e lhe deu
um tiro de pistola 45 na cabeça. A testa da garotinha explodiu e o sangue
salpicou a roupa dos que estavam em volta. Vendo a filha morta, a mulher desmaiou.
Indefesa nas mãos dos chacinadores, a índia foi violentada por todos e depois
retalhada a facão”. (Ribeiro, p.190)
O fato acima ocorreu em Mato Grosso , no ano de
1963, e foi produzido por Ronald de Carvalho, um reporte. Dá para notar a
crueldade que esses passaram; o centro de muitas dessas, é as terras alguns
latifundiários se aproveitam da falta de delimitações de áreas indígenas e,
tentam incorporá-las no seu rol particular de terras vendo o índio como o
invasor, nesse caso foi assassinos contratados sem nem um pouco de escrúpulo, e
respeito pela vida que vale um punhado de dinheiro. E, eles acabaram reagindo
como os que ocorriam nas bandeiras outorgadas; se em pleno século XX, com os
direitos dos índios aprovados, pensemos como seria em tempos a traz onde estes
eram tratados como mercadoria de força de trabalho. A reforma Pombalina
instituiu o índio como órfão e se
intitulou como amo destes que instituiu lhes uma breve cidadania, termina essa,
com fim do seu mandato, porém com tanto tempo de guerras justas, muitas a bel
prazer dos governadores épicos que tinha o poder quase que total das lei nas
mão, e esses também eram latifundiários.
Contudo, pode se perceber que a
reforma oficializou o casamento entre índios e colonos, sendo esta foi um marco
para formação do povo brasileiro, porém já vinha acontecendo, num outro ponto;
ora a formalização da língua em todo território brasileiro, e a língua das etnias
indígenas foi deixada a margem; segundo registros num ponto na 2ª guerra mundi
o governo Norte Americano em especial o exercito utilizou a língua Apache para
se comunicar com as tropas, estas os alemães não conseguiam decifrar; e
reorganizar a suas tropas. Com isso percebemos que a língua traduz a historia
de um povo; e o seu conhecimento esta contido nas línguas, que ora vai se
transformando conforme o modo de repensarmos e re-denominarmos as coisas, também
na qual cada natureza se expõe ligado a seu uso.
Vale ressaltar, que esses levou as
nações indígenas em parcerias, constituírem o Estatuto do Índio, cuja a Lei
6001, de 19/12/1973. E em seguida o governo Federal criou a Fundação Nacional
do Índio sobre a Lei nº 5371 de 5/12/1977. Sendo que estas vêm legitimar todos
seus direitos, deveres e as competências à Saúde, Educação, propriedade e
segurança. Ressaltando que, já se havia intervenções do estado nos conflitos;
porém se legitimou as ações governamentais com a criação da Funai, instituição
que se ligada diretamente aos povos indigenas.
Os
índios do Amapá
Dentre os índios do Brasil
mencionaremos os índios do Amapá nos aspectos dos Direitos Legais, e levemente
entraremos nós costumes. Haja vista, as literaturas a esse respeito serem
restritas e poucos tem acesso; a qual ainda perpetua a dos livros didáticos que
introduzem os mesmo como inimigos do desenvolvimento humano que se aportou na
época da colonização; são muitas as etnias indígenas; no Estado havia um grande
numero de Tucujus, os quais foram extintos;
dizer que “todo índio é índio” essa igualdade que perpassa como juízo,
faz percebemos quão e difícil criar uma nomenclatura cientifica universal. Há
etnias que habitam outras partes e países recebendo outros nomes por
estudiosos, sabe-se que o nome de índio foi introduzida por Colombo e tornou-o universal, e se sebe que o
surgimento das aldeias no governo português,
misturam as etnias que
encontrassem, para trabalhos nas sesmarias, Neste prisma vejamos a respeito da
nomenclatura dos índios do Brasil. ”O
que poderia chamar uma convenção de nomes oficiais usada pela Funai, é
aleatória, oriundo dos seus funcionários (sertanistas) e combinado a outras
tomadas de empréstimos de antropólogos”. (In; Silva& Gruponi; org.; p. 32)
A dificuldade não é de hoje que
nomenclaturas para este seguimento vem
sendo dado como na lei de 1663, que com veemência leremos a palavra aldeia organismo criado para organização
portuguesa. E, quanto de
nossos estudiosos já se propuseram a criar livros nas línguas das etnias sem
medo de errar, porque só assim estariam transformando sua linguagem falada em
escrita e a segunda ainda não existira precisa ser criada com formalidade,
também com auxilio dos donos da língua; se levarmos em conta que sua cultura
perpassa pela oralidade estariam iniciado um registro que uma língua quase sem
registro, que muitos estudiosos, também os estrangeiros com base na sua língua
nacional; criando uma celeuma, e que
algumas línguas indigenas já são dadas como morta. A educação hoje nas aldeias,
está pensando nas bifurcações lingüísticas, e em algumas deles já criaram
cartilhas para se educar na língua matriz que cada povo esses traduzem sua
vida; mas a falta de registros foi o que machucou esse cultura. Veja o mapa das
Terras Indigenas do Amapá.
Fonte: SETEC/AP, na extremidade Leste
de vermelho do município de Laranjal do Jarí situa-se Terra Indígena de Parque doTumucumaque (inicia no
Pará e adentra o Amapá), e esta faz divisa com Pará e próximo ao Suriname, Na
extremidade norte no está a Terras Indígena de Uaçá, Galibi e Julimã faz divisa
com a Guiana Francesa; também no meridional leste a Terra Indígena Waiãpi nos
municípios de Laranjal de Jarí e Amapari, atualmente o Amapá conta com todos as
áreas indígena demarcadas, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Fonte WWW.TERRA
INDIGENA UAÇA/ índios Galibi do Oiapoque.
Dentre, os povos indígenas há os que
fazem parte das terras do estado do Amapá comentaremos sobre eles e os que são
assistidos fora das terras no caso o Pará. E, se legitimaram nas leis artigos
24, 210; 215 & 231 da Constituição Federal; LDB, no Parecer nº 14/99, e na
Resolução nº 068/02-CEE, sendo que a
ultima da suporte educacional, caracterizou-a como modalidade de Educação e ensino. Sendo que o Estado do
Amapá construiu sua proposta curricular indigenista com base na do MEC,
respeitando os indigenas na sua cultura em ênfase educacional geral língua mãe,
e língua portuguesa; calendário
diferenciado com enfoque no Ciclo produtivo, disciplinas e outros; mas as
etnias também estão construindo a sua para atender suas necessidades.
No Oiapoque todos os professores são
indigenas uns formados por escolas de nível meio, cursos modulares e alguns
poucos formados por um universitário da UNIFAP formados pelo Pólo de Oiapoque,
perfazendo um total de 200. E, esses atentem a Terra Indígena Uaça; Terra Indígena Julimã e Terra Indígena Galibi; a qual faz
fronteira com Caiena capital da Guiana Francesa; ainda reiterando no município
ora citado fundaram o Museu Kuhuaí onde se expõe artesanatos e artefatos das
etnias da localidade.
Na Terra Indígena de Waiãpi a qual
fica nos municípios de Laranjal do Jarí e Amapari são 11 professores indigenas e 4 não
indigenas.
E, na Terra Indígena Parque do
Tumucumaque, Terra Indígena Rio Parú de Este, Terra Indígena Zoé (dentro das
terras do Pará), trabalham 52 professores não índio e 6 índios. Sendo todos que
esses mantidos pela SEED e convênios
assinados com a União para o repasse de verba somando com o GEA, afim de nutri
os matérias de consumo, merenda; os professores índios se justifica por serem
natos falarem seu idioma; conheceram a contextualidade onde se inserem, além de
terem interesse de construir sua educação sistêmica. A educação ofertada pela
secretaria de Estado de Educação limita-se ao Ensino Fundamental; mas já
contemplam proposta para acessão, já que houvera a mudança no atendimento, de
FUNDEF (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) para FUNDEB (Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Básico), para que essa abranja a todos os povos
indigenas, e não somente os que com esforço afastam se parcialmente de suas
aldeias e, assentam nos bancos escolares, os professores índios são capacitados
pala SEED; mas muitos ainda não possuem formação.
O Estado do Amapá conta com o Museu
fica situado no município de Oiapoque na Av. Barão do Rio Branco, lugar onde
expõe sua cultura os costume e tradições, com grande amplitude, também em
fontes bibliográficas e documentários áudio-visual, na produção artesanal produzidos
vária peças; onde pode-se comprar artefatos
de artesanato constituídos a partir de cerâmica, sementes, cipós, fibras
e tudo que a natureza podem lhes oferecer; algumas peças também são exportados;
no município de Oiapoque perpassam pesquisadores de muitas partes do mundo para
evidenciarem, não, somente a cultura indígena, mas as maravilhas riquezas
biodiversas tanto na fauna quão na flora; haja vista muitas espécies ainda
precisem ser catalogadas e serem inseridos na literatura cientifica, além de virem
estudar o modo de viver dos povos indigenas. Consequentemente nossos poderes
constituídos devem esta monitorando os trabalhos legais e gerirem leis, para
minimizar a pirataria, de aventureiros que levam amostras aleatoriamente; assim
como, quebrar-se a lei de patentes, com
produtos, pesquisados com espécies de nossos territórios, e também
junto com as Secretarias competentes patentear nossas espécies; para que não
aconteça como no ciclo da borracha que o Ceilão patenteou a borracha e a
seringueira (hervae brasiliensis); neste viés comenta Filho: “ O aventureiro
Henry Wockham que, em 1876, na região situada entre os rios Tapajós e Madeira
fez a coleta e o envio de 70.000 sementes para o jardim botânico de Kew, dentre
as quais 7.000 brotaram no viveiros, sendo estas mudas transportadas
cuidadosamente para o Ceilão, local escolhido para o cultivo. A escolha do
cultivo da seringueira em território Asiático fazia-se em função dos
qualidades de suas terras, da possibilidade de formação de grandes propriedades
agrícolas e da disponibilidade de mão-de-obra barata (...) Já em 1910, a referida produção
atingia 8.753 toneladas, isto é 12% da oferta mundial”. (Idi, p.29-30)
Os índios são as base para se entender
o homem contemporâneo, os conhecimentos da natureza os fez resistiram
ao tempo; porém se fala na aculturação dos povos e a perca de suas essências; e
logo, dos conhecimentos tradicionais. As etnias que no momento se utilizam do
espaço são Karipuna, Palikur, Galibi Marworno e Galibi Kalinã.
Fonte www.amapa.gov.br /Museu
Kauai
Os
waiãpi
São falantes da língua Tupi Guarani,
habitam os extremos fronterícios entre Brasil e Guiana Francesa. Seu território
denomina-se Terra Indígena Waiãpi (TIW), homologada pelo Decreto Lei 1775/1996,
com 607.017 hectares ; se adentrando nas terras dos municípios de Amapari, e Laranjal do Jarí (no Estado do Amapá); no
Pará eles habitam as Terra Indígena Parque do Tumucumaque (Pará); é um perímetro de Florestas Tropicais com vegetação densa,
com relevo irregular numa parte a norte e Leste, estabelecida entre as bacias
dos rios Jarí a oeste; município de Amapari a leste; e Oiapoque a norte nas
Terras Indigenas de Uaçá (TIU).
Na década de 70 houve contendas entre
Waiãpi e garimpeiros, sendo que os primeiros se instalaram no posto da Funai
que estava lá desde 1973. No ano de 1980 retornam às suas áreas e iniciam a
ocupação trocaram extrativismo pela garimpagem de ouro aluvisionar. E, em 1994
os lideres das aldeias junto com o Centro de Trabalho Indígena (CTI) e da Funai
a iniciaram a demarcação geográfica das suas terras, num convenio com a Agência
Alemã de Cooperação. Os Waiãpi da Terra Indígena dos Waiãpi (TIW) são
conhecidos como Waiãpi meridional ou Waiãpi do Amapari e se compõe por cinco
grupo pela sua caminhada histórica, também contem diferenças dialetais, organizaram seu conselho para reivindicarem
seus direitos no cenário nacional criando e registrando, em 1996, a APINA. Logo, em 1998, fundaram a APIAWATA (
Associação dos Povos Indígenas Triangula do Amapari) há alguns membros de
grupos locais que chamam de Wiririy-wan.
No Pará, Há um diminuto grupo, que
habitavam a aldeia Molokopote (alto Jarí), os que restaram foram transferidos
em 1980, pela Funai ao Parque de Tumucumaque (PIT), eles convivem em seis aldeias
com famílias Wayana a Aparai; recebendo assistência da Funai e do Governo do
Estado do Amapá; e fazem parte da Associação dos Povos Indigenas do Tumucumaque
(APIT). As agencias de aproximação Funai; ONG Centro de Trabalho Indígena (ONG
CTI);Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB). Conforme dados da Funai coletados em
02/2004, eles contam com uma demografia de 660 individuos; distribuídos em 21
aldeias Pinoty, Okora´yra, Kwapoywyry, Pyrakenopã, 05 Minutos, Kurutaty, CTA,
Cachoeirinha, Marilha, Jakare, Pairaka, Marity, Kamuta, Ywotôtô, Okakai,
Tajawyra, Ytuwasu, Taetetuwa, Pypyiny, Akaju e Jakarekãgoka.
Os
Aparai e Wayana
São etnias que falam línguas caribe*,
têm um bom relacionamento vivem nas mesmas aldeias e casam-se entre si; porém
os Aparai advieram da margem Sul do rio Amazonas, migrando até a região dos
baixos rios Curuá, Maicuru, Jarí e Parú de Leste; os ocupam o médio e alto rio
Parú de Leste e seu afluente Citaré. No alto Rio Jarí , Maroni, e Paloemeu;
respectivamente rios do Brasil, Guiana Francesa, e Suriname; os quais também
ocupam certas, partes destas áreas.
No Brasil, os Wayana e Aparai vivem no
Parque Indigena do Tumucumaque (PIT), com 3.071.067 hectares ,
nos municípios de Oriximiná, Almerim, Óbitos e Alenquer. A demarcação do Parque
foi homologada em 1997, pelo Decreto Lei nº 213 DE 14/11/97. Houve contatos
acirados; com o ciclo da borracha, cujos seringueiros, castanheiros, e
garimpeiros; cujo o fluxo fez surgir as epidemias levando, em 1960, a FAB construir uma pista na aldeia de Apalaí; e a
Funai instalou seu posto em 1973; também, por volta de 1968 e 1992, um grupo de
missionários evangélicos se instalaram ali.
Os mesmos, em 1996 fizeram parte da
criação da APITU, onde coordenou um projeto, como o Tykahsamo que se produz e
comercializa. Hoje, eles ganham ajuda em transporte aéreo da FAB, da Funai, e
Governo do Estado do Amapá; o terceiro desde 1994 por meios de convênios com
APITU, na contratação de professores índios e não índios, aquisição de
equipamentos e no deslocamento aéreo. Fonte, Funai sua população é 724 com o
nome de Apalaí / Waiana; sendo 509 no Parque Tumucumaque (lado Parú do Leste)
realizada em 01/2006; repartidos nas aldeias Jakare, Tapauku, Arswaka,
Kurieukuru, Tawaeukuru, Murei, Bona, Makuatirimoeny, Fazendinha, Maxipurimo,
Irawa, Yaherai, Manau, Mataware e Cachoerinha; e 215 no lado Parú D’ Este cujo
o nome Waiãna / Apalai Coletado em 01/2006 nas aldeias de Xuixuimene,
Ananapiare, Kurimuripano, Itapeky, Pururé, e Parapara.
Costumes dos Aparai ( também conhecidos
como Apalaí(í)/Aparai(í), vamos conhecer um pouco do modo de vida desses
conforme educadores (as) argüidos a comentar sobre o tema dizem os mais
próximos da cidade usam machados, motos-serra facões, arma de fogo para caça,
fósforos para fazer fogo; e que só os vivem distante meio que isolado na Terra
de Tumucumaque conservam algumas das características , ainda expor-se-á o modo
de vida atuais para que possamos tecer um paralelo com a atualidade; relato de
. ”Raimundo Duarte Pinto, mais conhecido
pelo apelido de “Dico”, cortou a balata no Alto Jarí durante dez anos
consecutivos (época do ciclo da borracha), tendo feito grande amizade com os
índios, que o chamavam de “cunhado”. Aliais, a índio da região dá sempre o
tratamento ao homem branco. É provável que inicialmente esse tratamento seja
dado pelos balateiros no seu relacionamento com os índios.
Os Aparaís eram andarilhos,
deslocando-se desde o rio Jarí até o Maicuru (em Monte Alegre ), sempre
pelo mato. Mas suas grandes malocas ficavam situadas na região do município de
Almerim, entre o rio Parú e Jarí.
Manfredo Racha, alemão que vivia
estudando a cultura dos Aparaís, levou certa vez um grupo de indigenas até
Monte Alegre, onde ficavam instalados embaixo do assoalho do trapiche, já que
era época de seca. Ainda menino, todos os dias eu os visitava fascinado,
chegando a começar a ser reconhecido por alguns componentes do grupo. A comida
era principalmente peixe, mas um dia vi vez cozinharem um enorme camaleão com
rabo, cabeça e tudo mais. Isso me deixou um pouco repugnado talvez tenha sido a
causa de eu não ter aceito, no outro dia
, um pouco de chocolate que um dos índios me ofereceu e que queimava muito. O
índio me dizia: “cunhado, tu qué chocolate?”
Dicó me ensinara que uma maneira de
fazer boa amizade com os índios era jamais recusar uma oferta de comida, a não
se que tivesse uma boa desculpa para recusa.
Entre as caças que mais apreciam estão
arara, tatu, e o jaboti. Plantam banana grande, inajá, milho, mandioca, cana
pimenta e jerimum. Faziam fogo utilizando uma machadinha de pedra, que golpeada
contra uma outra pedra e com o algodão já por baixo, soltava faísca iniciando a
fogo.
Suas vasilhas são fabricadas de barro.
Para resistir ao calor, o barro é misturado às cinzas de uma árvore chamada caripé.
A impermeabilização por dentro do vasilhame é feita com resina de breu ou
jutaicica.
Os Aparaís são grandes caçadores. Dicó
aprendeu com eles todos os segredos e truques, inclusive as milongas*,
armadilhas, arremedos, orientação na mata e sinais emitidos pelos pássaros,
para o bem o para o mal.
Quando o índio esta caçando na mata,
em intervalos regulares deita-se no chão e escuta a distâncias considerável ao
tropel de uma anta, veado ou outro animal. Acredita também em certos busões*,
como a canto do pássaro tinquâ (ou xinquã), que tem duas maneiras de cantar na
mata.Um índio quando sai para caçar e escuta o canto do pássaro dizendo três
vezes o seu nome (Xinquã-xinquã-xinquã), é um sinal de que não adianta ir em
frente, porque não vai conseguir nada; e o índio não insiste, volta pra maloca.
Porém, se emite o canto ti-ti-ti antes de cantar três vezes xinquã (ou seja,
ti-ti-ti-xinquã-xinquã-xinquã), é certeza
de que vai encontra caça em abundância.
Existe um outro pássaro no Alto Jarí pelo qual
os índios tem maior respeito e temor é o Anhangá. Existe a crença entre os
índios de que este pássaro transforma-se em uma visão* quando se arremeda o seu
canto, fazendo com que os índios se separem na mata. Quando isso acontece, o
caçador deve sentar, visualizar a maior árvore ao redor; olha para cima e ver
para onde esta a direcionando o maior galho. Este rumo é nascente, assim o índio se orienta,
retornando à maloca.
Outra milonga utilizada pelos Aparaís
em suas caçadas refere-se à cobra jibóia ( constrictor constrictor). Eles
acreditam que a jibóia atrai os outros
animais na mata para comê-los. Aliás, esta crença não é só dos Aparaís (...),
acreditando que a milonga feita com a cabeça da cobra atrai as mulheres, para o
namoro, da mesma forma que o olho do boto; este, como (...)
O Aparai, quando mata a jibóia, passa os dedos
nos olhos da cobra e em seguida nos seus, para que o poder de visão e atração
passe para si.Contou-me Dicó que a jibóia atrai sua presa hipnoticamente,
olhando fixamente em seus olhos e mexendo o rabo.
Certa vez presenciou um caso, quando
caçava com um índio seu amigo.De repente, escutaram uma cutia assoviar
nervosamente na mata. O índio disse a Dicó: ”cunhado, isso é jibóia que esta
atraindo cutia”. De repente o animal começou a correr em círculos, sempre
soltando assovios nervosos, até que em dado momento ao passar junto ao tronco
de uma grande castanheira, ouviu-se um grito. Os dois aproximaram-se
cautelosamente. Lá estava uma enorme jibóia branca a deglutinação de sua presa.
Ainda sobre as crenças dos Aparaís
envolvendo a cobra jibóia: os índios fazem preparado com o excremento do
ofídio, que acreditam possuir grande poder, passando-o nos caniços de pesca,
nos braços e mãos e nas flechas.
Outro recurso que os índios utilizam
para atrair ou desnortear os animais associa o nervosismo de um ser humano ao
de um animal com o estado de tremor. Os índios observaram que certas plantas,
como o jambuí (família do jambú que se pão no tacacá), ao serem provados com a
ponta da língua ficam tremendo. Assim, a suco desses vegetais, depois de
preparados e passados em seus corpos por ocasião das caçadas, faria com que as caças ficassem tomados pelo tremor
e não corressem, sendo facilmente abatidas. Estes preparados eram feitos com
raízes de um tipo de tajá de nome Cauã, misturado à raiz do jambuí, ambos
muitos cáusticos.
Os Aparaís plantavam a cana-flecha (Ginarium
Sagitatum), uma cultura pré-colombiana na Amazônia, para confeccionar as suas
flechas. Seu tamanho era bem menor em relação às que nossos caboclos utilizavam
(principalmente no comprimento), para facilitar o transporte na mata.
As pontas das flechas podiam ser de
vários materiais, indo de osso de costela de anta, rocha e madeira até ferro
(estas já presenteadas pelos balateiros). Todas passavam pelos mesmos
rituais de envenenamento ,ficando dois
dias dentro de uma solução feita com
veneno de surucucu pico-de-jaca ou de combóia (...) mistura ao leite do
açacuzeiro (...).
O processo do envenenamento é lento,
deixando a ponta na chama em fogo brando até o veneno penetra no material.
Contou-me Dicó que o índio só mata o
necessário para sobrevivência. Eles tinham o sal para conservar a carne, mas
não era por isso .Eles tinham a consciência de não matar uma fêmea prenhe.
Interpelados por Dicó sobre porque não faziam isso, diziam: ”Ta buchuda,
cunhado, a gente não come filinho (...)”
Para transporte fluvial e pescarias
eram utilizadas um tipo de embarcação de nome caxiri, construída, em troco de
árvore escavada. As preferidas eram a Tabajara (garropeiro) e a cupiúba, cuja a
madeira não rachava e tinha boa flexibilidade.
Um de seus perfumes preferidos era
obtido ralando galhos da árvore de
caneleira e preciosa, mais o cravinho. A mistura era mantida em infusão na água por vários dias ; depois era
coado o líquido (...) misturado com
banha de anta ou azeite de andiroba. Nos banhos utilizavam casca de cedro (...)
limpavam os dentes passando pequenos pedaços de carvão (...) os meninos eram
proibidos de comer goiaba e bananas verdes. “ Porque estraga os dentes
cunhado”. (Lins., p. 82-87)
Galibi
do Oiapoque
É o nome que se denominam do lado
brasileiro no Oiapoque; no lado francês se chamam kalinã. Os que vivem na
Guiana Francesa se situam nos rios Maroni e Mana; tem o Galibe como designação
genérica que usam os europeus para citar aos povos de fala Karib das guianas.
Assim como o outro; os ficam na parte do Brasil falam português e a sua língua
matriz, falam francês fruto deste
educação, e tem uns poucos mais velhos que também falam o patuá holandês; esses
se articulam entre si e transitam em suas aldeias. A aldeia de São José dos Galibi se fixou em 1950; numa
área direcionada a margem direta do Oiapoque próxima da cidade de Saint Georg,
numa parte de terra firme rodeada de roças. E, esta é a sede do Parque Indígena
Galibi (PIG). A reserva Galibi mede 6.689; 928 hectares ; em
sintonia com a Portaria 1369 de
24/08/1962, homologada em 22/11/1982.
Conforme a Funai dados colhidos em 12/2003 com a denominação de Galibi
Kalina seu povo conta com 39 pessoas; cujo são 20 do gênero masculino e 19 do
gênero feminino, na aldeia Galibi.
Os
Karipuna
É a maior parte da população
Indigenas se situam nas terras próximas
do rio Curipi; na Área Indígena de Uaça,
na Br 156, essa estrada adentra a área
indígena de Uaça nas nascentes dos rios Uaça, Curipi; de onde extraem da
natureza quase tudo para sua auto-sustentação. A reserva da Área Indígena do
Galibi no Rio Oiapoque, contém duas aldeias a Ariramba, e outra na Área
Indígena de Juminã a Kunamã; a Funai , a
Fundação Nacional de Saúde, e a CIMI. Segundo dados da Funai colhidos em
dezembro de 2003 a
demografia deste povo se contava 1848; sendo do gênero masculino 964, e do
gênero feminino 884. Perfazendo 21 aldeias Estrela, Ahumã, Kátia, Curupi,
Piquiá, Ariranha, Kunamã, Manga, Santa Isabel, Espírito Santo, Japim, Paxiubal,
Zacarias, Tauahú (Localidade Adjacente), Tanimã, Tipidõn (Localidade
Adjacente), Jondef, Bastion, Encruzo, e Açaizal.
Os
Palikur
Falam o idioma familiar da língua Aruak; está
posicionado tanto lado Brasileiro (no município de Oiapoque), quão do lado
francês (Guiana Francesa), moradores das margens direita do rio Uaçá, no rio
Urukauá; também nos afluentes do primeiro os rios Curupi e Urucauá, estes ficam
na parte do Brasil no Estado do Amapá. A vegetação é tropical, bem como as
outras que ficam no zona equatorial entre os trópicos. E, suas terras fazem
parte Área Indígena de Uaçá (AIU), contidas
na Área Indigenas de Juminã (AIJ) a qual foi homologada pelo Decreto
S/Nº de 21/05/92. Assim como outros que habitam na região município de Oiapoque, e Guiana Francesa; na
segunda, os quais pela lei são cidadões estudam nas escolas e a aprendem a língua
francesa, e ficando um trio; línguas materna,
português e francês. Ainda foram feito bairros exclusivos Caiena e Saint
Georges de L’Oiapoque. Em, conformidade
com dados de 07/07/2004 da Administra Executiva Regional de Macapá
(AREMCP),Funai esta etnia possui 1116 membros sendo gênero masculino 586, e
gênero feminino; divididos em 10 aldeias
Kumenê, Flecha, Taway, Urubu, Amomni, Mangue, Kwikwit, Puwaytyeket,
Kamuywã, e Ywauká.
Os
Tiriyó e Kaxuyana
Segundo estudos o grupo se encontra no
Suriname e Brasil, parra se distinguirem alguns missionários puseram o nome
Trio dos que ficam do lado holandês e Tiriyó do lado brasileiro precisamente no
Oiapoque; habitantes do Parque Indígena de Tumucumaque. Sendo que se repartem
nas áreas de Parú de Oeste e Cuxaré; e Parú de Leste.
Os Tiriyó de Parú de Oeste dividem
lugar com os Kaxuyana, falam o karib, antes habitavam território surinamês;
porém na década de 90 divido conflitos com este governo se transferiu para o
lado brasileiro. Atualmente o Governo do Amapá dá apoio logístico no que condiz
a transporte aéreo; assim como a FAB. Conforme as ultimas estatísticas feita em
2002 da Funai Macapá, a demografia de 999 membros, ocupando o Parque de Tumucumaque (lado do
Parú do Oeste) nas 26 aldeias Missão Nova, Missão Velha, Tartaruga, Akahe,
Betânia, Kuritaraimo, Muneni, Ponoto,
Orioientu, Paruwaka, Okarofa Velha, Orokofa Nova, Tuha-entu, Taratarafo,
Notupo, Waiapa, Arawata, Ometanumpo, Pedra da Onça,Santo Antonio, Boca do
Marapi, Aiki, Maripa, Kuxaré, Urunai e Yawa.
Segundo entrevistas; o erxécito brasileiro
e FAB se faz presente contando com uma infra-estrutura de base militar com
sistema de radares, e uma pista de pouso e decolagem na qual transportam os
índios em certos períodos e, com a devida autorização do responsável dessa base;
com fins de proteger da guerrilha colombiana e abater aviões com transporte de
drogas oriundas desta. Os médicos e enfermeiros da FAB auxiliam diagnosticando
e medicando, mas há alguns que se auto-diagnosticam e pedem o remédio; aquela
medicina com ervas pouco tem se usado.
Há o calendário escolar Tiriyó, o qual
se adequa ao ciclo de produtividade como festa denominação cause como Jacaré;
também comemoram o natal, possuem plantações de mandioca, banana, mandioca, macaxeira,
batata doce, cana-de-açúcar, no tempo da festa eles tiram ralam põe para
cozinhar e depois para serenar alguns dias.
No dia da comemoração fazem uma roda
enchem uma cuia grande a qual bebem ata vomitar, quando isso acontece já estam
embriagados; também enchem mamadeira e as mães dão para a criança quando choram
e param de chorar, o preparo é opaco e de gosto aquoso denominados de sukura,
cachenê ou caxiri; este ultimo pouco usado porque traduzieria popularmente os
órgãos sexuais feminino.
Os idosos tesem suas redes feitas de
fibras de algodão, quanto uns preferem compra; e alguns possuem casas com
geladeira, fogão e televisão; usam moto-serra, facões, roupas. As mulheres fazem um objeto de fibra de
algodão parecido com uma canga, que cinge o corpo diagonalmente para
transportar o filho.
Apreciem pimenta a qual torram dentro
de uma enorme bandeja como as usadas para fazer farinha, depois de pilado
torna-se um polvilho salpicado na comida mui ardente, o qual as mães dá para o filho
comer.
Os cabelos são bem negros o dos homens
são cortados como os homens da cidade, não são em forma arredondada.
Alguns possuem documentos de outra
nacionalidade, haja vista esta perto de Suriname sabem falar o patuá holandês,
e outros que andam na floresta também conhecem o idioma francês se encontram com outros nativos que
estam nas terras estrangeiras mencionadas , e um fala inglês fluentemente, os
motivos alegado é serem andarilhos e transitam nessas pátrias, por dentro das
matas inóspitas, porém é uma minoria, haja vista as guianas serem divisas.
Seus utensílios domésticos são
vendidos por um padre da missão franciscana, assim como outras coisas.
Caçam jacaré, caititu, jaboti dentre outros; pescam trairão,
tucunaré e outros dependendo da época de caça e pesca, quando perguntada a
respeito da homossexualidade eles denominam de capal e ou cabal.
Galibi
Marworno
Conforme estudos são descendentes de
povos Caribe e Aruaque; os Galibi, os Maruane e os Aruã. Esses se identificavam
como Uaça, rio que fica ao Sul do Estado do Amapá também se chama Uaça, habitam
a Guiana Francesa. Sua língua está quase morta restam na relação da fauna, flora; e ritos pajé; essa denominação foi
autorizada pelo conselho indígena junto com missionários . O SPI que na década
de 40 se fez presente e os instalou Vilage de Sainte Marie (hoje aldeia de
Kumarumã).
As suas terras fazem parte da Área
Indígena de Uaçá com 41.164,036 hectares , homologa pelo Decreto 298
de 30/10/1997. Em, 1991, criou-se a Associação dos Povos Indigenas do Oiapoque
(APIO), posteriormente elegem em 1996 o vereador João Neves (índio) no
município de Oiapoque. Há atuação Funai,
Funasa, SEED GEA, Missão Novas Terras Brasil, nas aldeias há 1955 membros 1019
do sexo masculino e 936 do sexo feminino; as quais são Kumarumã, Tukay, Wahá, e
Samauma (fonte Funai Macapá dados de demográfico 07/07/2004)
Comentando
Leno, a respeita do modo de vida dos indigenas; professor destas áreas deste de 1997.
Terra e área indígena. Esta marcada e
homologada (já é de um determinado povo e ou etnia). Os missionários. “Eu, não
sou competente para falar isso, na verdade é que veio a religiosidade na minha
ignorância não sei se bom ou se e ruim, ritos acabaram se; pajelança acabaram
se; os remédios acabaram se; foram se acabando por vergonha de serem índios é o que eu vejo, e
isso o projeto turre procura resgatar essas comemoração, no meu vê; mas pra
elas e festa; festa da colheita é sabido que o índio conhece a natureza pelas
estações , o nosso que é marcado pelo calendário, pra eles não e assim.”Os
ritos. “Existe, presencie em dois momentos; por que não existe eles tem vergonha, eu observo no
meu conceito é vergonha ou pode ser muito restrito à eles; e por eles saberes
que os caraioás ter uma visão diferente, e as igrejas... brigam por sua parte,
mas eu pedi para um pajé fizesse uma pajelança com a minha filha, ele colocou
numa espécie d tronco sentada e, fez uns tabacos de tauári e ervas de moto se
pintou e ficou falando uma língua que eu desconhecia, perguntei a uns jovens
eles disseram que estava falando com os espíritos, aqueles valores que os
anciões falam que é a língua verdadeira. Após pego-a nos braços, pulando
dançando e falando HO, HOOO...e cochichava”. “A
pajelança pode ser direcionada para caça, pra ser um bom caçador; pra maternidade, pra coleta,
pra doença...só quando o caraioá ta na aldeia isso é feito por baixo do pano
resta saber se e vergonha ou critério para que não se abra para o publico; ou
se missionário pelo falto do missionário dizer que é demônio. Umbanda....e
´quando eles perceberem que isso faz parte da culturas deles nossa cultura
saber que o cara ruim o capeta, se resguardaram para praticar..., a questão do
missionário influencia e muito o cristianismo influência e muito...” . Instrumentos
de caça. “Caraioá (pessoa estranha o branco em si), carataiá (pessoa estranha
que veio para ajudar); relativo as famílias la dentre o a camarada lá conseguiu
a monitoria para assessorar um pesquisa de um dessas instituições...o camarada
é agraciado com dinheiro compra uma cartucheira, cartuchos, ela vê uma anta, ele atira de longe já matou, isso cria
dependência, e não faz mais armadilhas e aquele que não foi agraciado, vai no
mato e faz armadilhas, cava buraco, faz armadilha , põe espera..., bate timbó
só numa parte pequena só pra comer ; tem consciência na mata a fêmea tem época
que não mata o macho isso é repassado na
língua para o filho que vai junto...ele não precisa de arma pra caçar...só que
tornou fácil a arakatucha (tiriyó), e a moca (waiãpi espingarda)...quando o
cara deu, dentro da comunidade desapertou....; a eu também quero e uma
espingarda ..., para caça precisa ter dinheiro quando o chumbo acaba...com isso
eles as vagas são limitadas para isso ele faz artesanato para vender...criaram
um mecanismo para poder compra o chumbo..., pulseira de dente de macaco
estimula morte de macaco....com isso eles perdem o instinto..., havia um índio
que só com arco e flecha conseguia caçar, sentia o cheiro da caça na floresta
sabia para que lado a caça tava...era ...um remanescente...” . O artesanato. “São
feito, na verdade...; antigamente era feito para as festas na indumentária no casamento era feito para presentear o
noivo..., o material tradicional...; mas algumas comunidades já aderiram o
sintético..., antigamente era feito de mará-mará...tipo uma cosa de
botão...algodão..., quando não uma fibra que eles batiam e tiravam um fio tão
resistente quanto o nilon...; fazem pra revender...; pra comprar a camisa, a
cueca, o sapato, o feijão com arroz...; hoje ...., não quero óleo de andiroba,
nem o de babaçu..., já não quero só o peixe com alfavaca e manjericão..., quero
cebola..., na suma o artesanato..., nas aldeias mais distanciadas da aldeia
pólo..., produzem de qualidade..., nas aldeias afastadas é farto de caça...” As
línguas. “Na área waiãpi que eu conheça
falam waiãpi e português que eu conheça...na pericentral norte tem uns que
falam um pouco de português e uns que falam alemão devido a ONG ..., o parque
do tumucumaque tem índios que falam cinco seis idiomas...; pela influencia do
platô das guianas...; falam tiriyó, Kaxuyana, holandês , francês, inglês, tem
um que fala até árabe..., são andarilhos se comunicam com as serras e as
aldeias...” As missões. “Foi nome dado pelo branco porque é fácil de se
saber..., reuni um grupo de aldeias e órgão que assistem o índio umas pertos e
outras distantes..., tem o nome indigenas que é difícil de localizarem...e eles
adotaram como exemplo missão Tiriyó...” . O trabalho católico. “São trabalhos
de padres que colocaram uma armação de madeira com uma lona e fazem um trabalho
de evangelização e educação depois foram professores pelo estado..., são
projetos de padres...”. O trabalho indígena. “Caçar, pescar, plantar são
tarefas do waiãpi; já a mulher faz a comida ;cuida da casa e das crianças e
quando ele chega em casa a índia cuida dele..., se casa com a primeira,
segunda, terceira,...irmã; salvo se poder sustentar a lei cultural.., mênstruo....vai
pro tronco...; obriga a casar, pode o cara ser velho, novo... a mas velha manda no resto..., se morrer..., a
outra..., mas a índia pode ser nova se ela se casou primeira manda na mais
velha...; se um outro índio morrer e vier a se casar... a mas nova passa a ser
tia mãe..., e cuida dos filhos da outra...; gerencia ele, a mais nova fica
sentada e as mais velhas ficam lavado...caça uma anta e divide entre cada
uma...darem pros filhos...o primeiro pedaço é pra primeira..., ele sai comendo
um pouco aqui um pouco ali...e tem que preparar a gosto dele ..., observei que
eles comiam de costa um pro outro, o prato ficava no centro, eles metiam a mão
e comiam, só depois que foi perceber que um protege o outro ...; não sei quem
vem por traz de mim...o homem branco tem
que entender que isso é a cultura deles “.
Mitos e Lenda Indigenas
As explicações sobre a origem do índio
a antropologia, com a arqueologia busca, e alguns sítios com sambaquis foram
encontrados e, atravéz de técnicas contemporâneas dá para identificar a idade
cronológica; conforme Laraia que em Minas Gerais , encontraram sambaquis, caracterizando-se
Tupi-guarani, no local chamado de Lagoa Santa se definiu a cronologia deste,
objetos 8.000 a .
C. Tais artefatos projeteis de osso, de pedra, machados e martelos de pedra, ,
lasca de fragmentos de cristais de quartzo, contas e ornamentos. Na Bahia de
Santos,em São Paulo ,
o Sambaqui de Maratuá, datam 5.000 anos a. C; ainda no Brasil meridional
acharam artefatos 1000 A .D.
E também na Amazônia encontraram cerâmicas,
e se constatou a presença técnicas agriculas ainda mais remota que no Brasil
meridional.
Vejamos as explicações dos índios
quanto civilização branca, a dos Timbíra (sul do Maranhão e norte de Goiais) “
Antigamente não havia civilizados, mas apenas índios. Uma mulher indígena ficou
grávida. Toda vez que ela ia tomar banho mo ribeirão próximo da aldeia. Seu
filho , que ainda não havia nascido, saia de seu ventre e se transformava em
animais, brincando à beira d’água. Depois voltava outra vez ao ventre da mãe
materno. A mãe não dizia nada a ninguém . Um dia o menino nasceu. Era Aukê.
Ainda recém-nascido, transformou-se em um rapaz , em homem adulto, em velho. Os habitantes da
aldeia temiam os poderes sobrenaturais de Aukê e, de acordo com seu avô
materno, resolvem matá-lo. As primeiras tentativas de liquidá-lo não tiveram
sucesso. Uma vez, por exemplo, o avô o
levou ao alto morro e empurrou-o de lá no abismo. O menino, porém, virou folha
seca e foi caindo devagarzinho, voltando são e salvo para a aldeia. Até que o
avô resolveu fazer uma grande fogueira e nela atirá-lo, o que realmente fez. Dias
depois quando o avô foi ao local do assassinato para colher as cinzas do
menino, achou lá uma grande casa de fazenda, com bois e outros animais
domésticos à porta: Aukê não havia morrido, mas sim transformado-se no primeiro
homem civilizado. Aukê ordenou, então, ao seu avô, que fosse buscar os outros
habitantes da aldeia. E elas vieram. Quando Aukê fê-los escolhe entre a
espingarda e o arco, os índios ficaram com medo de usar a primeira preferindo o
segundo. Por terem preferido o arco, os índios permaneceram como índios”. (Idi,
p. 16-17)
A humanidade (mitologia Guarani)
Tupã e sua esposa Arasy um dia
baixaram à Terra, num lugar do chamado Ariguá, e construíram com argila
dois seres à sua imagem e semelhança
para dar inicio a humanidade. À criatura masculina, chamaram de Rupave. À
mulher chamaram de Sypave. Muitos conselhos lhes deram Tupã e Arasy:
“ Amem-se e multipliquem-se para
estender seus descendentes por todo o mundo e procurem fazer com que eles
também se amem. Em pouco tempo seus filhos povoaram toda Terra e nós os
protegeremos de cima. Criaremos tudo que hão de necessitar. Terrão terra, água,
fogo, fogo vento, bosque, terão de tido. Usem com prudência o criado por nós,
assim nada lhes faltará em
vida. Para que possam distinguir o bem do mal, deixaremos
entre vocês dos espíritos que os acompanharão sempre. Um espírito bom, que se
chama Angatupyry, e outro mau, que se chama Tau. Frequentemente eles brigarão
entre si para semear discórdia entre vocês . Eles serão invisíveis. Ninguém
poderá vê-los. Tupã e Arasy deixaram as duas criaturas em liberdade e assim
começou a vida de nossos antepassados neste mundo. Sypave começou a procriar;
teve três filhos e várias filhas. Tume Arand foi o primogênito, o segundo
chamou Marãngatu e o terceiro , Japuesa”. (Antunes & Maranhão, p. 187)
Assim, como outros povos a cultura
indígena é riquíssima, a gênero humano sempre se instigou quanto a origem da
vida, e cada povo dá sua explicação conforme no que está acredita; os mistérios
da origem da vida, ainda permanece uma incógnita, hoje o ser humano de criatura
passou a ser criador; as ciências, primordialmente a biogenética, viabilizou a
clonagem a partir do DNA; o genoma está em evidência; porém as tentativas foram
frustradas; porque a “chave” que abre as porta do segredo vital, ainda não foi
encontrada pela ciência; mas também podemos citar a quão contribuição à curas
de doenças hereditárias.
A mandioca.
Em tempos remotos, filha de um tuxaua,
poderoso foi expulsa da tribo, e passou a viver em uma velha cabana distante
por ter engravidada misteriosamente. Parentes distantes iam leva-la comida;
viveu até dá a luz a uma criança branquíssima a
qual, chamou-a de Mani. A noticia do fato se espalhou, por todas as
aldeias, e com isso o grande chefe ao saber da morte da filha esqueceu os
rancores. Passando a criar a crança amando-a, assim como todas da aldeia, ao
completar três anos Mani morreu de uma morte misteriosa, nunca havia adoecido.;
enterraram-lhe perto da cabana, onde viveu, logo, lá, nasceu uma planta, muitos vieram ver a planta miraculosa
, que se mostrava com raízes em forma senoidal, e todos queriam prova-la; sendo
que esta passou um alimento importante para os índios, batizando-a de Mandi.
(retirada de Wikipédia)
A mandioca
A lenda da primeira água da tribo
Maué, diz que, a planta da mandioca teria sido formada pelo corpo de Iveroi,
mulher do sapo Ó-Óc. Ao vê-la morta pela artes mágicas dos feiticeiros
Muricariua, seus tios transformaram em
mandioca doce. A tapioca, segundo a lenda Maué, teria sido feita, pelos tios de
Ivorei, do feto que haveria em suas entranhas. (revista do Pará)
A mandioca, segundo os mais velhos da
tribo Pariqui, intitulam Moytima Uipurangua (origem da ´plantação). Elas teriam
origem nos ossos da tribo Yacurutu.
A mandioca
O povo Ipurinã, diz que, nasceu a
filha do cacique Cauré, uma moça belíssima dentre , a Saíra, os pássaros vinham
acordá-la, mas um dia engravidou sem, se esta fosse dada a um guerreiro; o
desgosto do feche foi tanto que, isolou-a na mata longe da tribo, até decidir o
quê faria; ao completar seu ciclo natural, nasceu uma menina, alva de olhos
azuis, cabelos louras como a das espigas de milho; o cacique ao invés de mata a
se filha, se rendeu de amor pela neta a qual o nome dado foi Mani. Passaram-se
quatro chuvas, ao raiar do sol Mani inspirou-se; como tradição da tribo previa
crema-la; o chefe resolveu enterrá-la, na entrada da oca, passaram-se quatro
luas e nascera planta, que caíram as folhas, arrancou-a da terra e viu os
tubérculos, resolveu mastiga-la.
O curupira
O guardião da floresta e protetor nas
animais, seu cabelo e vermelho, os pés virado pra traz, pêlos por todo corpo
não tem órgãos sexuais, se apresenta na forma de qualquer animal que
dificilmente algum caçador conseguirá abate-lo; um dos castigos é fazer
caçadores inescrupulosos se perderem na floresta, se acredita que consegue se
esconder em buracos pequenos das arvores. E, ainda aqueles que matam fêmeas com
cria; pode fazer que os animais fiquem com atitudes de pessoas os que os vêem
ficam assombrado, até que um pajé reze e desfaça o encanto.
O caipora
Um pequeno índio viciado por cachaça e
fumo, corpo cheio de pelos, anda montado num porco espinho, usa cachimbo, seus
pés são normais, protege os animas da floresta, sua atividade é espantar os
caçadores, quando encontra um caçador anda sem rumo para fazê-lo se perder,
ainda emite um som estridente que causa arrepios, é agilíssimo, e tende a
deixar as pessoas sem sorte, costuma ressuscitar animais mortos; do tupi
caipora; quer dizer: falta de sorte.
Veja
alguns mapas para melhor compreensão das áreas indigenas, .
Fonte CIBI/BRASIL/IEPÉ
As siglas correspondem
respectivamente: P N (Parque Nacional), E E (Estação Ecológica), R B (Reserva
Biológica), R. EX. (Reserva Extrativista), A P A (Área de Preservação
Ambiental), R D S (Reserva de Desenvolvimento Sustentável).
No Pará próximo a T. I Rio Parú De
Este, também a T. I Parque do Tumucumaque muito confundida com, as P. N.
Montanha do Tumucumaque contida no Amapá.
O Parque Nacional Montanha do Tumucumaque, faz limite com Terra Waiãpi,
sua área é 33.770 km², incluindo os municípios de Laranjal do Jarí, Pedra
Branca do Amapari, Serra do Navio, Calçoene, e Oiapoque (Estado do Amapá); e
uma parte de Almerim (Estado do Pará) – Instituto de Pesquisa e Formação de
Educação Indígena (Iepé, 2006)
Fonte/LAIRA
As aldeias acima algumas estão em
Terras do Pará, segundo alguns professores da SEED denominam Missão Norte,
fazendo fronteira com o Território Surinamês, como dito, cujo a influência na
língua holandesa.
A
língua
A contribuição da língua indígena na
língua do povo Brasileiro; as falamos notoriamente e desconhecemos a sua
etimologia, bem como desconhecemos sua contribuição lingüística; as origens
antropônimos segundo Nicolai os termos
indigenas aparecem em: utensílios, objetos, crendices, seres fantásticos,
fenômenos naturais, nomes de lugares e de pessoas, espécimes da fauna e da
flora.
Vejamos algumas palavras conforme
Antonio Geral do Cunha de origem Tupi: abacaxi, abutua, abati, açaí,
acaju,acapu, acara, acarapitanga, acarapitinga, acari, acaricuara, acauã, açu
(guaçu), aipim, ajajá, ajuruaçu, ajuruju, ambuá, ambuaçava, amendoim, amingua,
anajá, anani, ahangua, anhangüera, aninga, aperema, ará, araçá, araçari,
aracati, aracu, aracuã, araguaguá, araguaí, arapiraca, araponga, arapuá,
arapuca, arara, arará, ararambóia, araxá, ariranha, aturiá; babaçu, bacaba,
bacu, bacuri, baiacu, beiju, beribeba, biboca, biguá, biribá, boitatá, braúna,
buçu, buriti; caapiá, caatinga, caba,
caboclo, caiçara, caipora, caetetu (caititu), cajá, caju, cajubeba, camapu,
candiru, canindé, capão, capivara, capixaba, capoeira, cará, carão, carandá,
caruara, carumbé, catuaba, caxiri, cipó, coivara, congonha, copiar, corimbo,
coroca, cuatá, cuia, cuíra, cumaru, cunha, cunhantã, cupim, cupu, cupuaçu,
curica, curió, curumim, curupira, cutia; embaúba, emboaba; guajará, gambá,
graúna, guaça, guaná, guará, guariba, guaru, guaxe, guri, iara, içá, agaçaba,
igapó, igarapé, indaiá, ingá, ipê, irerê, iruçu, itá, itaúba; jaburandi
(jaborandi), jabuti, jabuticaba, jacá, jacamim, jaçanã, jacarandá, jacaré,
jacitara, jacu, jacundá, jacurutu, jaguar, jaguatirica, jandaia, jandiá, japá,
jaraqui, jararaca, jararacuçu, jatobá, jaú, jequi, jequitibá, jerimum, jibóia,
juá, jucá, jupará, jurupari, jururu; maçaranduba, macaxeira, maíra, mandacaru,
mandi, mandioca, mangangá, mapará, mará, maracá, maracajá, marapuama, matapi,
matintaperera, mingau, mirim, mucajá, muçuã, muçum, mururê, mutá, mutuca; oca,
ocara, paca, paçoca, pajé, pari, paru, pequi, pequiá, pereba, peroba, piaba,
picuí, pindaíba, pipoca, pirá, pira-apapá, piracema, piranha, piripiri,
pitanga, pium, pororoca, poti, sabiá, saci, saira, samanbáia, sapé, sapopema,
sarapó, surucucu; taba, taboca, tajá, tamanduá,tapera, tatu, toré, traíra,
tucano,tururí; uaçã, ubuçu, uçá, uruá,
Agora vejamos algumas de origem
Aruaque, segundo Arnaldo Levi Cardoso: babal, batata, bateia, bixa [uruncum],
cacique, canibal, canoa, caribe, furacão, goiaba, iguana, savana, tabaco. Ainda
observemos outras de origem caribe amapá, batata, caxiri, colibri, cinani,
louro, mamão, matapi,, mico, tacacá, xique.
Glossário
Aldeias: nome português dado aos
assentamentos indigenas, cujo misturaram as etnias.
Altaneiro: altivo; soberbo.
Anil: azul.
Bandeiras: expedições oficias para
captura dos indigenas.
Caribe: também conhecido como caraíba;
língua indígena de muitas tribos brasileiras; denominação que os indigenas
davam aos europeus; do tupi cara: homem branco, e iba: ruim, feio,
imprestável.
Descimentos: do português colonial; busca
localização e transporte de índios à locais estabelecidos.
Entradas: do português colonial;
expedições para praticar descimentos; capturar índios; oficial ou particular,
sem a presença missionária.
Franco: relativo ao francês.
Gentil: pessoas não cristãs, em
particular os índios na colônia; conceito contemporâneo de Jonh Locke
antagônico ao poder secular e clerical do Estado Teocrático, e feudalista; em
que o homem é um ser livre no estado de
natureza, com igualdade de direitos e defendendo a iniciativa privada,
na formação do homem – gentil (gentleman).
Heresias: pensamentos, conceitos,
teorias proferidas contra os dogmas e os interesses teocráticos.
Inquisição: conjunto de normas com
objetivo de punir os argumentadores de dilemas oposto a doutrina
dogmática.
Louros: trunfos; glórias.
Missões: pólo que catequese cristã.
Mouros: nome dado aos muçulmanos que
ocuparam a Península Ibérica
Muçulmano: aquele que se rende à Deus
Paganismo: definição clerical à
religiões ou crenças, monoteísta ou
politeísta, de deuses mitológicos e, de elementos da natureza
representadas por símbolos zoólitos.
Pelejar: combater; batalhar.
Poder espiritual: poder exercido pelo
clero com doutrinas morais sobre a conduta dos fiéis.
Poder secular: poder Estatal,
absolutista, real; vitalício e hereditário.
Porfia: disputa; luta.
Resgate: aprisionamento de índios de
etnias distintas, com a pretensão de salva-los no inferno pagã.
Rincão: lugar muito abrigado, cercado de matos
e rios; lugarejo natal.
Sesmarias: lote de terra cedida pelo
governo português medindo 6.600 hectares para cultivo e/ou criação,
Sobranceira: orgulhoso; altivo.
Torrão: solo; pátria.
Varonil: varão; jovem, enérgico;
forte.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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