segunda-feira, 10 de junho de 2019

HISTÓRIA DO AMAPÁ



(material na revisão)         
Costa Sá


























 AMAPÁ NO CONTEXTO
















               Macapá-Ap
           2007








“Dedico a Cristo que faz o gênero humano a repense no que é de melhor no homem e os meus filhos Ryan e Sabrina, esses são uma parte importante de mim, sinto que eles são o que tem de melhor e puro; esses conduziram a  superar as divergência de pensamentos e atitudes; com o repensar da vida redescobrir o mundo”.    



                                                                            SUMÁRIO


CAPITULO I
As previas da guerra entre mouros e critãos......................................................7
Os europeus lançam-se aos mares continentais................................................8
O império muçulmano ........................................................................................9
Os portugueses e o mar....................................................................................11
Os países ..........................................................................................................12
Feitos, marítimos portugueses ..........................................................................14
A viagem de Colombo........................................................................................15
As navegações espanholas no Amapá..............................................................18
Os portugueses chegam à Índia, pelo ocidente.................................................19
A chegada dos representantes portugueses oficialmente nas terras do Brasil.19
Nasce o Amapá.................................................................................................21
A viagem do Almirante Cabral...........................................................................22
As expedições exploradoras e colonizadoras....................................................24
O sistema de governo Geral, no século XVI......................................................26
A França Antártica no Brasil..............................................................................27
O pacto colonial.................................................................................................28
A União Ibérica no Brasil...................................................................................28
Invasões estrangeiras, nas terras do atual Estado do Amapá..........................30
A França no século XVII, no norte do Brasil.....................................................33
Um  outro   nome   para a     capitania do    Cabo Norte. E  Portugal no Brasil e Amapá..............................................................................................................34
A construção do Forte em Macapá...................................................................36
A influência napoleônica na Terra do(s) Amapá(s) e a volta da França...........38
O fim do império Napoleônico e os franceses no século XIX No Amapá.........39
A republica no Amapá.......................................................................................40
O município do Amapá  o Brasil no século XX.................................................42
O Estado do Amapá..........................................................................................43
Os símbolos do Estado do Amapá....................................................................46


CAPITULO II
Os índios e o povo brasileiro............................................................................41
As políticas indigenista ....................................................................................41
Na colônia.........................................................................................................42
No Império........................................................................................................46
Na Republica.....................................................................................................47
Os índios do Amapá..........................................................................................49
Os Waiãpi..........................................................................................................54
Os Aparai e Wayana.........................................................................................56
Os Galibi do Oiapoque......................................................................................60
Os Karipuna .....................................................................................................61
Os Palikur.........................................................................................................61
Os Tiriyó e Kaxuana.........................................................................................62
Os Galibi Maiorno.............................................................................................64
Comentado sob o modo de vida........................................................................65
Mitos e lendas..................................................................................................75
Mapas .............................................................................................................78
A influencia lingüística.......................................................................................80
Glossário ..........................................................................................................82





Apresentação




É difícil conhecer a História do Amapá desconecta de alguns fatos, e neste iremos perceber que nada ocorre fatidicamente, alguns decisões são pensados e planejado; esses são coisas inerentes do homem; cuja racionalidade nos é uma vertente.
Os seres humanos precisam conhecê-la, há medidas tomadas por aquelas que formam essa ciência; os políticos, o qual nada mais é que um resgate do passado, porém re-adaptado; atualmente ouvimos falar em neoliberalismo, quão desprezamos o liberalismo burguês que organizou o capitalismo, este transcrito e um suporte para o estudante tão qual fui, as teorias e a posição de alguns professores fez me repensar na aprendizagem.
Quem observa o passado entenderá melhor o presente, se um teórico disse que tudo perpassava pelo o interesse, numa amplitude maior modelou a psicologia; sentimos-nos esse influenciar externo.
Para também conhecermos a historia precisamos conhecer a geografia, e sem a leitura e a escrita não decifrariam os códigos, que inviabilizaria o conhecimento; logo a interdisciplinaridade é matricial; este é intencionalmente aos educandos, que ficam alheios ao processo das linguagens técnicas.
Todas as ciências têm sua história, nascem da reflexão e da racionalidade, e esta que faz mudar nossas ações; a política é uma moeda de duas faces, unidas; mas distintas, e nas contradições que o homem repensa, se reestrutura e transforma.

A busca da civilidade é antagônica, quantos jazem em designo particular e, controlador; e, também mantedor de um poder arbitrário; se observarmos por varias ângulos veremos o mesmo objeto, porém diferentemente e, com muitos significados.       
              


As prévias da guerra entre mouros e critãos

A história do Amapá esta ligada com a mundial e principalmente com os europeus que se lançaram as navegações e a expansão mercantilista se utilizando tecnologias como a bússola, e o astrolábio. A era da razão fragmentou o pensamento absolutista e dogmatista; mesmo que as verdades fossem combatidas a ferro e fogo, tornavam os infiéis*,  os hereges* e os gentios*, esses ambos foram vítimas de políticas e dos Estados teocratas; as cruzadas e expansão  cristã, que em nome de Cristo o único e verdadeiro deflagrou chacinas, a inquisição legitimou e deu o poder a pessoas cuja a mente ainda cauterizada, para a novos conhecimentos vinculados pelo espírito da verdade, onde os inquisidores causaram homicídios em nome de DEUS também causaram esterilidade étnica  e genocídios  infames com o prelúdio de combater o paganismo*, e os gentios trouxeram essa forma de ação, porque não dizermos coerção para o “novo mundo.”
Algumas razões para a expansão Naval
A tecnologia combatida pelo poder hegemônico do clero tornou possível as navegações, e o expansionismo comercial burguês que,  iriam além das fronteiras já estabelecidas o mapeamento das estrelas unido a o estudo de astronomia dentre outros fez a humanidade navegar utilizando notoriamente “o caminho das estrelas”,  a instrumentalidade da engenharia náutica, do astrolábio e da bússola; no qual um alinhava os astros conforme  o direcionamento dos pontos cardeais relacionado as latitudes e longitudes; fez o homem nortear-se na posição global quão marco se propunha a alcançar, esses recursos geográficos, também se fundiram a outra ferramenta que direcionava os navegantes nos mares da terra também com auxilio de mapas . 
“Desde a Antiguidade, os navegadores seguiam pelos astros na orientação de seu percurso. Já no século XII, há referências ao fato  de que quando a estrela Polar desaparecia no horizonte ou atrás das nuvens, os marinheiros do Mediterrâneo, principalmente os árabes, usavam uma agulha magnética para se orientar. No começo, essa agulha era presa a uma planilha ; depois passou a boiar em óleo e a ser acoplada numa rosa-dos-ventos. Assim inventaram a bússola.”. (Maranhão& Antunes, p.108)

Os europeus lançam-se aos mares continentais

Os europeus se lançavam ao mar em busca de fortalecer seu comércio mercantil; e se objetivaram em encontrarem o caminho marítimo para as Índias em busca dos produtos lucrativos as especiarias: os tecidos de ceda, perfumes, marfim, jóias etc. E, deflagrarem seu comércio na Europa; o mercantilismo burguês abriu-se, com a visão do enriquecimento notório e também sórdido; naquele momento havia uma cidade onde iam  buscar as mais diversos produtos, sendo esta cidade a praça de onde vinham navegantes de todas as partes do mundo tanto para vender comprar quão trocar, também para ser consumido pela sociedade feudal.

“A posição geográfica privilegiada fazia de Constantinopla a praça principal desse poderoso comércio. A capital Bizantina era ligação natural entre rotas que uniam o oriente e o ocidente (...) desde o inicio do Império Romano. Da China, provinha à valiosa seda. De outras regiões do oriente, vinham todos aqueles produtos que formavam o tão precioso conjunto das especiarias: cravo, e noz-moscada das Ilhas Molucas; pimenta do reino de Malabar, Sumura e Java; ervas aromáticas da Índia; e almíscar* e óleo de rícino* do Sindh. Do ocidente eram transportados para Ásia (...) (Idi, p.50)  

“Esses produtos eram revendidos pelos turcos em Constantinopla, pelos italianos em Veneza e Gênova e pelos árabes que detinham o monopólio do comércio asiático (...)” (Passo, p.250)

A situação se dificultou com a expansão mulçumana e a tomada de Constantinopla (capital bizantina) pelos turcos em 1453, instaura-se a idade moderna. A cidade antes era um centro comercial livre, e o canal de acesso que ligava os mares dos dois hemisférios, possibilitando a navegação de ambos os lados do mundo, a direção do oriente ou oriental também chamado de leste, e a direção do ocidente ou ocidental chamado de oeste; esses detiveram o monopólio  total sobre os produtos agregando-os qualquer  valor imposto, passando a controlar doto o fluxo comercial entre o Oriente e o Ocidente.
        
O império mulçumano
O mundo islâmico conforme Maranhão & Antunes seu livro sagrado é o Corão, também conhecido como Alcorão; escrito em árabe no século VII; após a morte de Maomé; sendo que ALÁ é o único Deus, nele contém os preceitos morais, onde se fixam a conduta, em Meca está o seu templo; antes os árabes de todas as partes vinham atrás da Pedra  Negra Sagrada e adoravam 360 ídolos. Sendo que o Profeta nasceu em Meca, em 570(D. C.), sua família fazia parte do Clã dos coraixitas, e com anos tornou-se órfão foi criado por parentes que circulavam vendendo mercadorias, nas caravanas. Passou por vários lugares como a Síria, e ficou conhecendo a doutrina cristã, lá conclamada; e a Palestina base do Judaísmo; também conheceu na Pérsia os fundamentos do mazdeísmo da luta dos deuses do bem contra o mal; se casou com uma viúva rica, para qual trabalhava, que lhe alencou prestigio; buscou o encontro com a divindade, fazendo meditações, ao retirar-se para as montanhas, para meditar; um dia levou apenas azeitonas, lhe aparecendo o arcanjo Gabriel; que lhe fazia ensinamentos; proferiu os ensinamentos se intitulando preceptor dos antigos profetas do velho testamento. Defendeu a existência de  um só DEUS, combateu a idolatria, dos símbolos de seres vivos chamados de arbescos, com isso aumentava seus adeptos. Ameaçado de morte se refugiou na atual Iatreb; lagar influenciado pelo judaísmo; esse rompimento com Meca, em 622 chama-se de Hégira, e assim começa o calendário muçulmano, neste local tornou-se líder religioso, e chamou-a de Medina. Em 630, constitui um exercito, que veio a atacar Meca, destruiu símbolos, deixando só a pedra sagrada; e morreu em 632 contando com apóia de todas as tribos; numa parte do corão menciona o paraíso como lugar onde os homens teriam  água em abundancia, jardins grandiosos,comida farta e mulheres já que são poligâmicos. Após sua morte escolhem um califa, que vem a promover a Guerra Santa e expandir o islamismo.
Atualmente; há duas facções islâmica; os sunitas seguem o corão, e suna (livro com depoimentos de Maomé), tornaram-se dominantes a parti do século IX; e tendem a escolher os lideres em concordância aos interesses dos lideres tribais mesmo quando estes passam a ser hereditários; já os xiitas crêem em um só líder que seja religioso e político, o imam, que só podem ser escolhidos entre a descendência de Maomé.  Diante da “guerra santa” menciona Maranhão& Antunes:

“As conquistas continuam a oeste: norte da África e Península Ibérica. Na Europa, em 732, os árabes chegaram a 160 quilômetros de Paris onde foram vencidos por Carlos Martel, chefe dos francos*. A leste, os maometanos se dirigiram à Ásia Central, conquistando territórios que se estendiam até a fronteira da China, incluindo o vale do Indo”. (Idi, p. 36)
        
“A presença árabe na Península Ibérica – do século VIII ao XV – deixou fortes marcas na cultura portuguesa e espanhola. Os muçulmanos que ocuparam essa região ficaram conhecidos como mouros originalmente o termo se referia aos maometanos berberes do norte da África, que tiveram grande presença na invasão da Península Ibérica pelo Islão”. (Idi, p. 47)

Mouro invadindo a Sicília. Fonte www.Klepsidra.net
           
Na interface do tema comenta Pinto: ” No pano político era caracterizado por uma monarquia débil  e uma nobreza independente. Este regime fixou as primeiras raízes no final do Império Romano, chegou a sua culminância entre século IX e XII e declinou a Baixa Idade Media. O que minou a estrutura feudal foi o choque entre a cultura mulçumana e a européia ao longo de sete séculos. Os turcos, os árabes e os judeus invadiram o “Maré Nostrum”, criaram fábricas e venderam suas mercadorias nos feudos. A classe média cresceu. Uma nova classe social, a burguesia comercial surgiu nos arredores dos castelos servos começaram a transferir-se do campo para cidade. Os banqueiros venezianos e bálticos foram modificando paulatinamente a vida econômica e social da Idade Media. Uma economia monetária”. (Idi, p.10)  



Os portugueses e o mar

Esses, com a expulsão dos mouros em 1147 de Lisboa, pelo franco D. Afonso Henrique de borgonha com ajuda de 12 mil cruzados; e   tornou o povo português pioneiro a se lançar ma expansão ultramarina do século XV, impulsionada pela revolução burguesa detiveram e acumularam o capital, tinham como diretriz o fortalecimento da sua aristocracia, uniram-se ao Estado para dominar novos mercados, e poder, por meio enriquecendo e a reserva de recursos financeiros, e fortalecerem a sua nação.

”Inicialmente, as principais atividades econômicas portuguesas foram a pesca e a produção de vinho, que o país explorava em troca de alimentos e produtos manufaturados. Mas a pobreza do solo, as habilidades aprendidas com os muçulmanos e a posição estratégica junto ao mar indicaram naturalmente o caminho do comércio marítimo e das grandes viagens”(Valadares, Ribeiro & Martins , Ibidi, p.104)

D. João IV e a independência de Portugal (1640) fonte www. Klepsidea. net

Os Países

Com os Estados Nacionais o poder central,  a moeda única; com o liberalismo  burguês, a livre iniciativa o  capitalismo comercial; o qual concentrou se um grande recurso de dinheiro, também conduziu ao acumulo de capital e a escassez do ouro e prata usados na cunha de moeda, impulsionando ainda mais o mercantilismo.
” O reino de Portugal se forma durante a guerra da reconquista com ele seu cunho religioso, mas todas as heranças deixadas pelos muçulmanos não são abandonados, principalmente ao avanços técnicos marítimos são difundidos na escola de sagres”.(Pinto , p. 12)
“ Fernando I, ao falecer (1065), repartiu os seus domínios pelos filhos: Sancho ficou com Castela, Afonso com Leão e Astúrias, e Garcia com a Galiza (e portanto o condado de Portugale), transformado em reino independente. Depois de várias lutas entre os irmãos, morto Sancho e destronado Garcia, Afonso IV de Castela reúne novamente todos os estados do pai, tornado-se assim rei de Leão, de Castela e de Galiza. Acudindo aos apelos de Afonso VI, entre os cavaleiros de além-Pireneus, vem Raimundo, filho do conde de Borgonha, que se casaria com D. Urraca, filha do rei de Leão e recebe desde (1093) o governo de toda Galiza até o Tejo. No ano seguinte chega à Península D. Henrique, irmão do Duque de Borgonha e primo de Raimundo, que recebe a mão de Teresa, filha legítima de Afonso VI e recebe, depois o governo da província de portucalense que fazia parte do reino da Galiza – terra que seu filho Afonso Henriques (revoltando-se contra ela e seu padrasto Fernão Pares de Trava) alargou e tornou reino independente ”. (Wikipéia, p.5-6)         
 
No século XIV, na era dos Avis; o reinado naval mercantil português foi estimulada pelas revoltas populares gerado quão  pela peste negra (peste bubônica) os quais queimavam campos favorecendo a fome; e que dificultavam o transito entre os feudos, também palas histórias narradas por Marco Pólo como a do rei católico Preste João na qual seu reinado ia além das fronteiras muçulmanas,  nas suas festas comiam mais de 30 arcebispo num lado da mesa noutro mais de 30 bispos feita de esmeraldas; e outras sobre ouro, marfim faziam os marujos nutrirem fantasias e viajarem em sonhos,  com a meta primordial de chegar as Índias expandir o mercado foi criado  o projeto do  périplo* africano proposto pelos cartógrafos luso: que estabeleceram um plano de chegar a oriente costeando o sul da  África. Nenhum europeu antes tentara ir além do Cabo do Bojador de ondas violentas, e correntes marítimas, com nevoeiro intenso; chamado por alguns geógrafos árabes de Mar das Brumas.
    
D. João I, da Dinastia Avis (1357-1433), deixou seu filho o infante D. Henrique,  torna-se  patrono dum centro de pesquisas náuticas (a escola de Sagres), com estudiosos famosos alguns com técnicas modernas de posicionamento do globo, e outros como aperfeiçoamento e construção de novos navios; convidou marinheiros experientes de todos os paises, desprendeu viagens exigindo que nas tais tudo fosse registradas.

“ Portugal em 1381, presenciou a primeiro revolução burguesa, quatro século antes da França. A burguesia comercial de Lisboa, vinculada ao comercio com Flandres, eliminou os senhores feudais do poder. O fracasso final da revolução demonstrou que as condições não estavam maduras para o triunfo da burguesia mas a ascensão desta refletiu-se no comercio com o Atlântico Norte, nos planos de D. Henrique, o navegador e sobre tudo nos descobrimentos do século XV”. (Pinto, p.10)       

”Somente um rei com D. João I tinha força política e prestigio para conseguir recursos e pessoas, (...) A expansão atendia duas classes em que se apoiava o Estado português. De um lado, a nobreza militar, à procura de terras e da realização da missão cruzadista e evangelizadora. De outro, a burguesia mercantil, (...)” (Idi, , p.106)
         
“O intercâmbio entre os marinheiros nórdicos*, portugueses e  mediterrâneos possibilitou gradativamente , as mudanças na concepção nas construção dos barcos,(...), a partir de 1420(...)permitir aos lusos a navegação até as Canárias(...) mar aberto ao Estreito de Gibeltar.”(Idi, p.109)

“ O domínio mulçumano começa em 711 e só termina em 1492 com a guerra da reconquista dos Hispanos-godos. Tarik é responsável pela conquista muçulmana na Espanha, sob o comando do califado de Damasco. O estreito de Gibraltar possui este nome devido Tarik (Ged al Tarik Montanha de Tarik). Em 912 é criado o califado de Córdoba (Espanha) (...)” (Idi, p. 9) 

Feitos marítimos portugueses

Em 1434, Gil Eanes consegue ultrapassar o Cabo do Bojador, o temido “mar tenebroso” adentrado no Atlântico, era vencido mitos, que foram deposto da mentalidade popular; ”como dos irmãos Vivaldi, genoveses que em 1291 transpuseram Gibraltar, adretaram o atlântico e se perderam para sempre”. (Idi. , )
D. João II, que governou de 1481 a 1495 deu continuidade ao périplo* africano, e em 1487 envia Bartolomeu Dias, além do “mar tenebroso” no ano seguinte contorna  o Cabo dos Tormentas; e chamando-o de Cabo da Boa Esperança; isso atiça ainda mais os desejos portugueses. Um feito acorreu por volta de 1455-1456 alguns navegantes portugueses encontram o tão famoso “ouro transaariano”, chegando abarrotados e o desejo de tê-lo aumenta a corrida mercantil para fortalecer o poder Estatal Real.  

“(...), em 1488, o navegante Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas (depois chamado de “Cabo da Boa Esperança”) e encontrou a passagem do Atlântico para o Índico”. (Idi., p.105)  

”Desde tempos imemoriais, os nortes – africanos muçulmanos comerciavam ouro em pó vindo das regiões mais ao sul da África negra. As caravanas* muçulmanas que atravessavam o Saara (daí o nome de ouro transaariono) faziam-no chagar as regiões mediterrâneas.  ”(Idi, p.112)
    

A viagem de Colombo

Houve um famoso navegante, cujo o nome era Cristóvão Colombo com suas idéias apresentou um projeto para D. João II,  com objetivos de ser patrocinado e chegar às Índias, logo sua proposta foi recusada.

“Essa idéia de que o mar  entre as Índias e a Europa não era muito extenso se reforçava também na Bíblia. Ali está escrito que o planeta seria formado por seis partes de terras  e uma de águas. Colombo usava essas afirmações para justificar a viabilidade do projeto”.(Idi, p.120)
 
“Desgostoso com a recusa do rei português. Colombo recorre aos reis da Espanha, Isabel de Castela e Fernando Aragão. O plano de Colombo foi examinado por uma comissão de estudiosos da Universidade de Salamanca. (...), avaliou que o navegador estava errado,  que ele nunca chegaria às Índias navegando pelo oeste.”(Idi., p. 121)

Foram sete anos tentativa, afirma Maranhão & Antunes até conseguir apoio, em 3 de agosto de 1492 o navegador parte do porto de Palos(Espanha), ao coando das embarcações: Santa Maria, Pinta e Nina. Abordo, estavam os irmãos: Martin Afonso Pinzón e Vicente Yañez Pinzõn,  Diego de Lepe e Juan de La Costa,  tendo que  transpor o “mar tenebroso” rumo às Índias. No dia 12 de outubro de 1492; a tripulação desembarca numa pequena ilha das Bahamas, Guanani, à qual deram o nome de San Salvador (outro nome é Watling).”Colombo chamou os nativos - os taianos* de índios ,(...) pensava ter chagado a alguma das muitas ilhas da  que imaginava existirem na Índia.” Foi explorar novas ilhas numa fincou um povoado a Hispanhola (Haiti e República Dominicana)”.  
“Antes de partir, Colombo fez um contrato com os reis da Espanha que lhe garantiam títulos como o de vice-rei e governador das índias, e 10% de todos os produtos extraídos da nova terra(...)” (Idi, 121)


“No dia 14 de fevereiro o mar e o vento ficavam mais fortes.
Vendo o perigo, comecei a navegar para onde o vento me levasse.
Não havia alternativa. A caravela Pinta desapareceu. Passei a noite inteira acendendo lampiões, sem   que Martim Afonso respondesse.
“Determinei que fizéssemos promessas gerais e comuns”. (...) (Cristóvão Colombo. Diário de Bordo; p. 50. 97).

A viagem de Cristóvão Colombo e pacto com a Coroa Espanhola

Colombo verdadeiramente pos a bandeira espanhola nas terras, encontrou a América, e trouxe os pensamentos positivistas dos europeus, com seus preceitos épicos vontade de enriquecer, conhecer o mundo embalados pela corrida burguesa mercantil e pelas historias  exposta pelo veneziano Marco Pólo,  como, a que servira um imperador riquíssimo com o nome de Kublai Kan em Catai (China). Diante dos fatos  a coroa espanhola dirigiu-se ao Papa Alexandre VI e solicitou uma bula; a coroa portuguesa solicitou o direito de também tê-los. As alegações seriam que a segunda Coroa citada já tinha passagem por um trecho das terras, e  logo após a partida de Colombo o rei português D.João II mandou sua expedição como afirma Maranhão;

”Há informações de que o rei português tinha recebido notícias de terras no Atlântico Ocidental, desde que o navegante luso Pero Vaz da Cunha ( o “Bisagudo”), voltando de Senegal se afastou para  e avistou terras, provavelmente a costa do Brasil.Se suas informações estivessem corretas o “Bisagudo” teria encontrado o Brasil em 1488. Existem também estudos mostrando que, logo depois da primeira viagem de Colombo, o rei D. João II  teria tomado providências: enviara uma expedição secreta comandada por Francisco de Almeida, que teria  pisado em terras brasileiras no outono de 1493.(...) Outra que teria estado na costa brasileira seria o experiente navegador Duarte Pacheco Pereira, autor de um notável relato de viagens denominado Esmeraldo de situ Orbis.(...)mas não há provas definitivas(...)”. (Idi, 128)
 

No dia seguinte, o cacique veio a caravela Niña, onde encontrava. Guacanaguari me mostrou pedaços de ouro dizendo: “chuque, chuque”. Imitava os guizos, que era o que mais cobiçava. Ele me trouxe uma grande máscara com bons pedaços de ouro nas orelhas , nos olhos e noutras partes. Colocou outras jóias de ouro na minha cabeça e pescoço. Encontrei muito prazer e consolo na coisas que estava vendo. Senti  diminuírem as angústias e a tristeza  que tinha com a perda na nau. Percebi que Nosso Senhor a havia feito encalhar na Ilha Hispanhola a fim de que podesse conhecer este lugar”(Trecho do diário de bordo de Colombo, p. 44)

Os acordos binacionais

Após tudo essas viagens resultaram em disputas palas terras descobertas,  e o produto foi, de acordo com Morais & Rosário;

 “Assim, em 4 de maio de 1493  foi assinado a Bula Inter Coetera, que garantia a Portugal as terras que ficassem 100 léguas  a oeste de Açores e Cabo Verde e as que ficassem além pertencia a Espanha”.(Idem, p.12)

Santos também relata;


 “Entretanto Portugal  protestou e, em 7 de junho de 1494, a questão foi definitivamente resolvida entre as duas nações ibéricas com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, estabelecendo que as terras a 370 léguas a oeste de Cabo Verde seriam da Espanha e a leste de Portugal,(...) (Idem, p.8)
              
As navegações Espanholas, no Amapá

“Américo Vespúcio, junto da expedição de Alonso Hojeda, em 1499, a mando da dos reis Fernando e Isabel.”(...) o litoral amapaense conforme carta documento por ele escrita, a qual narra sua passagem por aquela área, atravessando a linha do Equador, passando pelas Ilhas Cavianas de  Dentro, dos Porcos e do Pára, esta fazendo frente aos municípios de Macapá, Santana e Mazagão.”(Morais & Rosário, p.12)

Vicente “Pinzon, em março de 1500, navegou pelo litoral brasileiro”.

 Conforme Santos;

“(...) navegou pelo rio Oiapoque e litoral amapaense, quando aportou para abastecer-se de água potável e acabou aprisionando 30 índios para vendê-los como escravos. Assistiu o fenômeno da pororoca que causou pânico à tripulação, (...) (Idem, p.8)
E, como também afirma Maranhão” Em fins de 1499, uma expedição comandada por Vicente Yañez Pinzón, deixou a europa rumo à América do Sul.Passando pelas ilhas de Cabo Verde, tomou rumo sudoeste e atravessou a linha do equador em 26 de fevereiro de 1500, aportando num cabo que recebeu o nome de Santa Maria de la Consolácion. Tratava-se provavelmente, do Cabo de Santo Agostinho, no atual Estado de Pernambuco, ou da Ponta de Mucuripe no Ceará, próximo a cidade de Icapuí”. (Idi, 129)

Os Portugueses chegam à Índia pelo ocidente

Vasco da Gama chega das Índias, D. Manuel prepara-se para o regresso já não bastava apenas o comércio de especiarias a Nação luso queria expandir seus domínios territoriais  com poderia militar .
Neste víeis reluta Maranhão,

“Agora que Vasco da Gama tinha feito a proeza de descobrir os caminhos das riquezas, o sentido empresa lusitana  se consolidava: não se tratava  mais de simples comércio e exportação, mas a conquista política-militar da Índia.”(Idi.,p.,130)
           
A chegada dos representes portugueses oficialmente nas terras do Brasil

E, os fatos, e os registrados dos navegadores fizeram as navegações portuguesas falsearam suas verdadeiras intenções, ao chegarem no Brasil demarcaram seus territórios, e buscaram meio achar novas fontes, no ímpeto de fortalecer seu Estado. Ao preparar sua esquadra com marujos experientes; D. Manuel, o venturo; como era conhecido; escolheu um Almirante.


“D. Manuel, decidiu enviar às Índias uma esquadra de 13 navios com tripulação de cerca de 1500 pessoas [alguns estudiosos mencionam 1200], com gente experiente como Bartolomeu Dias e Gaspar de Lemos, além de padres, soldados, interpretes e  comerciantes. Todos ao comando de Pedro Álvares Cabral.(...) saiu de Lisboa em 9 de março de 1500 com destino à Calicute, nas Índias. Porém(...) afastou-se do litoral africano em direção ao oeste, as especificamente às terras brasileiras. Em 22 de abril,(...) avistaram(...) um monte(...) uma grande faixa de terra(...) era a semana de Páscoa,(...) deram o nome de Monte Pascoal,(...) à faixa de terra (...), de Vera Cruz . Mias tarde, constatando que a nova terra era(...) um monte, muito menos uma  Ilha, e sim uma terra continental , deram-lhe o nome de Terra de Santa Cruz. Alguns anos depois, a terra passou a se chamar Brasil,(...) Vale lembra que o primeiro documento,  escrito, e,  portanto histórico do Brasil, é a carta do escrivão da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha,(...)”(Passo, p. 178)
                
                                   “Senhor”,
Posto que o capitão-mor desta vossa frota,      e assim os outros  capitães escrevam(...)
A partida de Belém foi como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos as Canárias, mais    perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, (...), 22 do dito mês, às dês horas mais ou menos, houvemos  vistas das ilhas de Cabo Verde, asaber da ilha de São Nicolau segundo o dito Pero Escolar, piloto.
E assim seguimos nosso caminho, (...) terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias abril, topamos alguns sinais de terra estando da ilha segundo os pilotos, obra de 660 ou 670 léguas (...) (Trecho da carta de Caminha)      

Nasce o Amapá

As terras do Amapá  percentualmente  pertenceram a Coroa espanhola segundo fatos e partes de documentos que levaram ao Tratado de Tordesilhas; mas desmotivada a fazer feitorias.
Um navegador, cujo nome seria Diogo de Lepe esteve na costa amapaense; afirma Santos; ” Ainda durante a primeira década do século XVI, navegou o litoral amapaense. Os tripulantes, que desembarcaram, entraram em combate com os índios e muitos espanhóis foram mortos”.  
 
No sécula XVI, quando os portugueses iniciaram o processo de colonização a Espanha procurou se mobilizar, possivelmente para querer impor seu espaço territorial  nas Américas, conforme estudos, esse nome foi dado em homenagem a Américo Vespúcio navegador que inicialmente mapeou grande parte do Continente Americano.
Logo, comenta Santos;

 “Quando o monarca português, D. João III que implementou; em 1534, a colonização do Brasil, dividindo as capitanias hereditárias, os espanhóis buscavam explorar seus domínios territoriais situados abaixo da linha do Equador, compreendida o vale amazônico, que denominavam de Nueva Andaluzia.”(Idem, p. 9)      

Houve um espanhol que tentou vir se instalar nas costas amapaenses, porém as expedições requeriam um custo muito alto. E a Espanha recusava se a investir como Portugal, exaurindo os recursos do navegador ficou quase que, no esquecimento.
 
 Observemos;
“Foram feitas às primeiras concessões de terras em 1544, Carlos V, da Espanha, entrega as terras amapaenses ao explorador e navegador Francisco Orellana, as quais receberam o nome de Adelantado de Nuevo de Andaluzia - primeiro nome oficial que recebeu o Amapá, sendo que a região do Cabo Norte (Pára, Maranhão e as Guianas) era conhecida como Província dos Tucujus. Havia três grupos indígenas: os Aruaquea, os Caraíbas e Tupi-guaranis.”(Morais&Rosário, p.16)
  
“O navegador Francisco Orellana, em 1545, partido do Peru navegou pelo rio Amazonas e litoral amapaense. Estava investido da condição de adenlantado, que lhe dava o direito de conquistar territórios e as populações que os habitavam , custeando a própria expedição e obrigando-se ainda, a pagar elevados impostos sobre as riquezas conseguidas. Retornou ao Brasil em 1549, aportando no litoral do Maranhão. Inutilmente tentou encontrar os locais por onde passou antes. Frustrado, voltou para ilha Margaridas, nas Antilhas Espanholas, aonde veio a falecer anos depois”.(Santos, p.9)             

A viagem do Almirante Cabral

Segundo os fatos acidentalmente as emborcações se desviaram da rota; mas se com almirante Cabral vieram os marujos experientes que aqui já haviam estado. E que após fincar a bandeira no Monte Pascoal, aportando no Porto Seguro como descreve Caminha; dentre outros relatos vieram as Expedições Exploradoras no sentido, literal.
Figura contida no site O Descobrimento Brasil, Almanaque Terra.

Vejamos;

Frei Henrique, franciscano inquisidor e a 1º missa Almanaque Terra

“O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, e nos outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa alcatifa. Acenderam-se as tochas. E eles entraram, Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão , e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal, como se la também houvesse prata.”  (Trecho da carta de Pero Vaz de  Caminha, p.3)


As expedições exploradoras, e colonizadoras no Brasil

Essas expedições são conhecidas como a fase pré-colonial (1500 a 1530), que iremos expô-las; nesse período Portugal, primordialmente estava preocupado com o comercio oriental Ásico e africano. A primeiro mapeou, reconheceu os acidentes geográficos, já a outra, patrulhava, e lutava para manter outras estrangeiros fora do Brasil. E, o primeiro produto um dos ciclos explorador seria o pau-brasil.


”(...) o fato de o comércio português com a Ásia e a África ser ótima fonte de lucros, a constatação de que na nova terra não havia metais preciosos que justificassem iniciar sua exploração imediata e o modo de vida dos índios, que tinha como base material a auto-suficiência”.(Passo, p.,179)

Reiterando, menciona Schneeberger & Farago:

“Evidencia-se, assim, a influência do quadro natural, que permitiu a estruturação de uma de exploração de gêneros alimentícios e matérias primas tropicais. Assim, nossa evolução econômica, até recentemente, foi fruto da relação “meio natural-processo histórico.”(Idem; p.69)

A colonização brasileira teve seu marco com a expedição de Martin Afonso de Souza, em 1531, conforme estudos, esta era constituída por 400 pessoas; esses que no país estiveram com objetivo de reparar; este fundou a vila de São Vicente, em 1532, no litoral paulista. Também formou povoados como Santo André e Santo Amaro. Em S. Vicente se iniciou o plantiu de cana-de-açúcar, legado árabe; construiu-se o Engenho de S. Jorge, esse  desenvolveu-se e fez gerar um ciclo, também de crescimento social e econômico da colônia.  
Diante disso, o rei português, se organiza, e cria o sistema de Capitanias Hereditárias, no qual, se dividiu os lotes transferindo, os gastos com a colônia a terceiros, os supostos governantes.
 Neste sistema se transferia, segundo a ordem genética familiar, de descendência, e se legitimou em dois documentos: a carta de Doação e a carta Floral. E a primeira dava o direito hereditário ao donatário, mas, sem, dar-lhe o direito de dono, porém, este tinha uma parte verdadeiramente sua; a outra determinava os direitos e deveres dos donatários; assim, com os do rei de Portugal; como as regras, para a distribuição do cultivo, e a percentagem dos lucros, proporcionada pela mão de abra indígenas como a das sesmarias*.
 As capitanias fracassaram, conforme razões; os gastos eram mantidos pelos donatários, como da manutenção dos impostos; a resistência dos índios; a essa estrutura subimissiva; além da distância  que dificultava a comunicação com as autoridades de Portugal. ”Foi com a cana-de-açúcar, cultivado mais intensamente na Zona da Mata nordestina, principalmente em Pernambuco e no Recôncavo Baiano, que ocorreu transformações mais efetiva do espaço, bem como um povoamento colonial acentuado”. (Schneeberger & Farago, p. 73)

Quanto, a escravidão indígena;

“(...) que as nações bárbaras venham ao conhecimento  de Deus não por meio de editos a admonições como também pela força de armas, se for necessário, para que suas almas possam participar do reino do céu”.( Trecho da carta do jesuíta  Luiz  Grã contido em Gomes, p.66)

Engenho de cana-de-açurcar nordestino www.Klespsidra.net (legado agrícola árabe)

O  Sistema de Governo Geral, no século XVI

Esse, foi um regime criado, que se objetivava em diminuir o poder das capitanias; a quem o rei de Portugal, nomeava um representante, para governa doto o território; o Governador-Geral, a sede foi a Capitania da Bahia, ponto estratégicos, viabilizando a articulação com as demais colônias. E, essa estrutura de governo, se continha o ouvidor-mor, zelava pelas leis e justiça; o capitão-mor, responsável por patrulhar, defender, e prender; e o provedor-mor, incubido pelo orçamento. Todos representavam os interesses da Coroa.

a)    Tomé de Souza 1549-1553, primeiro governo-geral, suas ações, a cidade de Salvador, tornou-se sede do governo colonial; organizaram-se entradas, na busca de minerais; criou-se o bispado do Brasil; estimulou-se à pecuária; e ampliou-se a agricultura, se abriu espaço para a companhia de Jesus.

b)    Em seguida, o Duarte da Costa 1553-1558, com respectivos atos; elevou-se o povoado de São Paulo a categoria de vila, cujo os fundadores foram os padres José de Anchieta, e Manuel da Nóbrega, que, a principio criaram o Colégio de São Paulo. Na sua estada no governo os franceses invadiram o Rio de Janeiro,  iniciaram  a França antártica, tentou expulsá-los, faltou-se contingente militar,e recurso bélicos.
c)  Logo, Mem de Sá 1558-1572; seu governo foi duradouro, ações expulsaram-se os franceses do Rio de Janeiro, fez-se desse um povoado militar para combater os franceses, onde se nasceu a cidade do Rio de Janeiro, guerriaram-se com os índios, importaram-se afro-descendente com o fim de resolver o problema da mão de obra.

A França Antártica no Brasil
Esta não aceitará o reinado mercantil português, nem dos espanhóis começaram e querer adentrar nos mercados, sendo que houve guerras no Brasil entre Portugal e França, vejamos quando chegaram no Rio de Janeiro.     

“Os franceses aportaram na Baía de Guanabara em 1555, comandados por Nicolau Durand de Vileigaignon e se fixaram na Ilha de Sergipe, na Baía de Guanabara. Por dez anos resistiram aos portugueses, organizaram um Arraial e construíram um forte, chamado Coligny. Pretendiam garantir a exploração do pau no litoral sul e conseguir um  espaço onde os protestantes franceses pudessem exercer livremente sua religião. Fizeram amizade com os índios Tupinambás que, junto com outras nações indígenas, guerreavam com os portugueses contra sua escravidão. A união ficou conhecida como a Confederação dos Tamoios”.(contido no site França Antártica)   




O pacto colonial

O Pacto Colonial, a Coroa portuguesa, o monopólio baseava-se; a) na monocultura; b) no latifúndio; e c) na escravidão; se destinava a extrair o máximo, do que se tinha, sem que esta planejasse com a reposição dos bens renováveis e, nem com os bens não recaváveis; nem com perdas e danos cometida à população. E, se preocupava com seu império nacional e tudo que podessem carregar, para comercializar não só com a metrópole, ao povo da colônia restaria a servidão vil, e a sumula do árduo trabalho, que ora na época se instituiu.

Como afirma Valadares, Ribeiro & Martins;

”Toda a riqueza produzida pela colônia ia para metrópole, através de impostos e, pericialmente, dos monopólios (pacto colonial), que permitiam a Portugal comprar produtos a preços baixos e vendê-los com lucro no mercado europeu”.(Idem.; 71)

”Mas apesar de explorar intensamente os recursos brasileiros, Portugal  não era o grande beneficiada, transferindo primeiramente para a Holanda, posteriormente para a Inglaterra, os grandes lucros obtidos nas relações com sua colônia. Eram os burgueses holandeses e ingleses que comercializavam as mercadorias colônias portuguesas no continente europeu, numa época onde o grande lucro se localizava no setor de circulação  de mercadorias(mercantilismo comercial) e não na produção”.(Schneeberger& Farago.; p.75-76)

A união ibérica no Brasil e Amapá

Com, a morte de D. Sebastião em 1578; rei de Portugal, e logo seu sucessor o tio-avô o cardeal D. Henrique (cardeal-regente) em 1580; que, sem, deixar herdeiros,  todas as terras da colônia portuguesa, assim como, as de Portugal, ambas passaram para administração da Espanha; antecedendo as suas mortes; e após a da Guerra da Reconquista se casara, em 1469 Fernando de Aragão (rei da Espanha) e Isabel de Castela (rainha de Portugal, viúva de D. Afonso V); essa junção territorial ficou conhecida como União Ibérica. E, o Tratado de Tordesilhas se anulou, as nações, unificadas, abriram-se os caminhos das fronteiras; logo, os portugueses iniciaram a conquista da Amazônia. Em 1616, com um posto militar, o Forte Presépio de Santa Maria de Belém; cujo se objetivou, para defender as costas amazônicas. Iremos evidenciar mais a frente as invasões espanholas no Amapá.

“O povoamento, do Pará começou com a entrada de holandeses e ingleses, mais consolidada com os portugueses. O inicio da formação do Estado se dá em 1616, com a fundação do  Forte Presépio, primeiro marco de construção da cidade de Belém, na época San Maria de Belém do Grão-Pará”.
“O responsável pela fundação foi Caldera Castelo Branco, antigo capitão-mor do Rio Grande do Norte. Para chegar à Belém, ele saiu do Maranhão, chefiando uma expedição de 200 homens, em caravelas - Santa Maria da Candelar, Santa Maria da Graça e Assunção”. (Historia do  Pará)                                   

Isabel I de Castela recebendo a chave de Granada (1492), pelo rei Boadil. Fonte/Wikipéia

           
Fonte/Wikipéia




Invasões estrangeiras nas terras do atual Estado do Amapá

As invasões estrangeiras como as inglesas,  holandesas, e francesas, foram movidas por cobiça  chegaram nas terras do Norte da Amazônia, e todas  sem aceitar o domínio ibérico;  também nas terras do atual Estado do Amapá. E à capitania do Cabo Norte; fatos que conduziram os portugueses a se mobilizarem e se contraporem. Sendo que, em 1627, o governador do Estado do Maranhão, Bento Maciel Parente, foi à Espanha articular, quanto as invasões; e solicitar ajuda, na ocupação do delta do rio Amazonas, e em 1637, a 14 se julho; o rei  Felipe IV, criou a Capitania do Cabo Norte, as atuais terras amapaenses, se adentrando até o rio Nhamundá (atual Peru), segundo fatos por falta de recursos financeiros se deixou a colonização proposta de lado. E, em 4 de setembro de 1641, restaura-se a Coroa Portuguesa.   

A  esse respeito, afirma Santos: 

”Os ingleses, comprovadamente, começaram a incursionar pelas terras que hoje são amapaenses, a partir de 1610. Na década seguinte, em  1623, estavam estabelecidos em duas fortificações denominadas de Tilletite e Uarimuacá, no vale do rio Cajari,(...) Como aliados, ingleses e holandeses, em 1629, sob o comanda de James Pourcel construíam  Forte do Torrego , no rio Manacapuru que, (...) Ainda em 1630, foram iniciados combates contra outros ingleses, liderados por Roger North que, expulso da região de Gurupá, estabeleceu-se entre os rios Matasse e Manacapuru (hoje Vila Nova), construindo o Forte Felipe (Forth North) , (...) guarnição de 200 soldados e vários índios.(...) capitão-mor Jácome Raimundo Noronha e sargento-mor, Manoel Pires Preire, em janeiro de 1631, as tropas portuguesas reiniciaram o ataque ao Forte Felipe.(...) sendo perseguidos pelo capitão Aires de Chichorro, que ainda conseguiu aprisionar outros invasores ingleses.(...) a pretensão britânica de se estabelecer-se na Amazônia. Em 1632, uma companhia da Inglaterra, presidida pelo duque de Buckingham, enviou à região uma explorarão comandada por Roger Fray, que construiu um reduto fortificado, denominando-o de Forte Camaú, com ajuda de índios nheengaybos, aruans e tucujus. A reação luso-brasileira foi avassaladora. Sob o comando do capitão-mor Feliciano Coelho de Carvalho, primeiramente atacaram os índios nheengaybos, cujos os sobreviventes refugiaram-se no fortificação. No dia 9 junho, o capitão Pedro Baião de Abreu, com 10 soldados e 250 índios tucujus,mas(...) escapado do cerco, numa nau, para ir ao encontro de reforço  de 500 homens que viriam da Inglaterra, o qual jamais chegaram. No local do forte Camaú,(...) em 1688 foi construída a Fortaleza de Santo Antonio. Governava o Estado do Maranhão e Grão Pará, Artur Sá de Menezes, no cargo desde 26 de março de 1667, restabelecendo por determinação real, e a sede em São Luís, a qual desde 1636, vinha funcionando em Belém”.  (Idem., p. 13-15)

Reiterando, Morais & Rosário:

”Em abril de 1628, com 112 colonos da Companhia das Guianas com sede em Londres, o navegador Jemes Purcall, profundo conhecedor da Amazônia, lançava as bases de um forte, o qual denominou de Torrego, dando início a uma plantação de tabaco na Amazônia. No ano seguinte fundaram outro forte no litoral de Macapá, o qual os ingleses “batizaram” de North”. (Idem, p.20)

Nesta égide comenta Lins;

”Partindo de Belém no ano de 1623, Parente iniciou a construção de uma casa forte na feitoria do cajari, cuja terras hoje pertencem à Jarí, sendo que a casa forte foi depois destruída pelos holandeses que já ocupavam a região. Ainda na área do rio Cajari (atuais terras do Jarí), no ano de 1625 Pedro Teixera e outros companheiros apoderaram-se de um fortim que os ingleses mantinham entre os índios Tucujus. Nas proximidades da Jarí, no rio Xingu, que esta situado ao sul de Monte Dourado (hoje município de Vitória do Jarí), no ano de 1623 Luiz Aranha de Vasconcelos atacou fortes de Orange de Nassau, que pertenciam aos holandeses. A dificuldade dos portugueses em expulsar holandeses e ingleses só foi superada quando Bento Maciel Parente conseguiu fundar o forte Santo Antônio de Gurupá, que era na realidade o ponto mais avançado da Coroa Portuguesa na Amazônia, a sudeste de Monte Dourado. Em 1627 Parente enviou um detalhado memorial à Coroa Portuguesa, demonstrando a grande dificuldade de manter a imensa área como a da Amazônia, sugerindo que o mesmo fosse dividida em capitanias. A sugestão foi benéfica para parente; o mesmo foi agraciado por cartas régias de 13/03/1634; 13/08/1636 e de 9/07/1645; com a Capitania do Cabo Norte, que se estendia do rio Surubi(no município de Alenquer) até o Oiapoque, na divisão do Amapá com a Guiana Francesa, e era limitado a oeste pelo rio Parú, tendo como sede a vila de Iauacuara, que é hoje cidade de Almeirim. A Capitania do Cabo Norte foi fundada no dia 14/07/1639(...) Porém, em 1638 Parente havia fundado o forte do Desterro(...)” (Ibidi.14-15)  

A França no século XVII no norte do Brasil

O rei da França, Henrique IV, em 1605; se mostrou interessado pela região amazônica, querendo se fincar; nas terras da colônia, com olhos no Maranhão, a segundo pelo  Amapá. Posteriormente, na América do Sul se denominou de França Equinocial  ; do latim equinoctial significa “com noites iguais”. Os religiosos franceses que se aproximaram dos indígenas, logo com suas habilidades se tornaram amigos, bem como os militares patriotas; por isso foram perseguidos.
    
“A França Equinocial começou em 1612, quedo a expedição francesa partiu de Cancele ( Bretanha,França) sob o comando de Daniel de la Touche, Seigneur de la Ravardière. Transportando 500 colonos, a expedição chegou a costa norte do que é hoje em dia o estado do Maranhão. De la Raverdière descobrira a região em 1604, mas a morte do rei adiou seu plana de colonização. Os colonos fundaram um vilarejo, que eles denominaram “Saint Louis”, em honra ao rei francês, Louis IX. O nome transformou-se em “São Luís em português, é a única capital de estado  brasileira fundada por estrangeiros .”São Luís” é a tradução do nome original(...) Em 8 de setembro monges capuchinhos rezam a  primeira missa, e os soldados começam a construir um forte.(...) a nova colônia não foi originada devido à fuga de perseguições religiosas aos protestantes”.  (contido no site França Equinocial)

 Em, 1691; o governador de Caiena, marques de Ferrolles, Pierre E´Leonor de La Vile; mandara uma carta ao governo português do Estado do Maranhão, cuja mencionava o rio Amazonas como limite, entre a Guiana e o Brasil, o desejo, de se possuir a terra foi concretizada; logo houve reações, após os fatos o diplomacia.
  
“Em 1697, em uma ação audaciosa, os franceses penetraram nas terras do Cabo Norte (especialmente nas terras do Amapá) intimidando os portugueses a abandonarem as fortificações construídas acima da margem esquerda do  Amazonas(uma em Macapá e outra no Peru). Segundo o governador de Caiena a terra pertencia à França”.(Morais & Rosário, p.22)  

“Ainda em 1697, organizou-se uma expedição para expulsar os invasores franceses. Comandado por Francisco de Souza Fundão, uma tropa de 160 soldados e 150 índios que se posicionou na ilha de Santana e iniciou os ataques. A essa tropa juntou-se outra, comandada por João Muniz de Mendonça. Os franceses sitiados somavam 43 soldados e após a morte de 11 deles, rederam-se. Os sobreviventes levados para Belém e expulsos para Caiena”. (Santos, p.15)

Um outro nome para a Capitania do cabo Norte. E Portugal no Brasil e  Amapá

Portugal desvinculou-se da Espanha ( se desfaz a união ibérica); e os portugueses ,  que aqui estiveram, reiniciam a colonização, no Cabo Norte passaram a povoá-la por Macapá; mesmo que lentamente, e com moldes militares; como aqui havera, uma grande nação de índios Tucujus,  logo, denominaram de Terra dos Tucujus ou Tucujulândia  e, oficialmente como Província dos Tucujus.
 A questão entre França e Portugal; foram a vínculos de tratados, apos lutas. O governador do Maranhão e Grão Pará, João de Abreu Castelo Branco, pediu brevidade na construção dum forte  no povoamento, na foz do Amazonas; baseava-se que local seria ponto marítimo estratégico,e combater os franceses; reivindicação reiterada pele seu sucessor Francisco Pedro de Mendonça Gurjão ao rei Dom João V. Porém, foi concretizado no bojo do governo de Francisco Xavier de Mendonça Furtado(também governador do Maranhão e Grão Pará) , responsabilizou-se pela colonização, e elevar o povoado, em 4/02/1758, a categoria de Vila de São José de Macapá. E, logo compôs a Câmera Municipal; empossando os vereadores Domingos Pereira Cardoso, Feliciano de Sousa Bentacort, Francisco Espíndola; Antônio Cunha Davel, Thomé Francisco de Bentecort e Simão Caetano Leivo.      

Fonte: SANTOS – Geografia do Amapá  - Capitania do Cabo Norte (p. 12)

1 -  Tratado provincional, em 4/03/1700; de um lado o representante de Luiz XIV, da França; Pierre Rouillé; e de outro, os de Portugal, Dom Nuevo Álvares Pereira, duque de cadaval, general Gomes Freire de Andrade e Mendo de Foyo; a área do Cabo Norte ficou como contestado, e determinava-se a  neutralidade; com a assinatura, o forte de Santo Antonio, que deste 1688, ali estava tinha que ser abandonado, sem nada, neste ser edificada, mas ambas podiam transitar livremente.
2     - Tratado de Utrecht, em 11/04/1713; que manteve o Rio Oiapoque (Vicente Pinzon) proibira qualquer transito comercial dos franceses em lados legalmente de Portugal.
3     - Tratado de Madri; assinado em 1750; ponha fim a união ibérica, se legitimava a  posse de terras, que novamente seriam da Coroa Lusa

“Asseguro aos portugueses os domínios (...) voltaram a se estabelecer na região, em 1738, posicionando em Macapá um destacamento militar. Governava o Estado do Maranhão e Grão Pará, João de Abreu Castelo Branco, (...)” (Santos, p. 17)


A construção do forte em Macapá

“Ouvindo  o conselho ultramarino, baseado nos relatos do governador capitão-general do Pará, João de Abreu de Castelo Branco, D. João V emitiu uma carta régia para que fosse instalado um forte à margem esquerda do rio Amazonas, para vigiar o movimentos dos franceses e garantir a posse da terra”.( Morais & Rosário, p.26)

A construção, do forte, foi iniciada, em 26/06/1764; pelo governador do Maranhão e Grã Pará; capitão-general Fernando Costa Ataíde Teive, com a planta do engenheiro Henrique Antônio Galúcio, construíram-no morosamente,  e com trabalhos escravos de negros e indígenas; os aborígines usavam canoas para transpor as pedras advindas do Rio Pedreira; com a morte do engenheiro em 27/10/1769 de malaria assim coma muitos, que conseguira instalar 64 dos 101 canhões; e também de D. José, sua herdeira empossada suspende as verbas; quem assumira os trabalhos, e continuaram foi o capitão Henrique João Wilckens, até a chegada do engenheiro sargento-mor João Geraldo Gronfelts que terminou a obra; sua inauguração foi em 19/03/1882 na administração da Província  estava José Napolles Tello, atualmente é conhecida como Fortaleza de São José de Macapá; os seus bastiães foram chamados Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus, sendo que eles protegem os quatros pontos da fortaleza; ainda apontam, os pontos cardeais terrestres . 
  
Fonte: SANTOS – Geografia do Amapá (p.10 as fortificações)
1. Forte de Orange e Nassau
2. Forte de Marioca
3. Fortins de Cumá e Caeté
4. Forte Presépio ou Castela (Belém)
5. Forte de Santo Antonia de Gurupá (Gurupá)
6. Fortes de Murutu, Nandiutuba, Torrego e Felipe
7. Fortes de Cumaú
8. Fortes  de Desterro e do Toere
9. Forte do Araguari
10. Forte de São Pedro Nolasco (Belém)
11. Fortaleza desão José da Barra de Rio Negro (Manaus)
12. Fortaleza da Barra (Belém)
13. Forte Sato Antônio de Macapá
14. Forte de Rio Bataboute
15. Fortaleza de Santarém ou Tapajós
16. Forte de Óbitos ou de Pauxis
17. Forte de Parú (Almerim)
18. Fortim e Bateria de Ilha de Periquitos (Belém)
19. Casa Forte do Guamá (Ourém)
20. Vigia do Curiau
21. Forte São Gabriel (Guapés)
22. Forte São Joaquim (Rio Negro)
23. Forte Forte de Cucuí (Marabitanas)
24. Fortaleza de Macapá
25. Forte de Tabatinga
26. Forte de Nossa Senhora da Conceição
27. Reduto de São José (Belém)
28. Bateria de Val-de- Cans (Belém)
29. Forte do Príncipe da Beira
30. Forte do Cabo Norte
31. Forte São Joaquim
32. Forte de Nossa Senhora de Nazaré (Tucuruí)
33. Fortes  do Cabo Norte
34. Bateria de Santo Antônia (Belém)
35. Forte da Ilha dos Periquitos (Belém)
36. Forte de Cachoeira de Itaboca
37. Vigia de Ilha de Bragança    

A influencia, napoleônica na Terra  do(s) Amapá(s) e a volta da França

O governador do Maranhão e Grão Pará, Alexandre de Souza Freire, resolveu mandar uma tropa de guarda-costas  ao Oiapoque. Alguns se agitaram, e construíram fortins na parte francesa, que se acalmaram evitando o conforto direto e as possíveis baixas para ambas as partes. E, em 1797; o imperador Napoleão Bonaparte (sua volta política, durou até 1815, com a  Batalha de Waterloo; quando os ingleses o depuseram; em 1821, faleceu no exílio na Ilha de Santa Helena; num ponto do Atlântico) e  determina que o limite entre o Brasil e a França, seja feito pelo rio Calçoene; em sua ânsia de domínios, pretenso em conquistar-se a Europa, e uma grande potencia imperial da sua época  a Inglaterra com sua incrível armada; sem render-se ao Imperador franco, o qual decreta o bloqueio continental; e força a Coroa lusa vir ao Brasil.

a) O Tratado de Badajoz, assinado em 6/06/1801; determinava que a fronteira entre franco-luso, seria pelo rio Araguari; ainda pagou-se a Napoleão 15 milhões de francos-ouros.

“Só a Inglaterra, com sua poderosa marinha e a proteção natural pelo fato de ser uma ilha, não se rendia aos franceses. Por isso, em 1806, Napoleão decretou o “Bloqueio Continental”, fechado todo o continente europeu para os produtos ingleses”.( Valadares e et. oll, p.32)
“Em 1808, Napoleão invade Portugal e Espanha, depõe o rei Carlos V e coloca no trono espanhol seu irmão, José Bonaparte”.(Idem,  p.33)
“A dependência econômica-financeira de Portugal determinou sua opção. Em outubro de 1807, o representante inglês Lord Stragford e o representante  português, D. João VI, assinar um tratado secreto que previa ajuda britânica para que a família real portuguesa e a corte abandonassem o país fugindo das tropas napoleônicas”.(Idem, p.81)

b) Ainda na era napoleônica, em 28/08/1811, em Paris se assinou a convenção para devolver a Guiana até o Oiapoque, entre 4º e 5º graus de latitude norte; devendo cada um remarcar seus limites.

O  fim Império Napoleônico  e os  franceses no século XIX no Amapá

A França com fim da era napoleônica, tendo um pensamento reorganizar–se, assim como a monarquia,  reiniciaram as invasões na capitania do Cabo Norte (Província dos Tucujus) entre o período de 1835 a 1840; com a intenção reconhecer os recursos  geo-físicos-políticos e demográfico, além de nortear pontos que viabilizasse a articulação com Caiena. Diante, das ações, em 1853; o senador Candido Mendes de Almeida, pede na Assembléia Nacional, a criação da Província do Oiapoque ou Pinsônia; no governo do Brasil de D. Pedro, seu pedido foi recusado.
Ainda, em 1885; no governo de D. Pedro II; uniram-se franceses, brasileiros e crioulos da Guiana Francesa que instituem a República do Cunany na área em contesto e hasteavam as bandeiras francesa e brasileira; esses, segundo; movidos pelo interesse da França (Guiana Francesa).

A república no Amapá

 Na época do presidente Prudente de Morais, em 1894, Germano Ribeiro e Firmino descobrem ouro em Calçoene; fato quão moveu a ambição francesa fundamental os de Caiena, dominaram; e  escravizavam mulheres, perseguiam índios, a baixa densidade demografia brasileira, a dependência  de Belém, e  o entreposto comercial da Franca tornaram a área uma confusão, esta também atraía pessoas inescrupulosas, das outras regiões. Continuando, os rebelados de Cunany empoçam Trajano como governador, brasileiro já fora escravo.
E, perante os acontecimentos, em contra partida, no lado de Portugal no povoado de Amapá (Município de Amapá) se forma uma junta governativa, o Triunvirato, eleitos pela representatividade do povo que; compôs-se por Francisco Xavier da Veiga Cabral (1º secretario, e o líder ), Cônego Domingo Maltez (presidente) e Desidério Antônio Coelho (2º secretario) suas diretrizes eram centralizar nas terras do Amapá uma política auto-suficiente  militar, tributário, e civil-social. Entretanto, fez o delegado de Caiena, e governo de Cunany; este deixou de hastear a bandeira do Brasil na área do contesto; quando este adentrou no povoado de Amapá foi preso por autoridades que se constituíram.

Fonte: SANTOS - área do litígio (p. 14 )

“Trajano, como governador, passa a desrespeitar a autoridade do Triunvirato, desenvolvendo perseguições aos mineiros nacionais (...) Neste momento Francisco X. da Veiga Cabral passa a ser autoridade máxima do triunvirato, manda prender Trajano (...) Na verdade, o pretexto (...) antes hasteara as duas bandeiras (francesa e brasileira) cessara de hastear a ultima (...) ”(Morais & Rosário, p.32)

Tentou-se, resgatar Trajano, no data de15/05/1895, rapidamente M. Charevim, o governador de Caiena; mandou a fragata Bengali; ao comando  capitão Lunier; sobre seus comandados o oficial Aldibert e 130 soldados, com a função de capturar Francisco X. da Veiga Cabral, mas esse foi avisado pelos compatriotas; que logo reuniu uns 13; segundo relatos, o comandante francês ia ao seu encontro, ao encontrá-lo discutiram, e quis agredi-lo; mas Cabralzinho, segundo E. Vidal Picanço;  tinha este apelido, por que sua estatura seria de 1.5m, além de ter  um temperamento explosivo, era capoeirista hábil; com avidez conseguiu desarmá-lo e matá-lo; subjaz muitos mortos, no lado brasileiro, vitimas da reação dos outros comandados. Restando refletimos a respeito do ato, que culminou na reação. Afirmando Raiol: ”O ouro sintetiza o jogo de interesses político-econômico, aparece, dessa maneira, como  o grande propulsor do conflito de 1895 que culminou no ataque francês, deixando um rastro de saques, incêndios e mortes de mulheres, velhos e crianças”( contido no livro de Morais & Rosário, p.34)
Diante dos fatos, e estudos descreve Edgar Rodrigues. ”Era uma quarta-feira, 15 de maio de 1895. A população adulta se encontrava nos seus afazeres diários , seja no campo, tomando conta de gado ou das “tarefas da roça”. Cabralzinho encontrava-se em sua casa descansando, próximo à igreja,(...)  Os franceses desde de cedo vinham subindo o rio Amapá Pequeno, a bordo da canhoneiro Bengali, que era pilotada por um brasileiro de nome Evaristo Raimundo. O comandante era o capitão-tenente Lunier e a missão tinha a finalidade de prender cabralzinho caso  resistisse à ordem de soltar Trajano. Os invasores desembarcaram às 9 horas e foram em sua direção(...) a casa foi cercada por uma patrulha enquanto outra vinha de outro lado(...) As declarações de Lunier foram ouvidas(...) formou-se um combate. Com poucos minutos os amigos ouvindo de Cabral começaram a vir, e oitenta homens , comandados do capitão Lunier, começaram a brigar desordenadamente, talvez pela morte de seu comandante, e preocupados também com a baixa maré que provocaria o encalhe(...) Se cabralzinho matou ou não Lunier com sua própria pistola já não interessava . A reação dos brasileiros e o massacre de amapaenses(...) O jornal paraense “Diário de Noticias”, em 12 de junho de de 1895, quase um mês depois do ocorrido publica a relação das vitimas do massacre, (...), O governador francês reconheceu a responsabilidade  de Mr. Charvin (...) em 15 de maio de 1895. O afastamento (...) De 1896 à 1897, Cabralzinho  percorre o sul do país como herói nacional e defensor da pátria. O fato só foi resolvido com o Laudo Suíço expedido pelo presidente Walter Hauser, em 1º de dezembro de 1900”.(contido no site ap. gov )         

A França no século XX no norte do Brasil

A questão do massacre gerou discussões, na capital brasileira (na época Rio. de Janeiro) cuja o presidente do país era Campos Sales, primeiramente irritação na francesa (Paris), conduzindo o acontecimento ao conhecimento internacional; proporcionando a relação diplomática do direito; e em 01/12/1900 assinaram o Laudo suíço ou Laudo de Berna, corrigindo o contestado e adicionou-se  nas terras do Brasil 225.000 km², limitando-se o Rio Oiapoque como a  fronteira  entre as nações. E, no dia 25/02/1991 a área fundiu-se as terras brasileiras, e legitimando-se como Município de Amapá em 22/10/1901  incluíndo-lhe ao Pará. O litígio também foi um marco para que o Brasil ter definitivamente seu limite territorial, que aos poucos ia se consolidando como pais independente democrático e juridicamente em toda sua amplitude.    
                 
O Estado do Amapá

Passado o regime militar, assim como a era da ditadura; mas gradativamente os direitos civis estavam mesmo que morosamente tomando seu lugar, as cobranças da Unesco, ONO dentre outro vinham pondo a baila e, suscitou o repensarmos nas ações Estatais, quão nas arbitrariedade do regime militar; a sua lei de suberversividade    suprimiu os pensamentos e manifesto oposto a esse, porém a constituição de 1988 rompeu velhos antagonista, e expunha os direitos civis e a formação dos Estados e Municípios.”Em 1990, no inicio do Governo Collor, teve inicio a discussão internacional sobre um plano decenal para os paises mais populosos do primeiro mundo. Proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação , E a Ciências e a Cultura (UNESCO), pelo fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Mundial (BM), O Plano Decenal de Educação de Educação para Todos foi editado em 1993 e não saiu do papel”. (Libâneo, p. 156)
Diante do exposto, se observa que priorizava a criação dos municípios para que fosse possível o repasse de verbas para as esferas Estadual e municipal; porém a  aplicabilidade  foi lentamente.
 A Constituição de 5 de outubro de 1988, direcionou a formação dos Estados e municípios com todas as suas autonomias, que, também teve alguns de seus artigos com as emendas de 92 retificados; as emendas justifica-se em dá maior clareza de entendimento para que se possa destinar as políticas. Com o fim dos governos militares instaurou-se as diretas já, com foco educacional de, Ulices Guimarães e Tancredo Neves.”(...) o ‘governo Tancredo’ pretendia para educação nacional, privilegiou-se uma estratégia de repasses aos Estados e Municípios, com objetivos de clientelas(...) (Kuenzer, p.56)                                                                                                               Assim, para que o Territórios do Amapá podesse fazer parte dos Estados da República Federativa do Brasil; precisaria ter  o seu limite territorial reconhecida; bem como sua Constituição Estadual em consonância com a Constituição Federal, as gerencias  políticas , orçamentária, fiscais, atribuições, competências, dentre outras, e direitos a cidadania; e para, se receber os repasses de verbas; e primordialmente precisaria de um governo  democrático: e leito pelo voto democrático. Diante disso segundo Morais&Morais; “ Após a  posse de José Ribamar Sarney assumi e governo no Amapá,  Jorge Nova da Costa, no período de 04/04/1986 à 18/13/1988, é exonerado do cargo . Porém(...) recorre à justiça para permanecer; ficando até abril de 1990 (...) Enquanto o em passe persistia, assumiu o Governo do Estado Tenete-coronel Doly Mendes Boucinha. (...) Jorge N. Costa não consegue retornar ao governo.(...)Boucinha, permaneceu no cargo de abril a maio de 1990.(...)  O advogado Gilton Garcia em 1990, antes de assumir o governo do Amapá, era chefe da Assembléia Legislativa da Presidência da República.(...), nomeado pelo presidente Fernando Collor de Melo , governou o Amapá de 25 de maio de 1990 a dezembro de 1990.” (Idem, p.29-32)     
Porém o Estado do Amapá teve um Governo eleito pelo povo em 5 de outubro de 1990; o Aníbal Barcellos, o qual tomou posse em 1 de janeiro de 1991. Observemos uma Lei Federal para refletirmos.
”§1º - A instalação do Estado dar-se-á com a posse do Governador eleito em 1990.
“2§ - O presidente da Republica  ate quarenta e cinco dias após a Promulgação da Constituição, encaminhará  à apreciação do Senado Federal, o nome do Governador do Estado do Amapá, que exercerá o Poder Executivo até a instalação do Estado, com a posse do governador eleito”.(contido em Morais & Morais, p. 31)   

Vimos, que a criação de municípios dava a possibilidade de empréstimos Internacionais, para investimentos educacionais; educação lapidada pelo regime autoritário   militar, assim no Estado do Amapá e,em 1992 criou-se Amapari, Cutias do Araguari, Itaubal, Porto Grande, Pracuúba, Serra do Navio.

Os municípios do Estado do Amapá  são:
Amapá (1943)                                  Amapari (1992)                   Calçoene (1956)
Cutias do Araguari (1992) Ferreira Gomes (1987)      Itaubal do Piriri (1992)
Laranjal do Jarí (1987)       Macapá (1943)                                Mazagão (1943)
Oiapoque (1945)                 Porto Grande (1992)                      Pracuúba (1992)
Santana (1987)                   Serra do Navio (1992)        Tartarugalzinho (1987)
 Vitória Jarí (1994)
O mapa político do Estado do Amapá.





Os símbolos do Estado

As Armas
I – No ápice a estrela branca e as e as quinas amarelas simboliza o surgimento de as um Estado da Nação. A cor branca simboliza a pureza, a serenidade a paz. O amarelo as nossas riquezas. 
II – Abaixo, a faixa com o lema “ Aqui começa o Brasil”.
III – Na parte superior do Brasão, nos flancos direito e esquerdo, são apresentados o formato da fortaleza de São José de Macapá.
IV – Contido dentro do Brasão formatado aos dos nobres, no lado direito do semi-circulo se  encontram raios que norteiam à capital do Estado do Amapá.
V – O raio que se centra no Brasão, representa a linha do Equador a, quão separa os dos hemisférios norte e sul, e o único Estado por ela cortado com latitude a longitude 0 grau da mesma.
VI – No interior encontra-se o mapa geográfico do Estado do Amapá, indicando a riqueza do e no solo e subsolo, o amarelo representa as riquezas minerais; ainda a junção da crença nas ações.
VII -  Também no centro a árvore que deu o nome ao Estado, o amapazeiro; o qual se extrai o leite tal com a madeira nobre.
VIII – O verde ao pé do amapazeiro,  representa, os férteis campos.
IX – Os 25 raios abaixo da linha do equador representa a honestidade, a obediência à lei e à autoridade, a desilusão, a tristeza, a aflição e a morte.
X – As ramas amapazeiro com dos flancos, unido a uma fita branca; a qual representem o padroeiro Divino Espírito Santo ambos com a função de proteger o Estado.              



                       



A Bandeira.

O símbolo se objetiva em mostra as aspirações do povo, traduz  a sua historicidade e tudo que na pátria há. O seu formato é retangular.
I – O azul representa o céu amapaense e a justiça.
II – O verde representa a floresta nativa e seu ótimo estado de preservação, aproximadamente 90%, assim como a esperança, o amor, a liberdade e o futuro em abundancia.
III – O amarelo a união e a riqueza do solo.
IV – O branco a paz e harmonia, onde todos possam se unir e moldar o Estado e lapidar as diferenças; de maneira que todos possam participar  da construção da cidadania.
V – O negro indica o luto por aqueles que se foram, mas deixaram sua contribuição para uma sociedade mais justa.

                                  
                       





O Hino

Traduz a história de um povo de uma forma sucinta,  os feitos heróicos ; assim como descreve e exalta nossa Terra. E, denomina-se “Canção do Amapá”; cujo o autor é Joaquim Gomes Diniz, sobre o arranjo do Maestro Oscar Santos.


Eia povo destemido
Deste rincão* brasileiro.
Seja sempre teu grito partido
De leal coração altaneiro*
Salve o lindo torrão do Amapá
Solo fértil de imensos tesouros
Os teus filhos, alegres, confiam
Num futuro repleto de louros*

Refrão
Se o momento chegar algum dia
De morrer pelo nosso Brasil
Hão de ver deste povo a porfia*,
Pelejar* neste céu cor de anil*
(bis)


Heia povo herói, varonil*
Descendente da raça guerreira
Ergue forte , leal, sobranceira*,
A grandeza do nosso Brasil     
Salve o rico torrão* do Amapá
Solo fértil de imensos tesouros
Os teus filhos, alegres, confiam
Num futuro repleto de louros



Os índios e o povo brasileiro



Os nativos brasileiros tinham o seu modo de viver e sua cultura distinta, denominados de povos primitivos, têm sua educação; os seus conhecimentos advindos dos elementos da natureza; ainda lutam pela demarcação das suas terras; apesar de muitas já serem o reconhecimento legal, sua  problemática teve inicio a mais de   quinhentos e tantos anos; essa distorção se fomentou nos bancos escolares; desprezamos o aprendizado na medicina, língua, culinária, e respeito ambiental; ainda fizeram destes grupos étnicos      prepassaram como vilões na historio do Brasil.
O imperialismo absolutista teocrático que ora se instaurou no Brasil deixou marcos profundas, sendo  iniciada as conquistas, visão do índio como símbolo da pureza e do paraíso, conduzida pelos religiosos; indubitavelmente esses também deixaram sua contribuição, mas suas virtudes catequéticas cristã  compactuou para tolheram pensamentos e vidas. Porém acredita-se que por causa dos jesuítas que ainda há alguns grupos indigenas. Segundo Décio Freitas, os jesuítas fizeram com que os indigenas descobrissem novas tecnologias e não morressem de fome. Diz que, no fundo, os padres criaram colônias socialistas, onde todo mundo trabalhava, nem mesmo os próprios jesuítas, tinha mais dinheiro e poder que os outros. No ano de 1641,  prevendo um novo massacre de índios por bandeirantes; nas margens do rio Mbororé, afluente  do rio Uruguai, fronteira entre Brasil e Argentina, um grupo de caçadores de índios, liderados por um bandeirante chamado de Jerônimo Pedroso de Barros; apareceram na aldeia guarani em 130 canoas, os padres jesuítas que ali viviam , que já sabia pegar em armas para resistir; pelos religiosos orientados; e carregando a bandeira de São Francisco de Xavier, os nativos usaram até canhões feitos de taquara botaram os paulistas para correr. ( revista da editora Abril, p.12, 2007)          
 Na fase escravocrata, a força das armas se proclamou, a violência foi uma vertente, se justificaram em ser donos de tudo que no Brasil estava e cometeram genocídios; conclamaram o nativo como cruel e antropófago; porém este apenas lutava pela sua liberdade e pela sua vida; acabaram por ser inimigos da Coroa, por serem gentios foram caçados, torturados; precisamos quebrar as  ações malévola que ainda tendem a viver na sociedade. Diante das interface comenta Augusto: “ Filhos de portugueses com mulheres da terra, os bandeirantes eram parecidos com os índios. Os bandeirantes aumentaram o tamanho do nosso país, mas também provocaram um rombo de população. Eles mataram e prenderam tantos índios que nosso interior focou bem vazio. Com isso,(...) ficou sem escravos fáceis de caçar. Foi então que começaram a fugir, para valer, os    grupos de bandeirantes, que procuravam índios onde quer que eles estivessem.Sempre descalços, os bandeirantes usavam arco e flecha, espadas e arma de fogo. Tinham armaduras de couro de anta e camisas de algodão cru. Eles começaram pelo Sul do Brasil. Em 1628, Antonio Raposo Tavares liderou uma expedição contra os índios guaranis viviam pacificamente com os padres jesuítas  - as chamadas missões. Quem resistia aos ataques morria na hora, e os reféns muitos idosos eram largados no meio do caminho de volta. (...) foram para o Planalto Central. Mas os índios estavam pronto para a luta. Até o grupo de Raposo Tavares chegou à Belém do Pará ”. (Idem, p. 10-13)      
A esses que se foram e deixaram o seu legado cultural, vamos repensar na sociedade onde todos aprendam a viver igualmente, e com as diferenças etno-cultural, a quem esses também nos ascendem, precisamos vê-los como parte de um todo e constituirmos, verdadeiramente como povo brasileiro, mas também como parte integral de nosso tronco humanístico da sociedade global.

As políticas indígenas

Tomaremos como ponto de partida  dois  acordos escritos, entre Portugal e Espanha;  a Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas, fixou-se uma linha fictícia, e esta repartiu o mundo em ocidente e oriente, dividindo a conquista do  mundo, e   garantira a posse do   Brasil; e tudo que nele estivesse, nas caravelas alguns índios foram levados à Europa os capitães após a relação amigável deixava alguns entrar no transporte e o levava embora, deram-lhe de “apreensão voluntária”, outorgando esse tipo de ação militar.
Na colônia  se utilizou de mão de obra indígenas, os missionárias abriram as portas a sua catequese moldou o pensamento a forma de se compor; a sua cultura xamânica foi combatida, como se a Cristã fosse a única e absolutamente verdadeira; esse fé também desprezou sua forma entenderem DEUS, eles tirarem suas indagações sobre o mundo e a existência da vida, porém seus  deuses estavam presente em todas as partes da natureza ainda existente até hoje, os missionários estrangeiros uns continuam com a prática desprezam o pensamento de cada civilização; entretanto há outros que expõe a virtude cristã com serenidade e calmamente respeitando a relação que cada povo estabeleceu com seu deus (deuses), assim como muitos jesuítas  da época colonial; logo o conhecimento nos transforma; não somente  o de base cientifica; o de cristo contudo quando acomodamos tal saber nossas atitudes direcionam se a novos contextos .
O primeiro passo se tornara a conquista ideológica, com aproximação gradual conhecendo a cultura e o intercambio de conhecimentos; o qual se consolidou num trabalho agrícola e amigável nas missões, algumas dessas organizavam os tipos de produtos e quantidade a serem plantados. Mas, haja vista a imposição na forma como se conduziam os trabalhos culminou nas Guerras Justas instituída. Logo, menciona Gomes;” guerras justas – declaração de  a parti da decisão feita que determinava pela justeza da  guerra que se pretendesse efetuar contra determinado povo indígena. Os principais critérios para isso era : 1 que os índios punham empecilho à propagação da fé católica;  2 que atacassem povoados ou fazendas portuguesas; 3 que eram antropófagos; 4 que eram aliados de inimigos portugueses;” .(Idi. p.,60)
 Para tanto se criou um conselho intitula do a junta das missões, composta por bispos e capitães –mor oficiais do rei , a qual decidiam as questões indígenas.   
 
Observaremos alguns transcritos de leis coloniais do Império e da Republica para reflexão, no rol dos índios contidos Políticas Indigenista; (Idi. p.69-86)
Regimento de Tome de Souza, de 15/12/1448.
- Recomenda a paz com os índios para que os critãos possam povoar o território. Guerra aos inimigos. Ajuntamentos de aldeias próximas aos povoados critãos para melhor doutrinarem.

Lei de 20/03/1570, sobre a liberdade do índio.
- Reagindo às práticas de escravidão indiscriminada, proíbe o cativeiro dos índios, salvo os tomados nas guerras justas feitas só com a licença do rei ou governador. Afirma os critérios de guerra justa menciona os Aimorés, em particular, como alvo das guerras planejadas.

 Lei de 24/03/1587, declara quais podem ser cativos.  
 - Baseia-se na lei de 1570, proíbe excursões ao sertão sem a autorização do governador e de padres jesuítas. Regulamenta a repartição de índios “persuadidos” a virem a costa para trabalhar nos engenhos e fazendas.

 Lei de 11/11/1595, “sobre não se podem cativeiros gentios das partes do Brasil, e viverem em sua liberdade, salvo no caso declarada na dita lei”.
- Revoga a lei 1570 e proíbe guerra e cativeiro, salvo por expressa licença do rei. ”(...) Quero que aqueles que contra quem eu não mandar fazer guerra vivam em qualquer das ditas partes em que tiveram na sua liberdade natural, como homens livres que são (...)“.

 Alvará e Regimento de 26/07/1596
- Regulamenta o papel dos jesuítas nos descimentos dos índios e na  do seu trabalho nas fazendas, pelo período máximo de dois meses, seguidos de igual período de folga. Cria cargos de procurador e juiz ordinário dos índios. Determina que coube ao governador alocar áreas dos índios, que são aqueles aproveitados pelos capitães.

 Lei de 30/07/1609, sobre a liberdade dos gentios da terra.
- Confirma a Provisão de 5/06/1605, e os termos do Alvará de 26/07/1596. Proíbe os capitães-gerais de exercerem qualquer poder a mais sobre o índio do que já exercem sobre outros homens livres. Reitera a libertação dos índios cativos.

Lei de 10/09/1611 declara a liberdade dos gentios do Brasil, excluindo os tomados nas guerras justas, renova as leis anteriores.
- Renova as guerras justas pelo governador em junta com o bispo, desembargadores e chanceler, e os prelados das ordens religiosas, sob a aprovação do rei (...)
Cria o oficio de capitão, substitui o juiz ordinário, para administra as aldeias, as quais devem esta um padre residente.
  Estabelece o número de 300 casais por aldeia de índios descidos do sertão.  

Lei de 1/04/1680.
- Declara a liberdade dos índios, conforme a lei 1609.Continua as guerras justas e o aprisionamento de índios, porém...”como as pessoas que tomam na guerra de Europa” Dá pleno poderes aos jesuítas (...)onde haja índios que não queiram “descer”.(...) os índios deveriam ser governadas por seus chefes e o pároco local. A reparação dos índios  

Carta regia de 21/12/1686 ou Regimento das Missões.
- Dá poder espiritual e real a jesuítas e franciscanos pelas aldeias e missões criadas nos rios e sertões da Amazônia. (...) proíbe a presença de não índias. Ordena que as aldeias tenham 150 casais e, no caso de povos indígenas de diferentes culturas(nações) descidos para um mesmo local que sejam alocados separadamente. Regulamenta a repartição de índios entre moradores das missões.

Provisão de 12/10/1727
- Proíbe o uso da língua geral, manda ensinar a língua portuguesa nas povoações.

Alvará de 13/05/1757 ou Diretório de Pombal.
- Reitera a retirada dos poderes temporal e espiritual dos jesuítas. Concede liberdade para todos os índios. Favorece  a entrada de não índios nas aldeias, incentiva o casamento misto, cria vilas e lugares (povoados) de índios e não índios. Nomeia diretórios leigos. Promove a produção agrícola e cria impostos, Manda demarcar áreas indígenas. Proíbe o ensino das línguas indígenas e torna obrigatório o português.  

Conforme  Gomes, das  leis portuguesas; “O numero de  alvarás e cartas régias dirigidas aos governadores e capitães-gerais é bastante maior e diversificado. Muitos diziam respeito as questões locais especificas de certos grupos indígenas, sem maiores conseqüências sobre as demais”.
Podemos pensar nas leis, e nas  coisas opostas a qual culmina em lutas; basta criarmos nossas hipóteses e tentá-las redescobri-las, no momento em que a lei foi criada havia algo como empecilho, que iria de encontro com o querer de alguém. O qual se utilizava de estratégias, para galgar o seu  querer, se situarmos no momento histórico da lei observaremos os índios como o impulsionador dos jogos de interesses entre o poder temporal, e secular; onde a sociedade épica, moveu-se com, sua força de trabalho fortalecendo o poder clerical, e que se destituiu pela reforma Pombalina.
No capitulo anterior evidenciamos algumas nações indígenas fugindo; que se  compactuaram com franceses para lutarem contra a opressão portuguesa na França Antártica, esses também tinham um pano de fundo para camuflarem a sua outra intenção; mas como no dito popularizado “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Ainda pela lei descobrimos aproximadamente quando os jesuítas e os franciscanos começaram a adentrar na Amazônia, e novamente reiniciarem a reconquista dos nativos, certos que fugidos das guerras justas se adentravam na mata, o mais longe possível de seus perseguidores, no qual os primeiros também usados pela política imperialista, foram até estes, e quando se fixaram o povoamento advinha uma nova lei para atender somente o poder  Estatal português, o qual foi repetindo-se nas viradas de poderes que se oficializou, mas pode ter tido algum representante da Coroa que tenha se importado com o sofrimento do índio.
Sabe-se que guerras só trazem dor, e sofrimento principalmente dos prisioneiros, cujos esses foram tratados como animais, os consideraram gentios, pagãos onde a mentalidade da época não os via como criaturas também criadas por Deus, e formatou a agressão e a opressão como nos tempos bárbaros aos quais os portugueses descendem, estes também lutaram contra a tirania romana, e também fizeram tudo igual, mas lutavam com igualdade bélica e os índios só lanças arcos e flechas,  a selva como refugio, e o seu conhecimento dos uso dos recursos da floresta. Esse modo de vida auto-suficiente, o conhecimento dos recursos  naturais o fizeram adaptar rapidamente em qualquer pólo da floresta; sua educação é prática, retiraram  de tudo que o bioma* lhe apresentava para sobrevivência. Mas, atualmente já  se tem outra visão a respeito do indígena, as leis ora apresentada e para fazermos um paralelo, relacionando aos índios contidos no Amapá, conforme professores nada é imposto, e ambos gerem conhecimento mutuamente; os educadores na sua totalidade são índios para se leva em conta língua matriz e  também o português  língua mãe dos brasileiros.      

No império

 Lei de 27/10/1831.
- Revoga as cartas régias de 1808. Reinstituiu o estatuto de órfãos para os índios e os juízes de paz ficam  sendo seus tutores. Todos os índios até em tão em servidão são desonerados.

Lei de 12/08/1834 (Ato Adicional).
- Determina que as Assembléias Legislativas provinciais, que seus governos cuidarão de civilização e catequese dos índios.       

Decreto nº 426 de 24/07/1845.
- Cria as Diretorias gerais dos Índios em cada província, que por sua vez ficam encarregadas de criar as diretorias parciais para cada ou conjunto de aldeias. A nomeação

Lei de Terras de 1850.
 - Oficializou o latifúndio, não permitindo o direito de posse. Para tê-las era necessária a apresentação do registro das cartas de doação das sesmarias ou tê-las compradas da província.

Na república

- A Constituição de 1891 no Artigo 64, transfere para os Estados as terras devolutas.
- A Constituição de 1934, promulgou os artigos  5 e129, sobre a influencia do Sistema de Proteção ao Índio, haja vista contratos de assassinos de índios; os bugreiros para limpar as terras para os imigrantes, em Santa Catarina e Paraná  que culminou com mortes e manchetes jornalísticas internacionais como o tema  Brasil e o extermino de índios. E também as guerras entre trabalhados e índios na construção da Estrada de Ferro Nordeste Brasil.
Artigo 5, item XIX, torna exclusivo da União a política indigenista.
Artigo 129 ; “Será respeitada a posse de terras silvícolas que nelas se achem permanentemente localizados, sendo-lhes, no entanto vetado aliená-las”. ( grifos originais )

Vale ressaltar, que em 1860 delegou-se poderás para o Ministério da Agricultura criou-se o Serviço de Proteção Indígena (SPI), porém com a revolução de 30, transformou-la em Sessão de Fronteiras do Ministério da guerra; o SPI que se compunha por antropólogos, médicos, engenheiros dentre outros se desfez, e suas administração quão as políticas indigenista se voltaram à extinção  formal de dezenas de aldeias.
Com tudo isso devemos nos instigar  quanto por esses não desaparecera completamente foram tempo que esses ficaram ermo, com a habilidade de extrair da selva tudo que necessitam para viver buscaram refugio na natureza e sempre fulgindo da tal civilidade dos homens brancos, que a tempos remontam levou alguns a atacarem os trabalhadores da Estrada de  Ferro Nordeste Brasil como também na transamazônica, essa hipótese se fundamentaria na história contada pelos seus ancestrais como o homem civilizada das cidades, assassino e mutilador daqueles do seu gênero, iremos transcrever um fato.
“Após terem  metralhado um grupo de índios acampados junto a um rio, os homens da expedição ouviram o choro de uma criança, abafado pela mão da mãe. Para os que deviam regressar na manhã seguinte com a missão cumprida, aquele pequeno ruído mostrava que o serviço não fora perfeito.. Rapidamente eles acenderam as lanternas e saem vasculhando o mato. Sobre os corpos crivados de balas estavam escondidas a mãe e a filha. Os homens que a encontraram fizeram uma festa. Dois tentavam violentar  a mulher quanto  um beliscava a garotinha que chorava, vendo a aflição da mãe. Em volta fechando o círculo, o grupo se divertia. Nas mãos de dois nordestinos fortes a mulher índia se debatia. Nesse momento, aproveitando um descuido, a criança libertou-se, e correu ao em socorro  da mãe e, com raiva mordeu a perna de um dos homens. A mulher em pânico tentava cuidar da menina e, ao mesmo tempo, livra-se dos homens que a violentavam. O homem com a perna mordida foi substituído por outro , afastou-se da índia e com ódio começou a estrangular a criança. Alguém, querendo terminar com o espetáculo paralelo que atrapalhava o primeiro, tomou a menina nas mãos do seu estrangulador e lhe deu um tiro de pistola 45 na cabeça. A testa da garotinha explodiu e o sangue salpicou a roupa dos que estavam em volta. Vendo a filha morta, a mulher desmaiou. Indefesa nas mãos dos chacinadores, a índia foi violentada por todos e depois retalhada a facão”. (Ribeiro, p.190)
O fato acima ocorreu em Mato Grosso, no ano de 1963, e foi produzido por Ronald de Carvalho, um reporte. Dá para notar a crueldade que esses passaram; o centro de muitas dessas, é as terras alguns latifundiários se aproveitam da falta de delimitações de áreas indígenas e, tentam incorporá-las no seu rol particular de terras vendo o índio como o invasor, nesse caso foi assassinos contratados sem nem um pouco de escrúpulo, e respeito pela vida que vale um punhado de dinheiro. E, eles acabaram reagindo como os que ocorriam nas bandeiras outorgadas; se em pleno século XX, com os direitos dos índios aprovados, pensemos como seria em tempos a traz onde estes eram tratados como mercadoria de força de trabalho. A reforma Pombalina instituiu o índio como órfão  e se intitulou como amo destes que instituiu lhes uma breve cidadania, termina essa, com fim do seu mandato, porém com tanto tempo de guerras justas, muitas a bel prazer dos governadores épicos que tinha o poder quase que total das lei nas mão, e esses também eram latifundiários.                                
Contudo, pode se perceber que a reforma oficializou o casamento entre índios e colonos, sendo esta foi um marco para formação do povo brasileiro, porém já vinha acontecendo, num outro ponto; ora a formalização da língua em todo território brasileiro, e a língua das etnias indígenas foi deixada a margem; segundo registros num ponto na 2ª guerra mundi o governo Norte Americano em especial o exercito utilizou a língua Apache para se comunicar com as tropas, estas os alemães não conseguiam decifrar; e reorganizar a suas tropas. Com isso percebemos que a língua traduz a historia de um povo; e o seu conhecimento esta contido nas línguas, que ora vai se transformando conforme o modo de repensarmos e re-denominarmos as coisas, também na qual cada natureza se expõe ligado a seu uso.
Vale ressaltar, que esses levou as nações indígenas em parcerias, constituírem o Estatuto do Índio, cuja a Lei 6001, de 19/12/1973. E em seguida o governo Federal criou a Fundação Nacional do Índio sobre a Lei nº 5371 de 5/12/1977. Sendo que estas vêm legitimar todos seus direitos, deveres e as competências à Saúde, Educação, propriedade e segurança. Ressaltando que, já se havia intervenções do estado nos conflitos; porém se legitimou as ações governamentais com a criação da Funai, instituição que se ligada diretamente aos povos indigenas.

Os índios do Amapá

Dentre os índios do Brasil mencionaremos os índios do Amapá nos aspectos dos Direitos Legais, e levemente entraremos nós costumes. Haja vista, as literaturas a esse respeito serem restritas e poucos tem acesso; a qual ainda perpetua a dos livros didáticos que introduzem os mesmo como inimigos do desenvolvimento humano que se aportou na época da colonização; são muitas as etnias indígenas; no Estado havia um grande numero de Tucujus, os quais foram extintos;  dizer que “todo índio é índio” essa igualdade que perpassa como juízo, faz percebemos quão e difícil criar uma nomenclatura cientifica universal. Há etnias que habitam outras partes e países recebendo outros nomes por estudiosos, sabe-se que o nome de índio foi introduzida por  Colombo e tornou-o universal, e se sebe que o surgimento das aldeias no governo português,  misturam  as etnias que encontrassem, para trabalhos nas sesmarias, Neste prisma vejamos a respeito da nomenclatura dos  índios do Brasil. ”O que poderia chamar uma convenção de nomes oficiais usada pela Funai, é aleatória, oriundo dos seus funcionários (sertanistas) e combinado a outras tomadas de empréstimos de antropólogos”. (In; Silva& Gruponi; org.; p. 32)
A dificuldade não é de hoje que nomenclaturas para  este seguimento vem sendo dado como na lei de 1663, que com veemência leremos a palavra   aldeia organismo criado para organização portuguesa. E,             quanto de nossos estudiosos já se propuseram a criar livros nas línguas das etnias sem medo de errar, porque só assim estariam transformando sua linguagem falada em escrita e a segunda ainda não existira precisa ser criada com formalidade, também com auxilio dos donos da língua; se levarmos em conta que sua cultura perpassa pela oralidade estariam iniciado um registro que uma língua quase sem registro, que muitos estudiosos, também os estrangeiros com base na sua língua nacional; criando uma celeuma, e  que algumas línguas indigenas já são dadas como morta. A educação hoje nas aldeias, está pensando nas bifurcações lingüísticas, e em algumas deles já criaram cartilhas para se educar na língua matriz que cada povo esses traduzem sua vida; mas a falta de registros foi o que machucou esse cultura. Veja o mapa das Terras Indigenas do Amapá.
Fonte: SETEC/AP, na extremidade Leste de vermelho do município de Laranjal do Jarí situa-se Terra  Indígena de Parque doTumucumaque (inicia no Pará e adentra o Amapá), e esta faz divisa com Pará e próximo ao Suriname, Na extremidade norte no está a Terras Indígena de Uaçá, Galibi e Julimã faz divisa com a Guiana Francesa; também no meridional leste a Terra Indígena Waiãpi nos municípios de Laranjal de Jarí e Amapari, atualmente o Amapá conta com todos as áreas indígena demarcadas, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Fonte WWW.TERRA INDIGENA UAÇA/ índios Galibi do Oiapoque.
                                            
Dentre, os povos indígenas há os que fazem parte das terras do estado do Amapá comentaremos sobre eles e os que são assistidos fora das terras no caso o Pará. E, se legitimaram nas leis artigos 24, 210; 215 & 231 da Constituição Federal; LDB, no Parecer nº 14/99, e na Resolução nº  068/02-CEE, sendo que a ultima da suporte educacional, caracterizou-a como modalidade de  Educação e ensino. Sendo que o Estado do Amapá construiu sua proposta curricular indigenista com base na do MEC, respeitando os indigenas na sua cultura em ênfase educacional geral língua mãe, e língua portuguesa;  calendário diferenciado com enfoque no Ciclo produtivo, disciplinas e outros; mas as etnias também estão construindo a sua para atender suas necessidades.
No Oiapoque todos os professores são indigenas uns formados por escolas de nível meio, cursos modulares e alguns poucos formados por um universitário da UNIFAP formados pelo Pólo de Oiapoque, perfazendo um total de 200. E, esses atentem a Terra Indígena  Uaça; Terra Indígena  Julimã e Terra Indígena Galibi; a qual faz fronteira com Caiena capital da Guiana Francesa; ainda reiterando no município ora citado fundaram o Museu Kuhuaí onde se expõe artesanatos e artefatos das etnias da localidade.
Na Terra Indígena de Waiãpi a qual fica nos municípios de Laranjal do Jarí e Amapari  são 11 professores indigenas e 4 não indigenas.
E, na Terra Indígena Parque do Tumucumaque, Terra Indígena Rio Parú de Este, Terra Indígena Zoé (dentro das terras do Pará), trabalham 52 professores não índio e 6 índios. Sendo todos que esses  mantidos pela SEED e convênios assinados com a União para o repasse de verba somando com o GEA, afim de nutri os matérias de consumo, merenda; os professores índios se justifica por serem natos falarem seu idioma; conheceram a contextualidade onde se inserem, além de terem interesse de construir sua educação sistêmica. A educação ofertada pela secretaria de Estado de Educação limita-se ao Ensino Fundamental; mas já contemplam proposta para acessão, já que houvera a mudança no atendimento, de FUNDEF (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) para FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico), para que essa abranja a todos os povos indigenas, e não somente os que com esforço afastam se parcialmente de suas aldeias e, assentam nos bancos escolares, os professores índios são capacitados pala SEED; mas muitos ainda não possuem formação.    
O Estado do Amapá conta com o Museu fica situado no município de Oiapoque na Av. Barão do Rio Branco, lugar onde expõe sua cultura os costume e tradições, com grande amplitude, também em fontes bibliográficas e documentários áudio-visual, na produção artesanal produzidos vária peças; onde pode-se comprar artefatos  de artesanato constituídos a partir de cerâmica, sementes, cipós, fibras e tudo que a natureza podem lhes oferecer; algumas peças também são exportados; no município de Oiapoque perpassam pesquisadores de muitas partes do mundo para evidenciarem, não, somente a cultura indígena, mas as maravilhas riquezas biodiversas tanto na fauna quão na flora; haja vista muitas espécies ainda precisem ser catalogadas e serem inseridos na literatura cientifica, além de virem estudar o modo de viver dos povos indigenas. Consequentemente nossos poderes constituídos devem esta monitorando os trabalhos legais e gerirem leis, para minimizar a pirataria, de aventureiros que levam amostras aleatoriamente; assim como, quebrar-se a lei de patentes,  com produtos, pesquisados com espécies de nossos territórios,   e também junto com as Secretarias competentes patentear nossas espécies; para que não aconteça como no ciclo da borracha que o Ceilão patenteou a borracha e a seringueira (hervae brasiliensis); neste viés comenta Filho: “ O aventureiro Henry Wockham que, em 1876, na região situada entre os rios Tapajós e Madeira fez a coleta e o envio de 70.000 sementes para o jardim botânico de Kew, dentre as quais 7.000 brotaram no viveiros, sendo estas mudas transportadas cuidadosamente para o Ceilão, local escolhido para o cultivo. A escolha do cultivo da seringueira em território Asiático fazia-se em função dos qualidades de suas terras, da possibilidade de formação de grandes propriedades agrícolas e da disponibilidade de mão-de-obra barata (...) Já em 1910, a referida produção atingia 8.753 toneladas, isto é 12% da oferta mundial”. (Idi, p.29-30)
Os índios são as base para se entender o  homem contemporâneo, os  conhecimentos da natureza os fez resistiram ao tempo; porém se fala na aculturação dos povos e a perca de suas essências; e logo, dos conhecimentos tradicionais. As etnias que no momento se utilizam do espaço são Karipuna, Palikur, Galibi Marworno e Galibi Kalinã.    

  
Fonte www.amapa.gov.br /Museu Kauai







Os waiãpi

São falantes da língua Tupi Guarani, habitam os extremos fronterícios entre Brasil e Guiana Francesa. Seu território denomina-se Terra Indígena Waiãpi (TIW), homologada pelo Decreto Lei 1775/1996, com 607.017 hectares;  se adentrando nas  terras dos municípios de Amapari,  e Laranjal do Jarí (no Estado do Amapá); no Pará eles habitam as Terra Indígena Parque do Tumucumaque (Pará);  é um perímetro  de Florestas Tropicais com vegetação densa, com relevo irregular numa parte a norte e Leste, estabelecida entre as bacias dos rios Jarí a oeste; município de Amapari a leste; e Oiapoque a norte nas Terras Indigenas de Uaçá (TIU).
Na década de 70 houve contendas entre Waiãpi e garimpeiros, sendo que os primeiros se instalaram no posto da Funai que estava lá desde 1973. No ano de 1980 retornam às suas áreas e iniciam a ocupação trocaram extrativismo pela garimpagem de ouro aluvisionar. E, em 1994 os lideres das aldeias junto com o Centro de Trabalho Indígena (CTI) e da Funai a iniciaram a demarcação geográfica das suas terras, num convenio com a Agência Alemã de Cooperação. Os Waiãpi da Terra Indígena dos Waiãpi (TIW) são conhecidos como Waiãpi meridional ou Waiãpi do Amapari e se compõe por cinco grupo pela sua caminhada histórica, também contem diferenças dialetais,  organizaram seu conselho para reivindicarem seus direitos no cenário nacional criando e registrando, em 1996, a APINA.  Logo, em 1998, fundaram a APIAWATA ( Associação dos Povos Indígenas Triangula do Amapari) há alguns membros de grupos locais que chamam de Wiririy-wan.
No Pará, Há um diminuto grupo, que habitavam a aldeia Molokopote (alto Jarí), os que restaram foram transferidos em 1980, pela Funai ao Parque de Tumucumaque (PIT), eles convivem em seis aldeias com famílias Wayana a Aparai; recebendo assistência da Funai e do Governo do Estado do Amapá; e fazem parte da Associação dos Povos Indigenas do Tumucumaque (APIT). As agencias de aproximação Funai; ONG Centro de Trabalho Indígena (ONG CTI);Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB). Conforme dados da Funai coletados em 02/2004, eles contam com uma demografia de 660 individuos; distribuídos em 21 aldeias Pinoty, Okora´yra, Kwapoywyry, Pyrakenopã, 05 Minutos, Kurutaty, CTA, Cachoeirinha, Marilha, Jakare, Pairaka, Marity, Kamuta, Ywotôtô, Okakai, Tajawyra, Ytuwasu, Taetetuwa, Pypyiny, Akaju e Jakarekãgoka.       
 


Os Aparai e Wayana

São etnias que falam línguas caribe*, têm um bom relacionamento vivem nas mesmas aldeias e casam-se entre si; porém os Aparai advieram da margem Sul do rio Amazonas, migrando até a região dos baixos rios Curuá, Maicuru, Jarí e Parú de Leste; os ocupam o médio e alto rio Parú de Leste e seu afluente Citaré. No alto Rio Jarí , Maroni, e Paloemeu; respectivamente rios do Brasil, Guiana Francesa, e Suriname; os quais também ocupam certas, partes destas áreas.
No Brasil, os Wayana e Aparai vivem no Parque Indigena do Tumucumaque (PIT), com 3.071.067 hectares, nos municípios de Oriximiná, Almerim, Óbitos e Alenquer. A demarcação do Parque foi homologada em 1997, pelo Decreto Lei nº 213 DE 14/11/97. Houve contatos acirados; com o ciclo da borracha, cujos seringueiros, castanheiros, e garimpeiros; cujo o fluxo fez surgir as epidemias levando, em 1960, a FAB  construir uma pista na aldeia de Apalaí; e a Funai instalou seu posto em 1973; também, por volta de 1968 e 1992, um grupo de missionários evangélicos se instalaram ali.  
Os mesmos, em 1996 fizeram parte da criação da APITU, onde coordenou um projeto, como o Tykahsamo que se produz e comercializa. Hoje, eles ganham ajuda em transporte aéreo da FAB, da Funai, e Governo do Estado do Amapá; o terceiro desde 1994 por meios de convênios com APITU, na contratação de professores índios e não índios, aquisição de equipamentos e no deslocamento aéreo. Fonte, Funai sua população é 724 com o nome de Apalaí / Waiana; sendo 509 no Parque Tumucumaque (lado Parú do Leste) realizada em 01/2006; repartidos nas aldeias Jakare, Tapauku, Arswaka, Kurieukuru, Tawaeukuru, Murei, Bona, Makuatirimoeny, Fazendinha, Maxipurimo, Irawa, Yaherai, Manau, Mataware e Cachoerinha; e 215 no lado Parú D’ Este cujo o nome Waiãna / Apalai Coletado em 01/2006 nas aldeias de Xuixuimene, Ananapiare, Kurimuripano, Itapeky, Pururé, e Parapara.   

Costumes dos Aparai ( também conhecidos como Apalaí(í)/Aparai(í), vamos conhecer um pouco do modo de vida desses conforme educadores (as) argüidos a comentar sobre o tema dizem os mais próximos da cidade usam machados, motos-serra facões, arma de fogo para caça, fósforos para fazer fogo; e que só os vivem distante meio que isolado na Terra de Tumucumaque conservam algumas das características , ainda expor-se-á o modo de vida atuais para que possamos tecer um paralelo com a atualidade; relato de . ”Raimundo Duarte Pinto,  mais conhecido pelo apelido de “Dico”, cortou a balata no Alto Jarí durante dez anos consecutivos (época do ciclo da borracha), tendo feito grande amizade com os índios, que o chamavam de “cunhado”. Aliais, a índio da região dá sempre o tratamento ao homem branco. É provável que inicialmente esse tratamento seja dado pelos balateiros no seu relacionamento com os índios.
Os Aparaís eram andarilhos, deslocando-se desde o rio Jarí até o Maicuru (em Monte Alegre), sempre pelo mato. Mas suas grandes malocas ficavam situadas na região do município de Almerim, entre o rio Parú e Jarí.
Manfredo Racha, alemão que vivia estudando a cultura dos Aparaís, levou certa vez um grupo de indigenas até Monte Alegre, onde ficavam instalados embaixo do assoalho do trapiche, já que era época de seca. Ainda menino, todos os dias eu os visitava fascinado, chegando a começar a ser reconhecido por alguns componentes do grupo. A comida era principalmente peixe, mas um dia vi vez cozinharem um enorme camaleão com rabo, cabeça e tudo mais. Isso me deixou um pouco repugnado talvez tenha sido a causa  de eu não ter aceito, no outro dia , um pouco de chocolate que um dos índios me ofereceu e que queimava muito. O índio me dizia: “cunhado, tu qué chocolate?”
Dicó me ensinara que uma maneira de fazer boa amizade com os índios era jamais recusar uma oferta de comida, a não se que tivesse uma boa desculpa para recusa.
Entre as caças que mais apreciam estão arara, tatu, e o jaboti. Plantam banana grande, inajá, milho, mandioca, cana pimenta e jerimum. Faziam fogo utilizando uma machadinha de pedra, que golpeada contra uma outra pedra e com o algodão já por baixo, soltava faísca iniciando a fogo.
Suas vasilhas são fabricadas de barro. Para resistir ao calor, o barro é misturado às cinzas de uma árvore chamada caripé. A impermeabilização por dentro do vasilhame é feita com resina de breu ou jutaicica.
Os Aparaís são grandes caçadores. Dicó aprendeu com eles todos os segredos e truques, inclusive as milongas*, armadilhas, arremedos, orientação na mata e sinais emitidos pelos pássaros, para o bem o para o mal.
Quando o índio esta caçando na mata, em intervalos regulares deita-se no chão e escuta a distâncias considerável ao tropel de uma anta, veado ou outro animal. Acredita também em certos busões*, como a canto do pássaro tinquâ (ou xinquã), que tem duas maneiras de cantar na mata.Um índio quando sai para caçar e escuta o canto do pássaro dizendo três vezes o seu nome (Xinquã-xinquã-xinquã), é um sinal de que não adianta ir em frente, porque não vai conseguir nada; e o índio não insiste, volta pra maloca. Porém, se emite o canto ti-ti-ti antes de cantar três vezes xinquã (ou seja, ti-ti-ti-xinquã-xinquã-xinquã), é certeza  de que vai encontra caça em abundância.
 Existe um outro pássaro no Alto Jarí pelo qual os índios tem maior respeito e temor é o Anhangá. Existe a crença entre os índios de que este pássaro transforma-se em uma visão* quando se arremeda o seu canto, fazendo com que os índios se separem na mata. Quando isso acontece, o caçador deve sentar, visualizar a maior árvore ao redor; olha para cima e ver para onde esta a direcionando o maior galho. Este rumo é  nascente, assim o índio se orienta, retornando à maloca.
Outra milonga utilizada pelos Aparaís em suas caçadas refere-se à cobra jibóia ( constrictor constrictor). Eles acreditam  que a jibóia atrai os outros animais na mata para comê-los. Aliás, esta crença não é só dos Aparaís (...), acreditando que a milonga feita com a cabeça da cobra atrai as mulheres, para o namoro, da mesma forma que o olho do boto; este, como (...)
 O Aparai, quando mata a jibóia, passa os dedos nos olhos da cobra e em seguida nos seus, para que o poder de visão e atração passe para si.Contou-me Dicó que a jibóia atrai sua presa hipnoticamente, olhando fixamente em seus olhos e mexendo o rabo.
Certa vez presenciou um caso, quando caçava com um índio seu amigo.De repente, escutaram uma cutia assoviar nervosamente na mata. O índio disse a Dicó: ”cunhado, isso é jibóia que esta atraindo cutia”. De repente o animal começou a correr em círculos, sempre soltando assovios nervosos, até que em dado momento ao passar junto ao tronco de uma grande castanheira, ouviu-se um grito. Os dois aproximaram-se cautelosamente. Lá estava uma enorme jibóia branca a deglutinação de sua presa.
Ainda sobre as crenças dos Aparaís envolvendo a cobra jibóia: os índios fazem preparado com o excremento do ofídio, que acreditam possuir grande poder, passando-o nos caniços de pesca, nos braços e mãos e nas flechas.
Outro recurso que os índios utilizam para atrair ou desnortear os animais associa o nervosismo de um ser humano ao de um animal com o estado de tremor. Os índios observaram que certas plantas, como o jambuí (família do jambú que se pão no tacacá), ao serem provados com a ponta da língua ficam tremendo. Assim, a suco desses vegetais, depois de preparados e passados em seus corpos por ocasião das caçadas, faria  com que as caças ficassem tomados pelo tremor e não corressem, sendo facilmente abatidas. Estes preparados eram feitos com raízes de um tipo de tajá de nome Cauã, misturado à raiz do jambuí, ambos muitos cáusticos.
 Os Aparaís plantavam a cana-flecha (Ginarium Sagitatum), uma cultura pré-colombiana na Amazônia, para confeccionar as suas flechas. Seu tamanho era bem menor em relação às que nossos caboclos utilizavam (principalmente no comprimento), para facilitar o transporte na mata.
As pontas das flechas podiam ser de vários materiais, indo de osso de costela de anta, rocha e madeira até ferro (estas já presenteadas pelos balateiros). Todas passavam pelos mesmos rituais  de envenenamento ,ficando dois dias  dentro de uma solução feita com veneno de surucucu pico-de-jaca ou de combóia (...) mistura ao leite do açacuzeiro (...).
O processo do envenenamento é lento, deixando a ponta na chama em fogo brando até o veneno penetra no material.
Contou-me Dicó que o índio só mata o necessário para sobrevivência. Eles tinham o sal para conservar a carne, mas não era por isso .Eles tinham a consciência de não matar uma fêmea prenhe. Interpelados por Dicó sobre porque não faziam isso, diziam: ”Ta buchuda, cunhado, a gente não come filinho (...)”
Para transporte fluvial e pescarias eram utilizadas um tipo de embarcação de nome caxiri, construída, em troco de árvore escavada. As preferidas eram a Tabajara (garropeiro) e a cupiúba, cuja a madeira não rachava e tinha boa flexibilidade.
Um de seus perfumes preferidos era obtido ralando  galhos da árvore de caneleira e preciosa, mais o cravinho. A mistura era mantida em  infusão na água por vários dias ; depois era coado o líquido (...)  misturado com banha de anta ou azeite de andiroba. Nos banhos utilizavam casca de cedro (...) limpavam os dentes passando pequenos pedaços de carvão (...) os meninos eram proibidos de comer goiaba e bananas verdes. “ Porque estraga os dentes cunhado”. (Lins., p. 82-87)

Galibi do Oiapoque

É o nome que se denominam do lado brasileiro no Oiapoque; no lado francês se chamam kalinã. Os que vivem na Guiana Francesa se situam nos rios Maroni e Mana; tem o Galibe como designação genérica que usam os europeus para citar aos povos de fala Karib das guianas. Assim como o outro; os ficam na parte do Brasil falam português e a sua língua matriz,  falam francês fruto deste educação, e tem uns poucos mais velhos que também falam o patuá holandês; esses se articulam entre si e transitam em suas aldeias. A aldeia  de São José dos Galibi se fixou em 1950; numa área direcionada a margem direta do Oiapoque próxima da cidade de Saint Georg, numa parte de terra firme rodeada de roças. E, esta é a sede do Parque Indígena Galibi (PIG). A reserva Galibi mede 6.689; 928 hectares; em sintonia com  a Portaria 1369 de 24/08/1962, homologada em 22/11/1982.  Conforme a Funai dados colhidos em 12/2003 com a denominação de Galibi Kalina seu povo conta com 39 pessoas; cujo são 20 do gênero masculino e 19 do gênero feminino, na aldeia Galibi. 
         
Os Karipuna

É a maior parte da população Indigenas  se situam nas terras próximas do rio Curipi; na  Área Indígena de Uaça, na Br 156, essa estrada adentra a área  indígena de Uaça nas nascentes dos rios Uaça, Curipi; de onde extraem da natureza quase tudo para sua auto-sustentação. A reserva da Área Indígena do Galibi no Rio Oiapoque, contém duas aldeias a Ariramba, e outra na Área Indígena de Juminã  a Kunamã; a Funai , a Fundação Nacional de Saúde, e a CIMI. Segundo dados da Funai colhidos em dezembro de 2003 a demografia deste povo se contava 1848; sendo do gênero masculino 964, e do gênero feminino 884. Perfazendo 21 aldeias Estrela, Ahumã, Kátia, Curupi, Piquiá, Ariranha, Kunamã, Manga, Santa Isabel, Espírito Santo, Japim, Paxiubal, Zacarias, Tauahú (Localidade Adjacente), Tanimã, Tipidõn (Localidade Adjacente), Jondef, Bastion, Encruzo, e Açaizal.                     
                                         
Os Palikur

 Falam o idioma familiar da língua Aruak; está posicionado tanto lado Brasileiro (no município de Oiapoque), quão do lado francês (Guiana Francesa), moradores das margens direita do rio Uaçá, no rio Urukauá; também nos afluentes do primeiro os rios Curupi e Urucauá, estes ficam na parte do Brasil no Estado do Amapá. A vegetação é tropical, bem como as outras que ficam no zona equatorial entre os trópicos. E, suas terras fazem parte Área Indígena de Uaçá (AIU), contidas  na Área Indigenas de Juminã (AIJ) a qual foi homologada pelo Decreto S/Nº de 21/05/92. Assim como outros que habitam na região  município de Oiapoque, e Guiana Francesa; na segunda, os quais pela lei são cidadões estudam nas escolas e a aprendem a língua francesa, e ficando um trio; línguas materna,  português e francês. Ainda foram feito bairros exclusivos Caiena e Saint Georges de L’Oiapoque.  Em, conformidade com dados de 07/07/2004 da Administra Executiva Regional de Macapá (AREMCP),Funai esta etnia possui 1116 membros sendo gênero masculino 586, e gênero feminino; divididos em 10 aldeias  Kumenê, Flecha, Taway, Urubu, Amomni, Mangue, Kwikwit, Puwaytyeket, Kamuywã, e Ywauká.




Os Tiriyó e Kaxuyana

Segundo estudos o grupo se encontra no Suriname e Brasil, parra se distinguirem alguns missionários puseram o nome Trio dos que ficam do lado holandês e Tiriyó do lado brasileiro precisamente no Oiapoque; habitantes do Parque Indígena de Tumucumaque. Sendo que se repartem nas áreas de Parú de Oeste e Cuxaré; e Parú de Leste.
Os Tiriyó de Parú de Oeste dividem lugar com os Kaxuyana, falam o karib, antes habitavam território surinamês; porém na década de 90 divido conflitos com este governo se transferiu para o lado brasileiro. Atualmente o Governo do Amapá dá apoio logístico no que condiz a transporte aéreo; assim como a FAB. Conforme as ultimas estatísticas feita em 2002 da Funai Macapá, a demografia de 999 membros,   ocupando o Parque de Tumucumaque (lado do Parú do Oeste) nas 26 aldeias Missão Nova, Missão Velha, Tartaruga, Akahe, Betânia, Kuritaraimo, Muneni,  Ponoto, Orioientu, Paruwaka, Okarofa Velha, Orokofa Nova, Tuha-entu, Taratarafo, Notupo, Waiapa, Arawata, Ometanumpo, Pedra da Onça,Santo Antonio, Boca do Marapi, Aiki, Maripa, Kuxaré, Urunai e Yawa.

Segundo entrevistas; o erxécito brasileiro e FAB se faz presente contando com uma infra-estrutura de base militar com sistema de radares, e uma pista de pouso e decolagem na qual transportam os índios em certos períodos e, com a devida autorização do responsável dessa base; com fins de proteger da guerrilha colombiana e abater aviões com transporte de drogas oriundas desta. Os médicos e enfermeiros da FAB auxiliam diagnosticando e medicando, mas há alguns que se auto-diagnosticam e pedem o remédio; aquela medicina com ervas pouco tem se usado.         
Há o calendário escolar Tiriyó, o qual se adequa ao ciclo de produtividade como festa denominação cause como Jacaré; também comemoram o natal, possuem plantações de mandioca, banana, mandioca, macaxeira, batata doce, cana-de-açúcar, no tempo da festa eles tiram ralam põe para cozinhar e depois para serenar alguns dias.
No dia da comemoração fazem uma roda enchem uma cuia grande a qual bebem ata vomitar, quando isso acontece já estam embriagados; também enchem mamadeira e as mães dão para a criança quando choram e param de chorar, o preparo é opaco e de gosto aquoso denominados de sukura, cachenê ou caxiri; este ultimo pouco usado porque traduzieria popularmente os órgãos sexuais feminino.
Os idosos tesem suas redes feitas de fibras de algodão, quanto uns preferem compra; e alguns possuem casas com geladeira, fogão e televisão; usam moto-serra, facões, roupas.  As mulheres fazem um objeto de fibra de algodão parecido com uma canga, que cinge o corpo diagonalmente para transportar o filho.
Apreciem pimenta a qual torram dentro de uma enorme bandeja como as usadas para fazer farinha, depois de pilado torna-se um polvilho salpicado na comida mui ardente, o qual as mães dá  para o filho  comer.
Os cabelos são bem negros o dos homens são cortados como os homens da cidade, não são em forma arredondada.
Alguns possuem documentos de outra nacionalidade, haja vista esta perto de Suriname sabem falar o patuá holandês, e outros que andam na floresta também conhecem o idioma  francês se encontram com outros nativos que estam nas terras estrangeiras mencionadas , e um fala inglês fluentemente, os motivos alegado é serem andarilhos e transitam nessas pátrias, por dentro das matas inóspitas, porém é uma minoria, haja vista as guianas serem divisas.
Seus utensílios domésticos são vendidos por um padre da missão franciscana, assim como outras coisas.
Caçam jacaré, caititu,  jaboti dentre outros; pescam trairão, tucunaré e outros dependendo da época de caça e pesca, quando perguntada a respeito da homossexualidade eles denominam de capal e ou cabal.    
        
Galibi Marworno

Conforme estudos são descendentes de povos Caribe e Aruaque; os Galibi, os Maruane e os Aruã. Esses se identificavam como Uaça, rio que fica ao Sul do Estado do Amapá também se chama Uaça, habitam a Guiana Francesa. Sua língua está quase morta restam na relação da fauna,  flora; e ritos pajé; essa denominação foi autorizada pelo conselho indígena junto com missionários . O SPI que na década de 40 se fez presente e os instalou Vilage de Sainte Marie (hoje aldeia de Kumarumã).
As suas terras fazem parte da Área Indígena de Uaçá com 41.164,036 hectares, homologa pelo Decreto 298 de 30/10/1997. Em, 1991, criou-se a Associação dos Povos Indigenas do Oiapoque (APIO), posteriormente elegem em 1996 o vereador João Neves (índio) no município de Oiapoque.  Há atuação Funai, Funasa, SEED GEA, Missão Novas Terras Brasil, nas aldeias há 1955 membros 1019 do sexo masculino e 936 do sexo feminino; as quais são Kumarumã, Tukay, Wahá, e Samauma (fonte Funai Macapá dados de demográfico 07/07/2004)                                                   

Comentando Leno, a respeita do modo de vida dos indigenas; professor destas  áreas deste de 1997.
Terra e área indígena. Esta marcada e homologada (já é de um determinado povo e ou etnia). Os missionários. “Eu, não sou competente para falar isso, na verdade é que veio a religiosidade na minha ignorância não sei se bom ou se e ruim, ritos acabaram se; pajelança acabaram se; os remédios acabaram se; foram se acabando por  vergonha de serem índios é o que eu vejo, e isso o projeto turre procura resgatar essas comemoração, no meu vê; mas pra elas e festa; festa da colheita é sabido que o índio conhece a natureza pelas estações , o nosso que é marcado pelo calendário, pra eles não e assim.”Os ritos. “Existe, presencie em dois momentos; por que  não existe eles tem vergonha, eu observo no meu conceito é vergonha ou pode ser muito restrito à eles; e por eles saberes que os caraioás ter uma visão diferente, e as igrejas... brigam por sua parte, mas eu pedi para um pajé fizesse uma pajelança com a minha filha, ele colocou numa espécie d tronco sentada e, fez uns tabacos de tauári e ervas de moto se pintou e ficou falando uma língua que eu desconhecia, perguntei a uns jovens eles disseram que estava falando com os espíritos, aqueles valores que os anciões falam que é a língua verdadeira. Após pego-a nos braços, pulando dançando  e  falando HO, HOOO...e cochichava”. “A pajelança pode ser direcionada para caça, pra ser  um bom caçador; pra maternidade, pra coleta, pra doença...só quando o caraioá ta na aldeia isso é feito por baixo do pano resta saber se e vergonha ou critério para que não se abra para o publico; ou se missionário pelo falto do missionário dizer que é demônio. Umbanda....e ´quando eles perceberem que isso faz parte da culturas deles nossa cultura saber que o cara ruim o capeta, se resguardaram para praticar..., a questão do missionário influencia e muito o cristianismo influência e muito...” . Instrumentos de caça. “Caraioá (pessoa estranha o branco em si), carataiá (pessoa estranha que veio para ajudar); relativo as famílias la dentre o a camarada lá conseguiu a monitoria para assessorar um pesquisa de um dessas instituições...o camarada é agraciado com dinheiro compra uma cartucheira, cartuchos, ela vê uma  anta, ele atira de longe já matou, isso cria dependência, e não faz mais armadilhas e aquele que não foi agraciado, vai no mato e faz armadilhas, cava buraco, faz armadilha , põe espera..., bate timbó só numa parte pequena só pra comer ; tem consciência na mata a fêmea tem época que não mata o macho  isso é repassado na língua para o filho que vai junto...ele não precisa de arma pra caçar...só que tornou fácil a arakatucha (tiriyó), e a moca (waiãpi espingarda)...quando o cara deu, dentro da comunidade desapertou....; a eu também quero e uma espingarda ..., para caça precisa ter dinheiro quando o chumbo acaba...com isso eles as vagas são limitadas para isso ele faz artesanato para vender...criaram um mecanismo para poder compra o chumbo..., pulseira de dente de macaco estimula morte de macaco....com isso eles perdem o instinto..., havia um índio que só com arco e flecha conseguia caçar, sentia o cheiro da caça na floresta sabia para que lado a caça tava...era ...um remanescente...” . O artesanato. “São feito, na verdade...; antigamente era feito para as festas na indumentária  no casamento era feito para presentear o noivo..., o material tradicional...; mas algumas comunidades já aderiram o sintético..., antigamente era feito de mará-mará...tipo uma cosa de botão...algodão..., quando não uma fibra que eles batiam e tiravam um fio tão resistente quanto o nilon...; fazem pra revender...; pra comprar a camisa, a cueca, o sapato, o feijão com arroz...; hoje ...., não quero óleo de andiroba, nem o de babaçu..., já não quero só o peixe com alfavaca e manjericão..., quero cebola..., na suma o artesanato..., nas aldeias mais distanciadas da aldeia pólo..., produzem de qualidade..., nas aldeias afastadas é farto de caça...” As línguas.  “Na área waiãpi que eu conheça falam waiãpi e português que eu conheça...na pericentral norte tem uns que falam um pouco de português e uns que falam alemão devido a ONG ..., o parque do tumucumaque tem índios que falam cinco seis idiomas...; pela influencia do platô das guianas...; falam tiriyó, Kaxuyana, holandês , francês, inglês, tem um que fala até árabe..., são andarilhos se comunicam com as serras e as aldeias...” As missões. “Foi nome dado pelo branco porque é fácil de se saber..., reuni um grupo de aldeias e órgão que assistem o índio umas pertos e outras distantes..., tem o nome indigenas que é difícil de localizarem...e eles adotaram como exemplo missão Tiriyó...” . O trabalho católico. “São trabalhos de padres que colocaram uma armação de madeira com uma lona e fazem um trabalho de evangelização e educação depois foram professores pelo estado..., são projetos de padres...”. O trabalho indígena. “Caçar, pescar, plantar são tarefas do waiãpi; já a mulher faz a comida ;cuida da casa e das crianças e quando ele chega em casa a índia cuida dele..., se casa com a primeira, segunda, terceira,...irmã; salvo se poder sustentar a lei cultural.., mênstruo....vai pro tronco...; obriga a casar, pode o cara ser velho, novo...  a mas velha manda no resto..., se morrer..., a outra..., mas a índia pode ser nova se ela se casou primeira manda na mais velha...; se um outro índio morrer e vier a se casar... a mas nova passa a ser tia mãe..., e cuida dos filhos da outra...; gerencia ele, a mais nova fica sentada e as mais velhas ficam lavado...caça uma anta e divide entre cada uma...darem pros filhos...o primeiro pedaço é pra primeira..., ele sai comendo um pouco aqui um pouco ali...e tem que preparar a gosto dele ..., observei que eles comiam de costa um pro outro, o prato ficava no centro, eles metiam a mão e comiam, só depois que foi perceber que um protege o outro ...; não sei quem vem por traz de mim...o  homem branco tem que entender que isso é a cultura deles “.   

 Mitos e Lenda Indigenas

As explicações sobre a origem do índio a antropologia, com a arqueologia busca, e alguns sítios com sambaquis foram encontrados e, atravéz de técnicas contemporâneas dá para identificar a idade cronológica; conforme Laraia que em Minas Gerais, encontraram sambaquis, caracterizando-se Tupi-guarani, no local chamado de Lagoa Santa se definiu a cronologia deste, objetos 8.000 a. C. Tais artefatos projeteis de osso, de pedra, machados e martelos de pedra, , lasca de fragmentos de cristais de quartzo, contas e ornamentos. Na Bahia de Santos,em São Paulo, o Sambaqui de Maratuá, datam 5.000 anos a. C; ainda no Brasil meridional acharam artefatos 1000 A.D. E também na Amazônia  encontraram cerâmicas, e se constatou a presença técnicas agriculas ainda mais remota que no Brasil meridional.
Vejamos as explicações dos índios quanto civilização branca, a dos Timbíra (sul do Maranhão e norte de Goiais) “ Antigamente não havia civilizados, mas apenas índios. Uma mulher indígena ficou grávida. Toda vez que ela ia tomar banho mo ribeirão próximo da aldeia. Seu filho , que ainda não havia nascido, saia de seu ventre e se transformava em animais, brincando à beira d’água. Depois voltava outra vez ao ventre da mãe materno. A mãe não dizia nada a ninguém . Um dia o menino nasceu. Era Aukê. Ainda recém-nascido, transformou-se em um rapaz , em homem adulto, em velho. Os habitantes da aldeia temiam os poderes sobrenaturais de Aukê e, de acordo com seu avô materno, resolvem matá-lo. As primeiras tentativas de liquidá-lo não tiveram sucesso. Uma vez, por exemplo, o avô  o levou ao alto morro e empurrou-o de lá no abismo. O menino, porém, virou folha seca e foi caindo devagarzinho, voltando são e salvo para a aldeia. Até que o avô resolveu fazer uma grande fogueira e nela atirá-lo, o que realmente fez. Dias depois quando o avô foi ao local do assassinato para colher as cinzas do menino, achou lá uma grande casa de fazenda, com bois e outros animais domésticos à porta: Aukê não havia morrido, mas sim transformado-se no primeiro homem civilizado. Aukê ordenou, então, ao seu avô, que fosse buscar os outros habitantes da aldeia. E elas vieram. Quando Aukê fê-los escolhe entre a espingarda e o arco, os índios ficaram com medo de usar a primeira preferindo o segundo. Por terem preferido o arco, os índios permaneceram como índios”. (Idi, p. 16-17)

A humanidade (mitologia Guarani)

Tupã e sua esposa Arasy um dia baixaram à Terra, num lugar do chamado Ariguá, e construíram com argila dois  seres à sua imagem e semelhança para dar inicio a humanidade. À criatura masculina, chamaram de Rupave. À mulher chamaram de Sypave. Muitos conselhos lhes deram Tupã e Arasy:
“ Amem-se e multipliquem-se para estender seus descendentes por todo o mundo e procurem fazer com que eles também se amem. Em pouco tempo seus filhos povoaram toda Terra e nós os protegeremos de cima. Criaremos tudo que hão de necessitar. Terrão terra, água, fogo, fogo vento, bosque, terão de tido. Usem com prudência o criado por nós, assim nada lhes faltará em vida. Para que possam distinguir o bem do mal, deixaremos entre vocês dos espíritos que os acompanharão sempre. Um espírito bom, que se chama Angatupyry, e outro mau, que se chama Tau. Frequentemente eles brigarão entre si para semear discórdia entre vocês . Eles serão invisíveis. Ninguém poderá vê-los. Tupã e Arasy deixaram as duas criaturas em liberdade e assim começou a vida de nossos antepassados neste mundo. Sypave começou a procriar; teve três filhos e várias filhas. Tume Arand foi o primogênito, o segundo chamou Marãngatu e o terceiro , Japuesa”. (Antunes & Maranhão, p. 187)

Assim, como outros povos a cultura indígena é riquíssima, a gênero humano sempre se instigou quanto a origem da vida, e cada povo dá sua explicação conforme no que está acredita; os mistérios da origem da vida, ainda permanece uma incógnita, hoje o ser humano de criatura passou a ser criador; as ciências, primordialmente a biogenética, viabilizou a clonagem a partir do DNA; o genoma está em evidência; porém as tentativas foram frustradas; porque a “chave” que abre as porta do segredo vital, ainda não foi encontrada pela ciência; mas também podemos citar a quão contribuição à curas de doenças hereditárias.                               

A mandioca.
 Em tempos remotos, filha de um tuxaua, poderoso foi expulsa da tribo, e passou a viver em uma velha cabana distante por ter engravidada misteriosamente. Parentes distantes iam leva-la comida; viveu até dá a luz a uma criança branquíssima a  qual, chamou-a de Mani. A noticia do fato se espalhou, por todas as aldeias, e com isso o grande chefe ao saber da morte da filha esqueceu os rancores. Passando a criar a crança amando-a, assim como todas da aldeia, ao completar três anos Mani morreu de uma morte misteriosa, nunca havia adoecido.; enterraram-lhe perto da cabana, onde viveu, logo, lá, nasceu uma  planta, muitos vieram ver a planta miraculosa , que se mostrava com raízes em forma senoidal, e todos queriam prova-la; sendo que esta passou um alimento importante para os índios, batizando-a de Mandi. (retirada de Wikipédia)


A mandioca
A lenda da primeira água da tribo Maué, diz que, a planta da mandioca teria sido formada pelo corpo de Iveroi, mulher do sapo Ó-Óc. Ao vê-la morta pela artes mágicas dos feiticeiros Muricariua, seus tios  transformaram em mandioca doce. A tapioca, segundo a lenda Maué, teria sido feita, pelos tios de Ivorei, do feto que haveria em suas entranhas. (revista do Pará)

A mandioca, segundo os mais velhos da tribo Pariqui, intitulam Moytima Uipurangua (origem da ´plantação). Elas teriam origem nos ossos da tribo  Yacurutu.

A mandioca
O povo Ipurinã, diz que, nasceu a filha do cacique Cauré, uma moça belíssima dentre , a Saíra, os pássaros vinham acordá-la, mas um dia engravidou sem, se esta fosse dada a um guerreiro; o desgosto do feche foi tanto que, isolou-a na mata longe da tribo, até decidir o quê faria; ao completar seu ciclo natural, nasceu uma menina, alva de olhos azuis, cabelos louras como a das espigas de milho; o cacique ao invés de mata a se filha, se rendeu de amor pela neta a qual o nome dado foi Mani. Passaram-se quatro chuvas, ao raiar do sol Mani inspirou-se; como tradição da tribo previa crema-la; o chefe resolveu enterrá-la, na entrada da oca, passaram-se quatro luas e nascera planta, que caíram as folhas, arrancou-a da terra e viu os tubérculos, resolveu mastiga-la.

O curupira
O guardião da floresta e protetor nas animais, seu cabelo e vermelho, os pés virado pra traz, pêlos por todo corpo não tem órgãos sexuais, se apresenta na forma de qualquer animal que dificilmente algum caçador conseguirá abate-lo; um dos castigos é fazer caçadores inescrupulosos se perderem na floresta, se acredita que consegue se esconder em buracos pequenos das arvores. E, ainda aqueles que matam fêmeas com cria; pode fazer que os animais fiquem com atitudes de pessoas os que os vêem ficam assombrado, até que um pajé reze e desfaça o encanto.

O caipora
Um pequeno índio viciado por cachaça e fumo, corpo cheio de pelos, anda montado num porco espinho, usa cachimbo, seus pés são normais, protege os animas da floresta, sua atividade é espantar os caçadores, quando encontra um caçador anda sem rumo para fazê-lo se perder, ainda emite um som estridente que causa arrepios, é agilíssimo, e tende a deixar as pessoas sem sorte, costuma ressuscitar animais mortos; do tupi caipora; quer dizer: falta de sorte.                                                                      

Veja  alguns mapas para melhor compreensão das áreas indigenas, .
Fonte CIBI/BRASIL/IEPÉ

As siglas correspondem respectivamente: P N (Parque Nacional), E E (Estação Ecológica), R B (Reserva Biológica), R. EX. (Reserva Extrativista), A P A (Área de Preservação Ambiental), R D S (Reserva de Desenvolvimento Sustentável).
No Pará próximo a T. I Rio Parú De Este, também a T. I Parque do Tumucumaque muito confundida com, as P. N. Montanha do Tumucumaque contida no Amapá.   O Parque Nacional Montanha do Tumucumaque, faz limite com Terra Waiãpi, sua área é 33.770 km², incluindo os municípios de Laranjal do Jarí, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Calçoene, e Oiapoque (Estado do Amapá); e uma parte de Almerim (Estado do Pará) – Instituto de Pesquisa e Formação de Educação Indígena (Iepé, 2006)

Fonte/LAIRA

As aldeias acima algumas estão em Terras do Pará, segundo alguns professores da SEED denominam Missão Norte, fazendo fronteira com o Território Surinamês, como dito, cujo a influência na língua holandesa.     

A língua

A contribuição da língua indígena na língua do povo Brasileiro; as falamos notoriamente e desconhecemos a sua etimologia, bem como desconhecemos sua contribuição lingüística; as origens antropônimos segundo Nicolai  os termos indigenas aparecem em: utensílios, objetos, crendices, seres fantásticos, fenômenos naturais, nomes de lugares e de pessoas, espécimes da fauna e da flora.
Vejamos algumas palavras conforme Antonio Geral do Cunha de origem Tupi: abacaxi, abutua, abati, açaí, acaju,acapu, acara, acarapitanga, acarapitinga, acari, acaricuara, acauã, açu (guaçu), aipim, ajajá, ajuruaçu, ajuruju, ambuá, ambuaçava, amendoim, amingua, anajá, anani, ahangua, anhangüera, aninga, aperema, ará, araçá, araçari, aracati, aracu, aracuã, araguaguá, araguaí, arapiraca, araponga, arapuá, arapuca, arara, arará, ararambóia, araxá, ariranha, aturiá; babaçu, bacaba, bacu, bacuri, baiacu, beiju, beribeba, biboca, biguá, biribá, boitatá, braúna, buçu, buriti; caapiá,  caatinga, caba, caboclo, caiçara, caipora, caetetu (caititu), cajá, caju, cajubeba, camapu, candiru, canindé, capão, capivara, capixaba, capoeira, cará, carão, carandá, caruara, carumbé, catuaba, caxiri, cipó, coivara, congonha, copiar, corimbo, coroca, cuatá, cuia, cuíra, cumaru, cunha, cunhantã, cupim, cupu, cupuaçu, curica, curió, curumim, curupira, cutia; embaúba, emboaba; guajará, gambá, graúna, guaça, guaná, guará, guariba, guaru, guaxe, guri, iara, içá, agaçaba, igapó, igarapé, indaiá, ingá, ipê, irerê, iruçu, itá, itaúba; jaburandi (jaborandi), jabuti, jabuticaba, jacá, jacamim, jaçanã, jacarandá, jacaré, jacitara, jacu, jacundá, jacurutu, jaguar, jaguatirica, jandaia, jandiá, japá, jaraqui, jararaca, jararacuçu, jatobá, jaú, jequi, jequitibá, jerimum, jibóia, juá, jucá, jupará, jurupari, jururu; maçaranduba, macaxeira, maíra, mandacaru, mandi, mandioca, mangangá, mapará, mará, maracá, maracajá, marapuama, matapi, matintaperera, mingau, mirim, mucajá, muçuã, muçum, mururê, mutá, mutuca; oca, ocara, paca, paçoca, pajé, pari, paru, pequi, pequiá, pereba, peroba, piaba, picuí, pindaíba, pipoca, pirá, pira-apapá, piracema, piranha, piripiri, pitanga, pium, pororoca, poti, sabiá, saci, saira, samanbáia, sapé, sapopema, sarapó, surucucu; taba, taboca, tajá, tamanduá,tapera, tatu, toré, traíra, tucano,tururí; uaçã, ubuçu, uçá, uruá,                       

Agora vejamos algumas de origem Aruaque, segundo Arnaldo Levi Cardoso: babal, batata, bateia, bixa [uruncum], cacique, canibal, canoa, caribe, furacão, goiaba, iguana, savana, tabaco. Ainda observemos outras de origem caribe amapá, batata, caxiri, colibri, cinani, louro, mamão, matapi,, mico, tacacá, xique. 

Glossário
Aldeias: nome português dado aos assentamentos indigenas, cujo misturaram as etnias.
Altaneiro: altivo; soberbo.
Anil: azul.
Bandeiras: expedições oficias para captura dos indigenas.
Caribe: também conhecido como caraíba; língua indígena de muitas tribos brasileiras; denominação que os indigenas davam aos europeus; do tupi cara: homem branco, e iba: ruim, feio, imprestável. 
Descimentos: do português colonial; busca localização e transporte de índios à locais estabelecidos.
Entradas: do português colonial; expedições para praticar descimentos; capturar índios; oficial ou particular, sem a presença missionária.
Franco: relativo ao francês.
Gentil: pessoas não cristãs, em particular os índios na colônia; conceito contemporâneo de Jonh Locke antagônico ao poder secular e clerical do Estado Teocrático, e feudalista; em que o homem é um ser livre no estado de  natureza, com igualdade de direitos e defendendo a iniciativa privada, na formação do homem – gentil (gentleman).   
Heresias: pensamentos, conceitos, teorias proferidas contra os dogmas e os interesses teocráticos.
Inquisição: conjunto de normas com objetivo de punir os argumentadores de dilemas oposto a doutrina dogmática.   
Louros: trunfos; glórias.
Missões: pólo que catequese cristã.
Mouros: nome dado aos muçulmanos que ocuparam a Península Ibérica
Muçulmano: aquele que se rende à Deus
Paganismo: definição clerical à religiões ou crenças, monoteísta ou  politeísta, de deuses mitológicos e, de elementos da natureza representadas por símbolos zoólitos.   
Pelejar: combater; batalhar.
Poder espiritual: poder exercido pelo clero com doutrinas morais sobre a conduta dos fiéis.
Poder secular: poder Estatal, absolutista, real; vitalício e hereditário. 
Porfia: disputa; luta.
Resgate: aprisionamento de índios de etnias distintas, com a pretensão de salva-los no inferno pagã.
 Rincão: lugar muito abrigado, cercado de matos e rios; lugarejo natal.
Sesmarias: lote de terra cedida pelo governo português medindo 6.600 hectares para cultivo e/ou criação,
Sobranceira: orgulhoso; altivo.  
Torrão: solo; pátria.
Varonil: varão; jovem, enérgico; forte.
 


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS






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